Palmeiras e contratações são duas
palavras que parecem coexistir nos últimos anos. Isso porque, desde a chegada
do presidente Paulo Nobre em 2013, o Alviverde contratou mais de 70 reforços,
dos quais muitos deles não estão mais no elenco e que inclusive se aposentaram.
Apesar do alto número, o time ainda não trouxe nenhum jogador nesta janela, o
que gerou certa frustração por parte de muitos torcedores e até mesmo da
comissão técnica.
Com a janela de transferências
internacional já fechada aos clubes do Brasil, isso significa que o Verdão não
poderá trazer mais ninguém de fora do país, lhe dando a única opção de comprar
alguém de dentro do Brasil. Porém, a missão também não parece ser fácil, pois em
relação às equipes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, é
preciso ficar atento ao limite de seis jogos disputados.
Ao contrário dos últimos anos,
quando reforços para quase todas as posições eram necessários, hoje, o cenário
é o inverso ao Palmeiras, restando apenas o setor de criação como o mais
frágil. Considerando que Cleiton Xavier é o único armador clássico de todo o
grupo, o Alviverde se vê em uma situação complicada, pois, apesar do jogador
estar conseguindo se manter saudável, algo que não conseguia desde quando
chegou ao esquadrão no começo de 2015, não é nenhuma garantia de que continuará
100%.
A ausência de Moisés em algumas
partidas tornou a situação ainda mais alarmante, pois ele, ao lado de Xavier,
forma o trio titular do meio-campo palmeirense junto a Tchê Tchê. Entendo a
posição da comissão técnica em cobrar, além da fúria dos torcedores, mas, não
vejo como uma necessidade extrema a contratação de outro camisa 10 de peso,
como foi o feito do Flamengo com Diego, por exemplo.
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| O meio-campista Diego foi contratado pelo Flamengo após passagem no futebol turco (Reprodução) |
Claro, a procura por um novo meia
existe, porém, apenas para compor elenco e ficar no banco de reservas –
situação esta que pode tornar as coisas mais tranquilas ao Palmeiras. Ao
analisar alguns elencos dos c lubes que disputam a Série A, restam opções perigosas
e outras nem tanto aos paulistas. Jesús Dátolo, do Alético-MG, Matías Pisano,
do Cruzeiro, e Héctor Canteros, do Flamengo, ainda não possuem seis jogos
disputados, porém, seus históricos recentes de lesões podem ser um fator
negativo.
Valdivia, do Internacional,
também pode ser um nome cogitado, entretanto, não vejo a diretoria Colorada
disposta a negociar sua jovem joia. Marlone, do Corinthians, talvez seja a
opção mais sólida, pois desde sua chegada ao começo da temporada não tem sido
aproveitado, tanto por Tite, quanto por Cristóvão Borges. O atleta já
demonstrou seu interesse em deixar o Timão, e o Sport, seu antigo esquadrão,
quer trazê-lo de volta.
A Série B também pode ser
devidamente observada. Não é demérito a nenhum clube se reforçar com jogadores
da segunda divisão, desde que claro, atenda as necessidades da equipe, e não ao
estilo ‘pacotão’. Renato Cajá, do Bahia, Renan Oliveira, do Náutico, Felipe
Garcia, do Brasil de Pelotas, e Elvis, do Criciúma, parecem ser os melhores
nomes, isso claro, para compor o banco de reservas.
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| Felipe Garcia é o vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro Série B (Carlos Insaurriaga / G.E. Brasil) |
Ao contrário do São Paulo, que
anunciou a chegada de diversos reforços, ou de outros times que também
investiram pesado no mercado para se reforçarem, a situação do Palmeiras indica que o elenco precisa de apenas uma única peça, uma contratação
pontual, e não mais um monte de atletas. A preocupação generalizada por parte
dos torcedores existe, mas, de um modo talvez pouco extremo, isso porque, o
reforço deverá vir, cedo ou tarde.
Vale lembrar também outros meias palmeirenses que estão no grupo: Allione retorna de lesão e teve seu contrato prorrogado, Arouca recentemente disputou seu primeiro jogo após meses afastado, Gabriel está retomando a forma física ideal para ficar a disposição de Cuca, Matheus Sales, Thiago Santos, Jean - que também pode servir como volante - e o garoto Vitinho, ainda a ser aproveitado.
Indiferente de ser uma grande estrela como Diego ou um
jogador mais jovem e de pouco nome, o trabalho da diretoria não deveria ser tão criticado como está sendo agora, até porque, o Verdão vem de um título nacional e briga para
conquistar outro, jogando um bom futebol e é de longe o time mais ofensivo do Campeonato Brasileiro até o momento.


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