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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Déjà vu

Fala, Nação indignada!
Antes de qualquer coisa, vamos explicar: A indignação óbvia que estamos todos sentindo hoje não é fruto do resultado em si. A vitória ou a derrota fazem parte do jogo e no futebol, em especial, várias vezes não seguem qualquer critério de justiça. Não, amigos, a indignação vem do sentimento de déjà vu que o time conseguiu provocar em sua torcida na tarde de ontem.
Nosso 14 de Fevereiro de 2016 remeteu aos piores momentos vividos em 2015. O Flamengo jogou às 17 horas de domingo com a preguiça de quem acorda para o trabalho às 6 horas de segunda! Se não é o esperado, também não é incomum que num dia ruim tenhamos um ou outro jogador se apresentando com baixo rendimento, agora um jogo onde basicamente todo o time se apresenta em campo como se estivesse jogando uma pelada de fim de temporada é, no mínimo, para se acender a luz de alerta.

Guerrero: bem marcado, peruano não teve boa atuação. (Gilvan de Souza/Flamengo)

Muito pouca coisa se salvou na hecatombe rubro-negra do fim de semana. Com sinceridade, pensamos que só Juan, Rodinei e Cirino estiveram, de fato, “em campo”. De resto, todos os outros figuraram entre a mediocridade e a omissão. Chamou muito nossa atenção a apatia mostrada em campo tanto por Mancuello quanto por William Arão, o que aliado a mais uma “brilhante” (só que não...) atuação do (inexplicavelmente) intocável Márcio Araújo, tornou nossa transição defesa-ataque nula.
Nosso ataque basicamente também não se fez presente em campo. À exceção da vontade (ainda que pouco acompanhada de efetividade) mostrada por Cirino, tanto Sheik quanto Guerrero mostraram-se totalmente desconexos com a realidade do jogo. Aliás, não é de hoje que Emerson está fazendo por merecer um período no banco de reservas, especialmente em função dos inúmeros lances onde ou exagera nas firulas improdutivas ou prende a bola demais e acaba por estragar lances promissores. Já em relação ao Guerrero, a despeito do bom desempenho que vem demonstrando neste início de ano, está mais do que na hora de mostrar seu potencial em jogos decisivos. Vale destacar também que Everton, que entrou na segunda etapa, em nada alterou o quadro de apagão de nosso ataque.
Na zaga, as constatações são as mesmas que persistem já a algum tempo, ou seja: Juan se multiplicando em campo por absoluta falta de um companheiro de zaga minimamente à sua altura; Rodinei vem tendo boas atuações, mas por absoluta falta de cobertura, suas idas ao ataque acabam provocando falhas defensivas; Jorge continua em sua fase “Luiz Antônio” de jogar, ou seja, insistentemente jogando bem abaixo daquilo que sabemos poder render; Paulo Victor continua a cometer erros primários; E por fim, continua o Flamengo atuando com dois jogadores completamente inaptos para vestirem o manto (por sinal, façam os amigos o exercício de, revendo o lance do gol adversário, prestarem atenção em quem fez a falta que originou o gol – completamente desnecessária principalmente aos 45 minutos do segundo tempo – e quem deixou o menino que chutou completamente livre de marcação).

Cirino bem que tentou, mas Flamengo criou pouco (Gilvan de Souza/Flamengo)
Se realmente queremos ter, nesta temporada, algum tipo de ambição maior do que aquela a que nos acostumamos ultimamente (de nos livrarmos do rebaixamento), é urgente a saída definitiva do time de Wallace e Márcio Araújo, bem como o banco de reservas para PV e Sheik.
Pelo menos, consolou-nos assistir a coletiva de Muricy (que, diga-se de passagem, substituiu mal trocando Cirino, e não Sheik, por Everton). Diferentemente das coletivas a que nos acostumamos (de Luxa, Cristóvão, Oswaldo...), onde os treinadores (e apenas eles) sempre haviam visto o time jogar bem (com as famosas ressalvas, como “faltou objetividade”, “faltou efetividade”, “pecamos em detalhes”, etc.), Muricy visivelmente não tem nenhum problema em reconhecer que o time jogou muito mal, que houve omissão do meio-campo, falha defensiva e, principalmente, que há ainda muito que acertar.

Vai que tô te vendo (indignado, mas sempre do teu lado), Mengão!


Grande abraço! SRN

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