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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Não existe paz no Tricolor!

Fonte: globoesporte.com
Infelizmente, parece que hoje o São Paulo é sinônimo de “guerra”, afinal, não existe paz dentro do clube. Quando as coisas parecem caminhar para uma melhora, uma nova bomba explode e tudo começa a ruir. Espero que desta vez as coisas sejam contidas com rapidez e sabedoria, e não reflita no time, que vive um bom momento.

A saída de Luiz Cunha da diretoria de futebol expôs novamente a diretoria Tricolor. O mesmo alegou motivos particulares, mas os boatos tomaram força e tudo indica que a nova contratação, o peruano Cueva, foi determinante para a decisão. O diretor ficou extremamente descontente por não ter sido consultado sobre a nova contratação e por, ao saber, não ter tido seu desejo acatado de não seguir a negociação adiante.

O São Paulo contratou o meia-atacante Christian Cueva por cerca de R$ 8 milhões (parcelados em 3 anos). O peruano, que foi um dos destaques do Toluca na Libertadores, foi um bom reforço, mas a questão é a prioridade dada pelo clube. O ex-diretor queria que nenhuma contratação fosse feita enquanto a situação do zagueiro Maicon, um dos pilares do time, fosse resolvida. Maicon é, de longe, nosso melhor zagueiro, mas tem contrato de empréstimo apenas até o final do mês (30). O Porto está dificultando a situação e por isso Cunha queria que o dinheiro fosse gasto para garantir a permanência do defensor. Para piorar, o Porto tem recebido sondagens de clubes europeus pelo jogador.

Outro fator que contribuiu para a saída de Cunha é o sistema arcaico que o clube tem na gestão de futebol. O diretor gostaria que houvesse uma integração maior entre o clube e a base, trazendo funcionários de Cotia para trabalhar no profissional, mas não foi atendido e criou rusgas com alguns funcionários do departamento de futebol. A dificuldade de mudar a estrutura dentro do clube também pesou para a decisão do ex-diretor.

Concordo com Cunha em relação ao investimento feito no meia-atacante Cueva. A maior prioridade do clube é manter o zagueiro Maicon e arrisco a dizer que, sem ele, a Libertadores estará quase perdida. Depois de Maicon, o São Paulo precisará pensar em um centroavante para substituir Calleri, já que Kardec não está dando a menor esperança de suprir a ausência do argentino. Cueva tem tudo para dar certo, mas não era prioridade.

Também concordo com a mudança de estrutura que Cunha queria implementar, mas acredito que sua saída foi prematura. Ele estava há apenas 3 meses no cargo e não tem como mudar uma estrutura rígida de uma grande empresa em tão pouco tempo. Me pareceu uma atitude mimada e que foge um pouco do que havia sido prometido ao treinador Bauza, que pedia de 2 a 3 reforços para Julho.


É esperar para ver como essa situação será resolvida e quem será seu substituto.


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