Fonte: globoesporte.com |
Infelizmente, parece que hoje o São Paulo é
sinônimo de “guerra”, afinal, não existe paz dentro do clube. Quando as coisas
parecem caminhar para uma melhora, uma nova bomba explode e tudo começa a ruir.
Espero que desta vez as coisas sejam contidas com rapidez e sabedoria, e não
reflita no time, que vive um bom momento.
A saída
de Luiz Cunha da diretoria de futebol expôs novamente a diretoria Tricolor. O
mesmo alegou motivos particulares, mas os boatos tomaram força e tudo indica
que a nova contratação, o peruano Cueva, foi determinante para a decisão. O
diretor ficou extremamente descontente por não ter sido consultado sobre a nova
contratação e por, ao saber, não ter tido seu desejo acatado de não seguir a
negociação adiante.
O São
Paulo contratou o meia-atacante Christian Cueva por cerca de R$ 8 milhões
(parcelados em 3 anos). O peruano, que foi um dos destaques do Toluca na
Libertadores, foi um bom reforço, mas a questão é a prioridade dada pelo clube.
O ex-diretor queria que nenhuma contratação fosse feita enquanto a situação do
zagueiro Maicon, um dos pilares do time, fosse resolvida. Maicon é, de longe,
nosso melhor zagueiro, mas tem contrato de empréstimo apenas até o final do mês
(30). O Porto está dificultando a situação e por isso Cunha queria que o
dinheiro fosse gasto para garantir a permanência do defensor. Para piorar, o
Porto tem recebido sondagens de clubes europeus pelo jogador.
Outro fator que contribuiu para a
saída de Cunha é o sistema arcaico que o clube tem na gestão de futebol. O
diretor gostaria que houvesse uma integração maior entre o clube e a base,
trazendo funcionários de Cotia para trabalhar no profissional, mas não foi
atendido e criou rusgas com alguns funcionários do departamento de futebol. A
dificuldade de mudar a estrutura dentro do clube também pesou para a decisão do
ex-diretor.
Concordo
com Cunha em relação ao investimento feito no meia-atacante Cueva. A maior
prioridade do clube é manter o zagueiro Maicon e arrisco a dizer que, sem ele,
a Libertadores estará quase perdida. Depois de Maicon, o São Paulo precisará
pensar em um centroavante para substituir Calleri, já que Kardec não está dando
a menor esperança de suprir a ausência do argentino. Cueva tem tudo para dar
certo, mas não era prioridade.
Também
concordo com a mudança de estrutura que Cunha queria implementar, mas acredito
que sua saída foi prematura. Ele estava há apenas 3 meses no cargo e não tem
como mudar uma estrutura rígida de uma grande empresa em tão pouco tempo. Me
pareceu uma atitude mimada e que foge um pouco do que havia sido prometido ao
treinador Bauza, que pedia de 2 a 3 reforços para Julho.
É esperar para ver como essa
situação será resolvida e quem será seu substituto.
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