Nós do Automobilismo Brasil começamos hoje a colher os frutos da nossa parceria junto a equipe do Vai que tô te Vendo. Essa é a primeira entrevista que fazemos dentro do meio do esporte à motor, esperamos que gostem!
Imagem: Rodrigo Guimarães
E o piloto da vez é o jovem prodígio Gabriel Lusquiños. Atualmente ele corre na Sprint Race, mas voltemos ao início de sua carreira.
Como a grande maioria dos jovens, o Kart é a grande escola para quem deseja se tornar piloto. Com Gabriel não foi diferente, sua primeira participação aconteceu em 2011 no Campeonato Brasileiro de Kart Indoor.
Daí em diante, ele correu na Copa São Paulo Light de Kart em 2013 e 2015. Nesse meio tempo, fez sua estréia em uma categoria de monopostos em 2014, a F1600, essa que integra o Campeonato Paulista.
Realizou vários treinos durante o segunde semestre deste ano, fazendo sua primeira prova na última etapa.
Imagem: Redes Sociais do piloto
No ano seguinte, ainda sendo apenas a segunda vez que iria guiar o seu fórmula #22, venceu a etapa de Londrina, mostrando que não estava para brincadeira. Durante a temporada de 2015, Gabriel conquistou o título da Copa do Brasil de F1600 e foi o quarto colocado na classificação geral do Campeonato Paulista.
Imagem: Humberto da Silva Fotografia
Seu próximo passo foi subir para a Sprint Race, categoria de carros de turismo organizada pelo ex piloto da Stock Car, Thiago Marques. Lusquiños começou por lá em 2016 pela categoria PRO, somando 120 pontos ao fim do ano.
Imagem: Rodrigo Guimarães
Hoje, Gabriel que é o quarto colocado na classificação do campeonato, compete pelo título de 2017, sendo que este é apenas o seu segundo ano na Sprint Race. Já soma 203 pontos, indo com tudo para a última etapa do ano em Curitiba, essa que terá a pontuação dobrada.
Imagem: Rodrigo Guimarães
A seguir, você confere com exclusividade a nossa entrevista com um dos grandes talentos do nosso automobilismo, Gabriel Lusquiños. Ele que conta com o patrocínio da Riachuelo, Pilotech e P1 Filmes.
Automobilismo Brasil: Você começou correndo na F1600, categoria de monopostos do Campeonato Paulista de Velocidade. De lá, qual o conhecimento adquirido que você levou e conseguiu aplicar quando chegou na Sprint Race? E também, quais foram as principais dificuldades que enfrentou no início dessa nova categoria?
Gabriel: Bem, o F1600 foi o primeiro carro de corrida que eu guiei, antes eu só andava de kart. E foi uma categoria boa pra iniciar, começar aprendendo a guiar com pneu radial e câmbio H. É o verdadeiro carro “raiz”. A dinâmica de um carro de corrida é muito diferente da de um kart, então acho que fiz a escolha certa em começar na F1600, antes de pular para uma categoria mais forte, como a Sprint Race ou Stock Light. Lá aprendi mais sobre acerto e tive grandes disputas, num grid muito parelho, o que me ajudou a desenvolver meu ritmo de corrida e melhores estratégias. Então, acho que cheguei competitivo na Sprint. Quase ganhamos a etapa de estreia inclusive, não fosse a quebra da suspensão traseira na última volta, liderando a corrida. E o próprio carro deles se assemelha muito a um fórmula, com a posição do banco central no carro. Só tive que me adaptar aos pneus slick e ao uso da asa, mas também foi algo que peguei rapidamente. Outra semelhança entre a F1600 e a Sprint é o quanto os carros geram de vácuo, algo que eu já estava bem acostumado.
Automobilismo Brasil: Dentro da sua categoria atual, a Sprint Race, qual a grande diferença de um carro para o outro em termos de ajuste, setup?
Gabriel: Teoricamente, os carros são iguais, já que são preparados pela categoria, mas sempre tem alguma coisinha que diferencia um carro do outro. Efetivamente, o que vai fazer você se destacar dos demais carros, são os ajustes que você faz com calibragem, asa, balanço de freios e barra estabilizadora, são as únicas coisas que a gente pode mexer nos carros.
E lógico, vem muito do braço mesmo, que é o intuito principal da categoria, os pilotos se destacarem pela sua habilidade apenas.
Imagem: Luciano Santos/SIG Comunicação
Automobilismo Brasil: Em relação aos ajustes do carro da Sprint, porque a troca constante de regulagem das barras médio/duro são tão essenciais?
Gabriel: A barra estabilizadora do Sprint só atua na frente do carro. Basicamente se você endurece a barra, você tira frente do carro, e se amolece, dá mais frente pro carro. Aí vai da guiada do piloto ou comportamento do carro; por a gente poder mexer na barra de dentro do carro, ajuda bastante no meio do treino/corrida se precisar mudar o comportamento do carro, é uma ferramenta eficaz.
Imagem: Rodrigo Guimarães
Automobilismo Brasil: E pra você, desde o início da sua carreira, qual o circuito mais prazeiroso em que já guiou?
Gabriel: Pergunta difícil. Fico muito divido entre Curitiba e o Velo Città, duas pistas fantásticas na minha opinião.
Imagem: Rodrigo Guimarães
Automobilismo Brasil: Quais são os pilotos ou personalidades do esporte à motor que você mais admira?
Gabriel: Eu admiro muito o Senna pela dedicação e comprometimento dele com o esporte e por sempre buscar evoluir no automobilismo.
O Rubinho é outro piloto que eu tenho muito respeito, não só por toda a competência e histórico dele no automobilismo, mas também pelo carisma dele dentro e fora das pistas.
Automobilismo Brasil: Num aspecto geral, depois de bons resultados na Sprint Race e novas experiências em carros da Copa Petrobras de Marcas e do Campeonato Brasileiro de Turismo, qual são suas expectativas para 2018?
Imagem: Rodrigo Guimarães
Gabriel: A expectativa é que eu possa continuar progredindo e acumulando experiência nas mais diversas categorias do automobilismo e confiar a Deus o meu destino para o ano que vem. Nada certo ainda, mas tenho certeza que coisas boas me esperam, onde quer que eu esteja.
Imagem: Redes Sociais do piloto
Automobilismo Brasil: No próximo dia 03/12, acontece a última etapa de 2017 da Sprint Race, dessa vez em Curitiba com a pontuação dobrada. Qual as expectativas para buscar o título da categoria PRO nesse final de semana?
Gabriel: Se Deus quiser! Eu vou com tudo para disputar o título e vou lutar até o fim. Nós temos um bom histórico em Curitiba e tenho certeza que vamos estar competitivos para a final.
Temos que focar em somar o máximo de pontos possíveis, independente do resultado dos concorrentes, aproveitar que a pontuação é dobrada.
Imagem: Rodrigo Guimarães
Agradecemos imensamente a você Gabriel pela oportunidade, um bate papo bem legal que os leitores com certeza irão gostar. Desejamos todo o sucesso do mundo pra você, dentro e fora das pistas. Conte sempre com nosso apoio, esse é apenas o começo de uma grande história, e você já faz parte dela; novamente muito obrigado!
Por Vinicius de Oliveira dos Santos (Automobilismo Brasil) e Gabriel Lusquiños (Sprint Race)
Parabéns, muito boa entrevista... o Gabriel Lusquinos é um grande piloto, sempre com bons resultados !!!
ResponderExcluirParabéns, muito boa entrevista... o Gabriel Lusquinos é um grande piloto, sempre com bons resultados !!!
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