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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Uma gestão sombria



Fonte: Terra.com.br
Acredito que nunca na história do São Paulo Futebol Clube seus torcedores aguardaram tanto por uma eleição quanto na última, que marcou a saída do Presidente Juvenal Juvêncio. O candidato vencedor, no entanto, foi o seu indicado, Carlos Miguei Aidar, já mostrando indícios de que as coisas não mudariam muito.

O seu inicio de mandato foi relativamente bom, com algumas ressalvas, é claro. Ele rompeu com seu antecessor e “padrinho” Juvenal Juvêncio, causando uma grande racha política no clube. Devido à sua má gestão, boa parte da torcida ficou ao lado do atual Presidente, Aidar.

Tudo indicava que teríamos algo mais profissional e com mais transparência, vendo a dívida do clube sendo exposta e, ao menos no discurso, ideias sendo pensadas para as dividas serem controladas e diminuídas. Porém, tudo não passava de uma ilusão. A melhor contratação de sua gestão foi a de Kaká, mas mesmo nela houve uma irresponsabilidade com atraso de um simples documento, criando-se uma nova dívida com o Orlando City.

Entre o final do ano passado e o começo deste, houve uma grande polêmica envolvendo um contrato entre o São Paulo e a namorada do atual Presidente, Cirina Maturana. Pelo acordo, ela receberia 20% de comissão sobre qualquer contrato de patrocínio que conseguisse pelo clube. Este contrato foi rescindido.

A venda de diversos jogadores e a não reposição dos mesmos foi outro fator que conturbou (e ainda conturba) seu mandato. A perda destes jogadores fez com que o elenco fosse reduzido e criou um mal-estar com o técnico Osorio. Com poucas peças de reposição e qualidade, o colombiano sofre para colocar na prática sua filosofia e dar uma sequência de bons resultados para a equipe.

A mais nova polêmica é o caso do zagueiro Iago . O jogador pertencia ao Criciúma, mas rescindiu o contrato com o clube pelo valor de R$ 800 mil, pago pela Empresa Itaquerão Soccer. O Criciúma alega ter recebido apenas metade do valor. Iago foi registrado no Monte Cristo, clube da terceira divisão do Campeonato Goiano e logo depois 60% de seu passe foi comprado pelo São Paulo no valor de R$ 2 milhões.

Essa transação fez rolar um grande mal-estar que está resultando em uma investigação da CBF. Tempos atrás, a FIFA proibiu que terceiros tomassem parte em qualquer tipo de negociação de jogadores de futebol na tentativa de barrar “clubes laranjas” que eram usados apenas para registrarem atletas  e depois emprestá-los a outros clubes maiores. Neste caso, esse ato é nítido, mas o São Paulo não pode ser punido por isso (ao menos na teoria).

Por sua vez, o Criciúma acusa o São Paulo de aliciamento de jogador. Essa é a clássica acusação nos tempos atuais quando um jogador rescinde com um clube e assina com outro. Outros clubes também estavam interessados no jogador, então todos aliciaram o garoto? Isso é coisa de empresários que vivem oferecendo seus jogadores como se fosse mercadoria. O próprio São Paulo sofreu com isso, mas todos fazem questão de esquecer. Lucas foi vendido ao PSG por R$ 100 milhões, mas antes disso, seu empresário passeou com a família do meia são paulino por diversos clubes europeus, conhecendo suas estruturas e as cidades onde são sediados. Isso não é aliciamento? Como se trata de São Paulo e um clube Europeu, não.

Entretanto, o que mais intriga alguns torcedores e conselheiros são os valores tão discrepantes que envolvem a transação. O Criciúma alega ter recebido apenas R$ 400 mil pela rescisão, já a empresa alega ter pago R$ 800 mil. Ainda temos o valor da multa rescisória do garoto, que era de R$ 1,5 milhão com o clube catarinense. Por que o São Paulo pagaria R$ 2 Milhões por apenas 60% do seu passe? E isto ocorreu um pouco depois da saída do jogador do Tigre.

Aidar declarou que não sabia que o jogador havia jogado no Criciúma e obteve como resposta do dirigente catarinense: “Então onde ele viu o Iago jogar?”. O zagueiro ficou registrado por apenas dois dias no Monte Cristo. Como um clube desembolsa essa quantia em um jogador sem saber onde ele jogou? Passa-me a ideia de que alguém está levando dinheiro por fora.

Na reunião do conselho desta semana, este assunto foi uma das pautas, além da criação de um comitê de acompanhamento da auditoria que o clube pretende contratar. Essa atual gestão de Aidar anda sombria demais.


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Um comentário:

  1. Murillo, são movimentos sombrios e resultados luminosamente ruins. Curiosidade: a namorada do presidente Aidar, Cinira, lembra fisicamente Patrícia Opik, que marcou como Alemanha na Escolinha do Golias, do SBT.

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