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sexta-feira, 24 de abril de 2015

La Bombonera é Nuestra

Capa do Jornal Olé
     Taça Libertadores da América, 24 de abril de 2003 o palco do espetáculo era o estádio La Bombonera em Buenos Aires na Argentina. Os atores foram, Boca Juniors e Paysandu. O time argentino era recheado de jogadores reconhecidos e que já despertavam o interesse de clubes europeus. Barros Schelotto, Carlitos Tevez, Pato Abbondanzieri, além de Nicolas Burdisso, Delgado, Cagna e Clemente Rodriguez. Pelo lado bicolor, o cenário era pouco conhecido. Mas foram nomes que viraram uma “lenda” no Norte do Brasil; Velber, Iarley, Lecheva, Vanderson e Robson são alguns desses que estão eternizados na Capital Paraense.
                Enfrentar a equipe argentina em seu território é uma difícil missão. Sair dali com um empate no bolso é quase impossível, e às vezes uma derrota por pouco já é considerando um bom resultado. Mas estamos falando de um adversário chamado “Papão da Curuzu”, o Rei da Amazônia que já tinha derrubado gigantes do futebol Brasileiro. O time que não ficaria intimidado com os cantos incansáveis da “LA 12”, pois a sua torcida é tão fanática quanto. O bicolor que não tinha estrelas na sua escalação, mas tinha jogadores que torciam e davam a própria vida pelo time.

O Gol Histórico

                Aos 22 minutos do segundo tempo, com um jogador a menos em campo – Vanderson havia sido expulso – o goleiro Ronaldo escorrega e erra a cobrança do tiro de meta. Assim que começou a jogada do gol do Papão sobre o time argentino, meio que sem querer. O próprio ex-camisa 12 bicolor relembra a jogada e, em tom de brincadeira, fala que poderia não ter saído o gol caso tivesse acertado a saída de bola.
– Eu até perguntei pro Iarley se ele lembrava a origem da jogada do gol. Na verdade, começou comigo escorregando no tiro de meta e aí a bola caiu no pé do Jorginho. Ele até pegou um susto, mas já ligou direto com o Sandro, que já deixou o Iarley na cara do gol. A gente estava até comentando que, se eu acerto o tiro de meta, provavelmente nem sairia o gol. Foi um tiro de meta errado que deu muito certo (risos) – brincou Ronaldo.

Iarley comemorando o gol da vitória
– Eu carrego (a fama) até hoje. Eu levo esse jogo e esse gol até hoje. Durante esses dez anos, todo mundo acha que eu sou paraense, que eu comecei a jogar no Paysandu. Eu tive uma passagem muito marcante também pelo Internacional, só que quando as pessoas me vêem na rua, elas falam assim: ‘Eu conheço a sua trajetória, você jogou no Paysandu, fez aquele gol no Boca...’ aí dá um branco neles. Depois conseguem lembrar que eu joguei no Inter, no Corinthians, mas o Papão está marcado – afirma Iarley.
                Ganhar de um time grande e cheio de tradição não é tarefa fácil, quando essa vitória acontece muitos comemoram como se fossem um título. Existe time em Belém que quando ganha do próprio Paysandu, comemora como se fosse a maior vitória da sua vida. Porém são equipes pequenas e que ainda tem muito pra crescer. Mas nós estamos falando do Papão, o gigante do Norte, o Campeão dos Campeões e um dos maiores Campeões estaduais do Brasil. Seu adversário, era o tradicional “Boca”, time ignorado pelos bicolores que venceram com apenas 9 jogadores em campo pelo placar de 1 X 0.
                   Hoje é comemorado 12 anos de La Bombonera é Nuestra.
                   Parabéns Paysandu Sport Club!


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