Dois jogos, duas vitórias, dois gols dos mesmos dois jogadores. É nesse ritmo que o cruzmaltino inicia a temporada oficial de 2015 no Campeonato Carioca. Como citado no texto anterior, o torcedor precisa ter paciência e precisa apoiar. Mas, contrariando o que previ, talvez o torcedor não precise ter tanta paciência assim.
Em relação ao ano de 2014, o Vasco é um time totalmente novo. E mesmo com caras desconhecidas, através de uma análise que não precisa ser muito aprofundada, é visível a evolução tática do time graças ao novo técnico Doriva.
Começando pela defesa, o Vasco se porta muito bem defensivamente. Apresenta raras falhas individuais, mas na essência tática, os dois zagueiros - Luan e Rodrigo - se portam bem alinhados e com bom tempo de desarme, além dos laterais - Madson/Jean Patrick e Christiano - não comprometem. Além de ter um goleiro que dispensa comentários. Martín Silva dá total segurança ao gol vascaíno e é um dos queridinhos da torcida.
Na popular meiuca, o Vasco mostra pequenas falhas que aparentemente serão corrigidas com o tempo. Os recém-chegados Lucas e Serginho fazem a dupla de volantes enquanto Guinazu não retorna de lesão. Mais à frente, temos o trio formado por Montoya, Marcinho e Bernardo. Nos dois jogos, o trio mostrou deficiência na questão de armação do jogo e isso pesou ofensivamente, já que três dos quatro gols nestes dois jogos foram de jogadas individuais - o último foi de escanteio.
Na frente, Rafael Silva joga isolado e numa função que não lhe é familiar, o que complica a vida do ex-Ituano que foi treinado por Doriva em 2014. Sem as características necessárias para tal função, Rafael Silva acaba se movimentando sem objetivo na frente e não participa como o centroavante deveria. Nos dois jogos, ele mostrou que apenas está guardando o lugar de Thalles - que está na seleção sub 20 - ou até mesmo de Gilberto ex-Inter, que treina em São Januário e pode chegar ao Vasco nos próximos dias oficialmente.
É importante ressaltar que Doriva acabara de chegar ao cruzmaltino e ainda está conhecendo seu elenco. Taticamente falando, o Vasco caminha certo e mostra um potencial acima do esperado. Entretanto, aponto para dois setores que precisam de substituições: laterais e meio-campo.
As laterais do Vasco sempre despertam aquela dor de cabeça no torcedor vascaíno. Afinal, os últimos laterais que deram certo MESMO no Vasco foram Fagner e Jumar, que foi uma improvisação. Na lateral-direita, Madson e Jean Patrick mostraram insegurança defensiva embora não tenham errado e deficiência principalmente no cruzamento. Já na esquerda, Christiano - que deve perder o lugar para Lorran - é lento, fraco defensivamente e fraco ofensivamente, seja apoiando ou cruzando.
No meio, Marcinho, Bernardo e Montoya mostraram uma característica em comum: os três são muito individuais. O trio tem tudo para dar errado por conta dessa característica, à não ser que eles aprendam a jogar juntos em equipe e servir o centroavante. Afinal, o Vasco não pode viver apenas de jogadas individuais, pois não é sempre que elas irão dar certo.
Doriva pode e deve mexer nesse time para curar a lentidão extrema na saída de bola, que torna o time muito previsível e dá tempo do adversário se recompor. Taticamente, o time agradou. No conjunto da obra, ainda precisa de ajustes. Jogadores como Marquinhos e Yago curariam essa lentidão, mas a falta de experiência pode prejudicar aos dois meninos. E também tem o Matheus Índio, que deve brigar pela vaga de Lucas no meio campo.
Até semana que vem.
Cheers,
Matheus Costa.
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