A
estreia de Ricardo Gomes não foi como nós queríamos, mas talvez não tenha
fugido muito do que era esperado. O São Paulo foi até Porto Alegre encarar um
Inter pressionado e que não vencia há 12 jogos. Desde o início do ano, temos
jogado mal fora de casa e temos aquela pequena sina de dar vida aos mortos (e
quase demos).
Ricardo
comanda o time a menos de uma semana e fica complicado exigir total
conhecimento do elenco. Ele manteve o time base usado por Bauza na maioria dos
seus jogos (4-2-3-1) e contou com um certo “milagre” que, obviamente, não
aconteceu. O primeiro tempo foi ruim, mas achamos um gol em uma cobrança de
pênalti convertida por Cueva.
Porém,
o segundo tempo foi terrível e o Tricolor se viu bastante acuado. A entrada de
Ariel no lugar de Nico López surtiu efeito e o novo centroavante começou a
levar mais perigo. Dênis foi bastante exigido, fazendo diversas defesas
milagrosas e sendo, mais uma vez, o melhor em campo. O empate veio no final do
jogo com um gol contra e inusitado, castigando a partida do goleiro são
paulino. A virada Colorada poderia vir após mais uma entregada de Buffarini,
que além de errar na saída de bola, cometeu o pênalti. Valdívia desperdiçou a
cobrança chutando para fora.
O
maior pecado da partida foi o São Paulo ter dado campo para o Internacional
jogar. A entrada de Wesley no lugar de Kelvin tinha a intenção de povoar o meio
de campo, manter a posse de bola e cadenciar o jogo (na intenção de jogar o
Internacional contra o relógio na pressão de não vencer há 12 jogos). Kelvin
não estava bem, mas era uma opção para puxar contra-ataques juntamente com
Cueva. O time perdeu velocidade e as chances de levar perigo para o time
gaúcho. Quem deveria ter saído era Michel Bastos que, mais uma vez, deixou
bastante a desejar.
A
intenção de Ricardo não deu certo e o time acabou ficando recuado. A bola
queimava nos pés de nossos jogadores e parecia que éramos nós que estávamos há
12 jogos sem vencer. A torcida do Inter pressionou mais o próprio time do que o
nosso. O futebol apresentado no segundo tempo foi injustificável. Era preciso
fazer mais alterações, mas parecia que nosso técnico estava tirando um cochilo
no banco de reservas. A entrada de Luiz Araújo no lugar do apagado Michel
poderia retomar a velocidade do ataque. Chavez ficou isolado praticamente o
jogo todo.
A
próxima partida do Tricolor será nesta quarta, 24, no Morumbi contra o
Juventude pela Copa do Brasil. Pouco tempo para preparação e muita
responsabilidade em jogo. O São Paulo precisará vencer e vencer bem.
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