No pré-jogo, eu disse que a vitória deveria vir de qualquer maneira, nem que fosse aos 49 minutos do segundo tempo. Pois bem, eu esperava ver um Palmeiras um pouco melhor, em relação as outras partidas do ano, e que de fato ocorreu nos primeiros 45 minutos, com uma equipe melhor postada em campo, com marcação firme, e com os jogadores dando opções uns aos outros para o passe. E mesmo que a equipe tenha errado passes, a melhora existiu, ainda mais diante do cenário de atuações pobres da equipe na temporada. Foi de razoável para bom, os 45 minutos iniciais da equipe Alviverde.
Robinho e Dudu comemoram o primeiro gol do Palmeiras. (Foto via: @AxemOficial) |
Prova disso foram as chances criadas por Dudu, aos 10 minutos do primeiro tempo, com Robinho aos 16, o gol de Cristaldo aos 24 minutos da primeira etapa, na sequência, cabeçada de Thiago Martins, e próximo ao fim do primeiro tempo, duas chances, sendo graças a uma falha do goleiro adversário, que saiu de forma horrorosa do gol após cruzamento de Robinho, e um chute forte de Cristaldo que passou próxima ao ângulo superior de Sosa, arqueiro do Rosario. Parecia que o pique seguiria assim no segundo tempo.
Mas bastou começar o segundo tempo, e a equipe numa linguagem popular, 'Desandou a maionese'. Em vez de terem a posse de bola, trocar passes, e ter a consciência de que, para evitar o adversário jogando seu campo defensivo, deveria ficar o máximo de tempo possível com a posse de bola, e quando não estivesse com ela, marcar o oponente de intermediária a intermediária, afastando ao máximo a bola, das redondezas da área de Fernando Prass.
Mas... não foi isso que ocorreu. Por decisão entre os jogadores, a equipe recuou. Esperou/viu o adversário jogar na segunda etapa, sofreu uma pressão infernal da equipe Argentina, e o pior, parecia estar cômodo diante de um cenário adverso. Peitaram o treinador Marcelo 'Gargamel' Oliveira, que mandava a equipe parar de jogar no contragolpe, ter a posse de bola e buscar o segundo gol.
Se os jogadores não acatam todas as decisões de seu treinador, é porque de fato há algo errado, mas este assunto sobre relacionamento interno, merece ser abordado em um post à parte.
Voltando ao jogo, irei resumir o sufoco infernal do Rosario Central, diante do Palmeiras. Ah.. antes que me esqueça, não coloquem na balança para comparar desempenho, que o Time do Rosário era reserva, ou equipe alternativa. Começou com 4 titulares, e terminou com 7 titulares em campo, diante das alterações feitas durante a partida. Já que 2 jogadores haviam sido poupados e 2 estavam lesionados, o adversário jogou com o que tinha de melhor, tanto fisicamente quanto tecnicamente.
Um simples compacto do sufoco pode ser resumido em 8 atos:
- Aos 9 minutos do segundo tempo, Cervi e Herrera obrigam O camisa 1 a realizar duas defesas difíceis em sequência;
- 11 minutos do segundo tempo, Da Campo arrisca de média distância e Prass segurou com firmeza;
- 12 minutos do segundo tempo, e Cervi arremata dentro da área, após uma defesa parcial de Prass, arriscou chute de pé canhoto, e obrigou Prassão da Massa a outra espêndida defesa;
- Ruben tentou arremate por cobertura, e com um Fernando Prass já batido no lance, rezou para a bola não entrar, pois um bom goleiro sempre tem sorte (parte 1);
- 32 minutos do segundo tempo, Ruben recebeu ótimo passe de Lo Celso, mas Prass deu um tapa na bola, antes que o atacante argentino driblasse o arqueiro Palmeirense, e finalizasse no gol;
- Aos 30 minutos, em chute forte da entrada da área, Lo Celso arrisca com muito perigo e Prass 'evitou o gol com o olhar', pois um bom goleiro necessita de sorte (parte 2).
- 35 minutos do segundo tempo, Lo Celso novamente arrisca chute dentro da grande área ( Um absurdo tanta pressão, com chutes próximos a meta de Fernando Prass), obrigando o goleiro Palestrino a nova intervenção;
- 46 minutos do segundo tempo, novamente Lo Celso chuta, mas desta feita de formada mascada, facilitando defesa de Prass, mas a distância era curta entre o meia da equipe gringa e o goleiro Palmeirense.
Mas e aos 15 minutos do segundo tempo? Houve pênalti do Robinho? Houve sim! E o Ruben, melhor finalizador, segundo melhor cobrador de pênaltis da equipe bateu o pênalti? Bateu! E o que aconteceu? Um ato que merece um destaque todo especial.
A defesa Monumental de Fernando Prass, que no mesmo gol que operou seus milagres na final da Copa do Brasil de 2015, operou novo milagre. E que no qual provou que se não há um jogador que chame a responsabilidade e determine quando a equipe jogue de forma cadenciada ou não, que de fato decida uma partida, Fernando Prass decide. No gol ele se garante, embaixo das três traves ele mostra seu real valor, e por pior que seja o cenário, ele mostra seriedade. O ato que deu 80% da vitória ao Palmeiras foi esse, a defesa do Prass.
E em meio a tal sufoco e defesas fundamentais de Prass, a bola raramente ficava de posse Palestrina, tanto que houve a primeira finalização do segundo tempo, no minuto 36. Em chute fraco e rasteiro de Rafael Marques, que havia entrado em campo, nq vaga do autor do primeiro gol, Cristaldo.
E em meio a tal sufoco e defesas fundamentais de Prass, a bola raramente ficava de posse Palestrina, tanto que houve a primeira finalização do segundo tempo, no minuto 36. Em chute fraco e rasteiro de Rafael Marques, que havia entrado em campo, nq vaga do autor do primeiro gol, Cristaldo.
Cerca de 20 milhões de Palmeirenses quase infartavam de nervosismo, quando aos 48 minutos da etapa final, surge um contragolpe nos pés de Rafael Marques, que soube segurar a posse da bola, esperar uma opção de passe (Dudu), e organizar a jogada. Jogada esta que acabou num belo passe de 'Pequeno Du' para Allione, que havia entrado 11 minutos antes, na vaga de Robinho, e teve uma atuação decisiva no jogo. Pois teve a frieza de driblar o zagueiro, e mandar a bola pro fundo do gol.
UFA! A vitória foi sacramenta, saíram no momento, 101 toneladas de peso das costas do torcedor, e a liderança do grupo 2 da Copa Libertadores. Mas sabemos que há muita coisa errada na equipe, tanto em posicionamento, quanto em postura. Mas que fique de lição a partida desta quarta (03/03), que seja louvada a boa atuação de Thiago Martins, seja atestada a insegurança de Vitor Hugo, e mesmo com a equipe, muitas vezes acoada, e dando impressão de estar alienada a partida, teve raça. Houve dedicação plena. Com falta de organização é verdade, mas de falta de empenho, ninguém pode reclamar.
Nos resta agora, torcer por melhoras, esperar por um melhor futebol deste grupo de jogadores, e que o Palmeiras volte a ser Palmeiras, pois como mandante, jogar de forma acoada, sofrendo tanta pressão, não é da natureza do Palmeiras.
por Leonardo Bueno
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