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quinta-feira, 5 de março de 2015

Léo Moura eterno

(Foto: Globoesporte.com)
Foi bonito, intenso e emocionante. A noite desta quarta-feira, dia 4 de Março de 2015 certamente ficará na memória de muitos rubro-negros. A despedida de, mais que um capitão, um ídolo. Após dez anos vivendo Flamengo, Léo Moura encerra oficialmente sua passagem pelo clube.

Do dia 12 de Junho de 2005 até a noite de ontem, foram 519 jogos com a camisa do Flamengo. Esse número o coloca na sétima colocação na lista de jogadores que mais defenderam o clube. Se em sua despedida de partidas oficiais, o lateral não pôde festejar após o apito final, ontem foi dia de comemorar e receber as homenagens que tanto fez por merecer.

Ao sair do ônibus com a delegação, já não podia conter as lágrimas. Admitiu que o choro já perdurava desde a saída da concentração – e não parou ali. Entrou em campo antes do resto dos jogadores, sob um enorme coração vermelho com o escudo do clube. Após a entrada de seus companheiros, começaram as homenagens em campo. Bastante emocionado, Léo Moura recebeu das mãos do maior ídolo da historia do Rubro-Negro, Zico, um quadro com uma foto de ambos quando o camisa 2 era apenas um pequeno torcedor e outra do momento em que entrava no gramado para o jogo que garantiu o hexacampeonato brasileiro, em 2009, além de uma placa comemorativa. A comoção também tomou conta da esposa e das filhas do jogador, que igualmente iam às lágrimas.

Ao começar a partida, o clima no gramado deu uma esfriada – como é de se esperar em um amistoso. Entretanto, embalado pela torcida, que se revezava entre cânticos de homenagem ao capitão e de apoio à equipe, o Flamengo buscou mais a partida (sempre procurando o lateral-direito). Aos dezenove minutos, Eduardo da Silva bateu no canto para abrir o placar após passe de Léo. Na comemoração, muitos abraços no camisa 2.

No intervalo, mudança geral na equipe. Nada menos que nove substituições foram feitas por Luxemburgo, que deixou apenas Marcelo e Léo Moura em campo. Porém, o relógio bateu meia-noite aos nove minutos do segundo tempo e o conto de fadas chegava ao fim. Sentindo um incômodo na panturrilha, Léo foi substituído e o jogo foi paralisado para mais homenagens. Em um momento simbólico, Wallace recebeu a braçadeira de capitão do agora ex-jogador rubro-negro, que também fez questão de abraçar Pará, seu sucessor na posição. Aos gritos de “Léo Moura eterno” e “Fica, capitão”, se encerrava ali o relacionamento de dez anos entre clube e jogador. Após isso, o jogo foi arrastado e o momento alto foi o segundo gol rubro-negro, marcado pelo garoto Matheus Sávio. Após isso, fim de jogo, fim de festa e uma volta olímpica para se despedir dos mais de 30 mil torcedores presentes no Maracanã.

Aos mais jovens, que não tiveram a honra de se deleitar com o talento de Zico, Júnior e companhia, Léo não é apenas mais um jogador, é a personificação de um ídolo. Honrou como poucos a camisa em cada oportunidade que teve de vesti-la. E, mesmo no auge de sua carreira, alcançando a Seleção Brasileira, nunca cogitou a hipótese de largar o clube que ama. Após dez anos, Léo Moura sai de campo para entrar na história do Flamengo.

Nas palavras da torcida: Léo Moura, você é eterno.

(Foto: Globoesporte.com)

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