O Cucabol está em nível hardcore. Para quem não torcia para brasileiros e argentinos, e queria acompanhar uma partida franca de futebol, se deleitou. Foi um toma lá da cá impressionante. Insanamente emocionante, o qual o torcedor palmeirense sai feliz na maioria dos jogos.
Na partida da última quarta-feira (24), o Palmeiras criou 18 oportunidades de gol, contra 11 do Atlético Tucumán. Para padrões de Libertadores aguerrida e jogos decididos em detalhes, foi um jogo atípico. Durante os cerca de 97 minutos de partida, houve intensidade ofensiva, perca de gols, e muitos problemas defensivos. Laterais marcavam de forma inconsistente, a zaga falhava muito em bolas alçadas na área, e por muitas vezes o meio campo não conseguia acalmar o rítimo da partida, pois como bem disse Cuca, a partida se transformou em "Vroom Vroom"!
Houveram duas bolas na trave - sendo uma bola de Jean - que quase fez gol contra bizarro -, gol anulado de forma correta, falha de Fernando Prass no gol em que sofreu, e valentia para se jogar por parte dos argentinos. Essa valencia eu aplaudo de pé, pois uma equipe limitada tecnicamente, saiu pro jogo e pelejou visando um bom desempenho. Não agrediu, não apelou a baixarias e se mostrou muito competitiva. Merecem respeito.
Respeito que o Palmeiras impôs com seus ataques e contragolpes. Ok, teve a grandiosa jogada ensaiada - Gol do Coritiba em 2016 feelings -, que termimou no primeiro gol da partida. Mina bailou e nos passava a impressão de que iríamos fazer mais gols e definirmos o confronto no primeiro tempo. Mas não foi o que se viu, pois o verdão não teve em nenhum momento o controle da partida, e quando criava oportundades para marcar mais gols, ou concluia-se de forma errônea, ou era tomada uma decisão incorreta no passe final. Panorama não mudou no segundo tempo, tanto que com maior intensidade em sua forma de jogar, o Tucumán conseguiu o empate. E os albicelestes sabiam que o Peñarol havia feito 2x0 no Jorge Wilstermann, no primeiro tempo, e que uma vitória colocaria a equipe de San Luís de Tucumán em uma inédita fase oitavas de final. Mas com talento aliado a competência, Cuca percebeu que Borja não de encontrava em campo, e Jean estava perdido na marcacão, e fez uma troca dupla: Willian e Fabiano por Borja e Róger Guedes. A casa foi um pouco mais ajeitada, e o Palestra conseguiu mais dois tentos. Primeiro com Willian Bigodón das Américas, e no apagar das luzes com Zé 'Higlander' Roberto. O homem mais velho a marcar um gol na história da Libertadores (42 anos, 10 meses e 18 dias), fez o gol que sacramentou a primeira colocação do Palmeiras no grupo 5 da Liberta, e fez o torcedor finalmente respirar aliviado, com a segurança de que a vitória estava assegurada.
Claro que se deve e pode cobra-se mais de Cuca. Há jogadas trabalhada sim, mas o sistema defensivo do Palmeiras segue bagunçado. Com muitas dificuldades em bolas paradas defensivas, e falhas nos encaixes individuais da equipe. Em alta rotação, tal sistema de marcação não se encaixou da maneira ideal.
Destaques do Parmera: Alejandro Guerra que fez uma partida de gala. Tratou a bola de meu amor, e distribuiu o jogo com muita qualidade. Além de colaborar defensivamente, Guerra mostrou um maior poder de finalização. A cada partida o venezuelano desempenha um melhor futebol. E além dele, Michel Bastos o qual corneto pra caralh*, entrou na vaga de Guerra e no pouco tempo que esteve em campo, fez uma fumaça do caramba. Ainda quase fez um gol de cabeça, o qual o arqueiro Luchetti defendeu de forma espetacular.
Já os destaques negativos: Borjinha ainda não está adaptado ao rítimo do futebol brasileiro, e a forma de trabalhar de Cuca. Ainda requer cuidado, e não merece ser crucificado. Porém ele novamente esteve abaixo do que dele se espera.
Bola aérea defensiva: FOI MEDONHA, e requer ajustes urgentes. De um 2016 sólido, a bola para defensiva em 2017 se tornou uma jogada de causar calafrios na torcida e no time.
Agora pela Libertadores, que as oitavas, e sobre adversário? Aquela frase de praxe: "Time que quer ser campeão, não escolhe adversário" Porém a Liberta voltará em julho, e até lá, teremos sequência de jogoa decisivos pelo Brasileirão e Copa Do Brasil. A sequência começa pelo Choque-Rei de sábado. Pauta para amanhã...
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 1 ATLÉTICO TUCUMÁN (ARG)
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data-Hora: 24/5/2017 - 21h45
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Eduardo Dias (COL) e John Alexander León (COL)
Público/renda: 37.418 pagantes/R$ 2.759.876,21
Cartões amarelos: Thiago Santos (PAL), Aliendro, Canuto e Evangelista (TUC)
Cartões vermelhos: González (23'/2ºT) - No banco de reservas
Gols: Mina (15'/1ºT) (1-0), Rodríguez (11'/2ºT) (1-1), Willian (23'/2ºT) (2-1) e Zé Roberto (46'/2ºT) (3-1)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Thiago Santos e Tchê Tchê; Róger Guedes (Fabiano, aos 14'/2ºT), Guerra (Michel Bastos, aos 30'/2ºT) e Dudu; Borja (Willian, aos 14'/2ºT). Técnico: Cuca.
ATLÉTICO TUCUMÁN: Cristian Lucchetti; Leonel Di Plácido, Bruno Bianchi, Ignacio Canuto e Fernando Evangelista; Nery Leyes, Rodrigo Aliendo, Fabio Álvarez (Cuello, aos 37'/2º), David Barbona, Leandro González (Menéndez, aos 20'/2ºT) e Luis Rodríguez. Técnico: Pablo Lavallén.
Foto: Nacho Doce/Reuters
Por: Leonardo Bueno
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