Uma partida no meio da semana e em um horário onde muitos enfrentam engarrafamentos após um longo dia de trabalho não é a mais atrativa das partidas. Nem mesmo a estreia do tão esperado camisa 10 fez a Nação lotar o Maracanã para o duelo contra o Atlético Paranaense. Pouco mais de 17.962 pagantes – com um público total de 20.881 torcedores presentes - viram de perto algo que poucas vezes aconteceu até então: o Flamengo vencer uma partida em casa, jogando como um bom mandante deve.
O Fla iniciou a partida com uma postura mais ofensiva, procurando o gol. As já habituais jogadas laterais, com Éverton e Emerson alternando entre cada flanco, principais armas ofensivas do Rubro Negro, ganharam o reforço da técnica e habilidade de dois meias de muita visão e categoria: Alan Patrick – que vem acumulando uma sequência de boas atuações –, e Ederson, que, em sua estreia, mostrou que muito acrescenta na armação do time.
Nos primeiros minutos de partida, o Flamengo evidenciou que a ausência de Guerrero gera um buraco na entrada da área do time adversário. Por muitas vezes as jogadas laterais eram recuadas para o meio do campo, por falta de alguém para dar sequencia no centro. Assim, o torcedor flamenguista pode criar a expectativa de que quando Éderson e Guerrero estiverem em campo, o time pode render muito mais ofensivamente.
Destaques da partida, Sheik e Alan Patrick comemoram gol do Flamengo (Foto: Reprodução/SPORTV) |
Aos 12 minutos do primeiro tempo, o Flamengo abriu o placar na cobrança de escanteio. Wallace escorou com o pé a cobrança de Alan Patrick e, na comemoração, o elenco rubro negro abraçou o técnico Cristóvão Borges. O Fla jogava bem até abrir o marcador, mas retraiu-se e passou a jogar no contra-ataque, com a marcação após a linha do meio de campo, o que, obviamente, chamou o Atlético para o campo de ataque. Não deu outra, aos 24 minutos Marcos Guilherme cruzou bola na área e Hernani subiu sozinho para empatar a partida. Mais uma vez o Flamengo foi vítima de bolas aéreas – a maior responsável pelos fracassos nas duas últimas rodadas.
Após sofrer o gol, o Flamengo reassumiu a postura inicial e foi mais à frente, sem muita organização tática, mas com muito ímpeto e velocidade. E foi justamente em um lance que evidenciou a falta de disposição tática dos jogadores que, os 40 minutos, em uma chutão da zaga, Everton disputou por cima e tocou para Emerson Sheik, bem posicionado, fazer o que mais sabe: gol. O primeiro tempo ainda reservou muitas emoções, como no lance em que o goleiro paranaense Weverton tentou sair jogando com os pés e perdeu a bola pra Sheik, que mandou pro fundo das redes. No entanto, o árbitro assinalou falta do atacante no arqueiro.
E já perto do apito que finalizaria o primeiro tempo, Alan Patrick cobrou uma falta na entrada da área com extrema perfeição. Uma obra prima, que consagrou o bom primeiro tempo de partida do meio-campista .
Com um segundo tempo moroso, as atenções se voltaram para outra estreia, a de Kayke, jogador revelado na Gávea e que estava no ABC de Natal. O atacante pouco fez na partida. O Atlético até esboçou uma reação, marcando mais um gol em cobrança de escanteio. No entanto, com a expulsão de Hernani, aos 34 do segundo tempo, administrar o resultado não se tornou uma tarefa difícil para o Flamengo, que se fechou ainda mais com a entrada do volante Jonas.
No mais, foi uma vitória importante para dar sossego ao treinador do Fla e, quem sabe, prospectar algo melhor no campeonato – o Rubro Negro terminou a partida à sete pontos do G4. Mas foi além de uma vitória e três pontos conquistados, foi a estreia daquele que chega para ser a solução da principal carência do time. Ainda assim, foi mais do que uma simples estreia, foi uma boa atuação, que pode sim, fazer o torcedor ter esperanças de que o segundo turno reserva boas perspectivas para o Clube de Regatas Flamengo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário