Me tornei palmeirense no dia 16 de setembro de 1998. No quarto ao lado, na maternidade, nascia um corintiano. Não por muito tempo: meus tios fizeram questão de tirar a bandeira que estava na porta e a jogar no lixo.
Cresci dentro do Palestra Itália. Não me lembro do primeiro jogo, era muito pequena, mas consigo ouvir o "au au au, Edmundo é animal" em minha mente, como se fosse ontem. Vejo um Palestra cheio, uma torcida que cantava e vibrava. Como se fosse ontem.
Me mudei para o interior, e me perguntava se um dia ainda veria o amado Palmeiras. Ia assistir jogos do Marília, mas não sentia a mesma coisa. Não me sentia em casa. E não existe lugar melhor que a nossa casa. Por sorte, fiquei apenas um ano na pequena cidade. Voltei para o meu Palmeiras, para o meu Palestra, para a minha antiga vida.
Aos sete anos, entrei em uma nova escola - onde fiquei até os 14. Só fui fazer amigos de verdade, dois anos depois, por causa do clube. Desde essa época, ouço um "entende mais de futebol que muito homem por aí, hein Aninha?!". E sinceramente: nada me deixa mais feliz. Até hoje.
Não me lembro do primeiro rebaixamento, mas sofri no segundo. E como sofri. Abandonei todo o futebol, e ainda não consegui voltar a acompanhar. Antes de sermos rebaixados, via jogos todos os dias, de todos os tipos de time. Abri mão de todo o esporte para sofrer pelo Palmeiras. Há anos atrás, eu falaria a formação do Barcelona, Real Madrid, Liverpool, Chelsea, Manchester, e todos esses times, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Hoje, não sei de mais nada.
Perdi muita coisa pelo time, mas ganho muito em troca. Ganhei meu pai, ganhei amigos e a simples alegria de usar o manto; de comemorar gols; de ir ao Palestra; de ler ou ver documentários sobre a nossa história.
Como presente de aniversário, meu tio me deu ingressos para o primeiro jogo do Allianz Parque. Nunca senti tanta dor na vida. Romper ligamentos, quebrar dedos, ter problemas nos tendões... Nada doeu mais que aquele 2-0.
Moral da história: meu pai me ensinou muitas coisas, entre elas, amar o time com todo o meu coração. Nas fases boas e ruins. Nas vitórias e derrotas. Amar a Sociedade Esportiva Palmeiras e sua história. Até o fim. E é isso que irei fazer. É isso que venho fazendo, desde o dia 16 de setembro de 1998.
Moral da história: meu pai me ensinou muitas coisas, entre elas, amar o time com todo o meu coração. Nas fases boas e ruins. Nas vitórias e derrotas. Amar a Sociedade Esportiva Palmeiras e sua história. Até o fim. E é isso que irei fazer. É isso que venho fazendo, desde o dia 16 de setembro de 1998.
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