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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Inter: Psicopatia e Caos

Arquivo Pessoal

   Caronte era um barqueiro de Hades, que pegava as almas dos recém mortos no Rio Estige e Aqueronte, a divisa dos mundos de vivos e mortos na mitologia grega. Aí vocês vão ler e se perguntar: qual é a ligação disso com o início de ano do Inter? Já explico. Vocês sabem o que é a Libertadores, lá não se tem segunda chance, não se tem lugar pra falha, é tiro único. Vocês já viram times vacilantes vencerem 'La Copa'? Óbvio que não. 

Arquivo Pessoal
     O Inter tá bem? Não, os titulares não empolgam, Aguirre parece perdido e a gente tá bem desanimado com o Inter, né? O Inter era bem promissor, vejam bem, era. Os reforços foram meias verdades, Vitinho não chuta uma bola faz tempo, Réver mal jogou no ano, Nilton é aceitável e Léo não convenceu no Flamengo. E agora, José? E agora disfarça e chora, não tem o que fazer. Nossa alma, no momento inicial, está no mundo dos mortos, ao lado de Hades/Belzebu ou seja lá no que você crê. Leiam bem o que eu vou dizer: não temos chance inicial de título, o Inter é menos time que River, São Paulo e Racing. Quero me enganar como foi em 2010, quero que o Gigante trema como foi em 2006, quero que Nilmar seja o Nilmar decisivo da Sul Americana. A gente quer tanta coisa, né?

Guarda Popular

     Mas esqueça disso, quinta tem "o jogo do ano" pela Libertadores. É o dia do Beira Rio ter a cara que sempre teve em jogos grandes nesse palco. Quem esquece da epopéia que foi a final da Sul Americana contra o excepcional Estudiantes de Veron, Boselli e Fernandez? Quem esquece da final contra o São Paulo campeão do mundo? Ninguém. Eu não esqueço. O Beira é um caldeirão quando quer ser. Palmeiras e Galo sofreram aqui na reta final do Brasileiro passado. Mas agora é a hora do salto. Libertadores é outra história, é a hora de separar os homens dos meninos. E o Inter tem homens capazes disso. Aranguiz, Rever e o nosso capitão, D'Alessandro tem que ser o elo entre torcida e time. Não deve ser um dia de vaias, deve ser o dia do acolhimento. Aguirre deve ser acolhido como aquele filho que aprontou bastante, tá quase reprovando e a gente ainda bota uma fé. 


  Quinta é o dia dessa camisa vermelha trajada por tanta gente importante, de Tesourinha a Larry, de Falcão, passando por Sobis e Iarley, até chegar em Fernandão envergar o varal. Dia do Beira Rio tremer como tremeu em em 75 naquele gol iluminado de Don Elias Figueroa, do Beira empurrar o time como foi no gol salvador do Dunga em 99 contra o Palmeiras. Amigos, serão noventa minutos de psicopatia e caos no Beira Rio. Então vamos fazer isso: convoquem seus Budas, essa Libertadores vai ser bem tensa. Que Fernandão e Librelato nos guiem lá do outro plano e que D'Ale nos leve o mais longe que a sua canhota mágica conseguir. Amém.

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