(imagem/caixapretafc) |
A divisão de cotas da TV é um assunto que causa muito polêmica até os dias de hoje. A grande parte dos clubes tem as cotas como a principal fonte de renda. O grande problema é que alguns recebem valores enormes e outros recebem uma cota extremamente absurda, ou seja, muito menor. São distribuídas de forma que favoreça apenas os "grandes" do futebol brasileiro, enquanto os considerados menores ficam de mãos atadas.
Alguns anos atrás, existia o chamado Clube dos 13, uma organização inovadora dos treze maiores clubes do Brasil. Que com o tempo foi expandido aos 20 associados mas sem perder o nome original. Eram responsáveis pela negociação dos direitos de transmissão e assim distribuíam as cotas de forma mais justa. O Clube dos 13 quebrou, e um dos motivos é saída de alguns clubes do Rio de Janeiro e São Paulo, que hoje são os principais beneficiados.
Os direitos de transmissão seguem um modelo parecido com o que acontece na Espanha, onde as negociações são individuais e não coletivas. Existia um projeto de lei do deputado Raul Henry, que seguiria o modelo inglês que divide o dinheiro total da TV em três partes: 50% dividido igualmente entre os clubes; 25% de acordo com a posição do time no última campeonato; 25% proporcional à média do número de jogos transmitidos no ano anterior.
“O Campeonato Inglês é o melhor campeonato do mundo. O Campeonato Alemão é muito bom também, mas divide o dinheiro igualmente, o que considero também injusto. Um clube sem torcida não pode receber o mesmo que os clubes de maior torcida. Assim como o não dá para o clube que foi campeão ganhar o mesmo que o último colocado. Por isso escolhemos o modelo adotado no Campeonato Inglês, que divide uma parte igualmente, outra parte por desempenho e também leva em conta a audiência de TV”, afirmou o deputado.
O fato é que mesmo alguns clubes recebendo menos que outros, estes conseguem fazer ótimas e até melhores campanhas que os mais beneficiados. O Flamengo mesmo sendo a maior cota, não conseguiu se destacar nos últimos campeonatos nacionais, mesmo caso do Palmeiras, terceiro colocado da lista, que até chegou na final do Paulistão mas no cenário nacional não se destaca e disputou até a série B em 2013. Talvez por má administração, caso esse dinheiro todo caísse nas mãos certas, poderíamos ter novos grandes clubes.
Veja a cota de 2014, de 2013, e o número de jogos exibidos:
1º. Flamengo: R$ 115 milhões – 2014 | 36 jogos | R$ 110,9 milhões – 2013
2º. Corinthians: R$ 108,7 milhões – 2014 | 33 jogos | R$ 102,5 milhões – 2013
3º. Palmeiras: R$ 80,7 milhões – 2014 | 13 jogos | R$ 76,3 milhões – 2013
4º. Atlético-MG: R$ 80,4 milhões – 2014 | 19 jogos | R$ 71,3 milhões – 2013
5º. São Paulo: R$ 77,9 milhões – 2014 | 29 jogos | R$ 72,3 milhões – 2013
6º. Vasco: R$ 72,9 milhões – 2014 | 23 jogos | R$ 66,1 milhões – 2013
7º. Cruzeiro: R$ 66,3 milhões – 2014 | 28 jogos | R$ 60,7 milhões – 2013
8º. Santos: R$ 61,7 milhões – 2014 | 14 jogos | R$ 43,5 milhões – 2013
9º. Fluminense: R$ 61,3 milhões – 2014 | 21 jogos | R$ 57,5 milhões – 2013
10º. Grêmio: R$ 59, 7 milhões – 2014 | 13 jogos | R$ 55,5 milhões – 2013
11º. Internacional: R$ 59,3 milhões – 2014 | 16 jogos | R$ 54,2 milhões – 2013
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