Fonte: Terra.com.br |
O seu inicio de mandato
foi relativamente bom, com algumas ressalvas, é claro. Ele rompeu com seu
antecessor e “padrinho” Juvenal Juvêncio, causando uma grande racha política no
clube. Devido à sua má gestão, boa parte da torcida ficou ao lado do atual
Presidente, Aidar.
Tudo indicava que teríamos
algo mais profissional e com mais transparência, vendo a dívida do clube sendo
exposta e, ao menos no discurso, ideias sendo pensadas para as dividas serem
controladas e diminuídas. Porém, tudo não passava de uma ilusão. A melhor
contratação de sua gestão foi a de Kaká, mas mesmo nela houve uma irresponsabilidade
com atraso de um simples documento, criando-se uma nova dívida com o Orlando
City.
Entre o final do ano
passado e o começo deste, houve uma grande polêmica envolvendo um contrato
entre o São Paulo e a namorada do atual Presidente, Cirina Maturana. Pelo
acordo, ela receberia 20% de comissão sobre qualquer contrato de patrocínio que
conseguisse pelo clube. Este contrato foi rescindido.
A venda de diversos
jogadores e a não reposição dos mesmos foi outro fator que conturbou (e ainda
conturba) seu mandato. A perda destes jogadores fez com que o elenco fosse
reduzido e criou um mal-estar com o técnico Osorio. Com poucas peças de
reposição e qualidade, o colombiano sofre para colocar na prática sua filosofia
e dar uma sequência de bons resultados para a equipe.
A mais nova polêmica é o
caso do zagueiro Iago . O jogador pertencia ao Criciúma, mas rescindiu o
contrato com o clube pelo valor de R$ 800 mil, pago pela Empresa Itaquerão
Soccer. O Criciúma alega ter recebido apenas metade do valor. Iago foi
registrado no Monte Cristo, clube da terceira divisão do Campeonato Goiano e
logo depois 60% de seu passe foi comprado pelo São Paulo no valor de R$ 2
milhões.
Essa transação fez rolar
um grande mal-estar que está resultando em uma investigação da CBF. Tempos
atrás, a FIFA proibiu que terceiros tomassem parte em qualquer tipo de
negociação de jogadores de futebol na tentativa de barrar “clubes laranjas” que
eram usados apenas para registrarem atletas e depois emprestá-los a outros clubes maiores.
Neste caso, esse ato é nítido, mas o São Paulo não pode ser punido por isso (ao
menos na teoria).
Por sua vez, o Criciúma
acusa o São Paulo de aliciamento de jogador. Essa é a clássica acusação nos
tempos atuais quando um jogador rescinde com um clube e assina com outro.
Outros clubes também estavam interessados no jogador, então todos aliciaram o
garoto? Isso é coisa de empresários que vivem oferecendo seus jogadores como se
fosse mercadoria. O próprio São Paulo sofreu com isso, mas todos fazem questão
de esquecer. Lucas foi vendido ao PSG por R$ 100 milhões, mas antes disso, seu
empresário passeou com a família do meia são paulino por diversos clubes
europeus, conhecendo suas estruturas e as cidades onde são sediados. Isso não é
aliciamento? Como se trata de São Paulo e um clube Europeu, não.
Entretanto, o que mais
intriga alguns torcedores e conselheiros são os valores tão discrepantes que
envolvem a transação. O Criciúma alega ter recebido apenas R$ 400 mil pela
rescisão, já a empresa alega ter pago R$ 800 mil. Ainda temos o valor da multa
rescisória do garoto, que era de R$ 1,5 milhão com o clube catarinense. Por que
o São Paulo pagaria R$ 2 Milhões por apenas 60% do seu passe? E isto ocorreu um
pouco depois da saída do jogador do Tigre.
Aidar declarou que não
sabia que o jogador havia jogado no Criciúma e obteve como resposta do
dirigente catarinense: “Então onde ele viu o Iago jogar?”. O zagueiro ficou
registrado por apenas dois dias no Monte Cristo. Como um clube desembolsa essa
quantia em um jogador sem saber onde ele jogou? Passa-me a ideia de que alguém
está levando dinheiro por fora.
Na reunião do conselho
desta semana, este assunto foi uma das pautas, além da criação de um comitê de
acompanhamento da auditoria que o clube pretende contratar. Essa atual gestão
de Aidar anda sombria demais.
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Murillo, são movimentos sombrios e resultados luminosamente ruins. Curiosidade: a namorada do presidente Aidar, Cinira, lembra fisicamente Patrícia Opik, que marcou como Alemanha na Escolinha do Golias, do SBT.
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