Saudações, CAMbada! Como vão vocês? Primeiro, um adendo rápido: Hoje o pós jogo vai ser feito sem o banner tradicional que mostra os scouts da partida, pois o PC dessa pessoa que vos fala enfrenta problemas técnicos (monitor deu pau, pra ser preciso), então de antemão, já peço perdão a quem gosta de ver o banner pra se informar da partida. Na próxima rodada, tudo já volta ao normal.
Nessa rodada, estava diante de nós um adversário historicamente indigesto: Corinthians. Adversário que nos propiciou memórias tristes, mas também, alegrias recentes. Quem não se lembra da atuação histórica e memorável do 4x1 no Mineirão? Quem não se lembra da dupla Marques e Guilherme decidindo em 99, com Guilherme anotando um Hat-Trick, nos deixando vivos para a decisão em São Paulo? Quem não se lembra do DOLOROSO 3x0 do ano passado, no Horto, em que fomos massacrados pela superioridade do Timão? É um confronto que nos reserva muitas expectativas, principalmente em mim. Eu espero 4 jogos no campeonato: Os 2 contra o Corinthians e os 2 contra o Flamengo. São os nossos maiores rivais em âmbito nacional.
A partida que era válida pela 29ª rodada do campeonato brasileiro reservava aos dois times a pressão pelo resultado positivo. De um lado, o Corinthians faz um campeonato brasileiro instável, precisava vencer para encostar no agora, G6, o grupo seleto dos times que vão a Copa Libertadores de 2017. Já o Galo, precisava da vitória para ultrapassar o Flamengo e se manter ainda mais firme na disputa do título. De um lado, tensão e pressão, do outro... Tensão e DESFALQUES. Esse é um ponto pelo qual gostaria de abordar em um post separado. Aliás, é algo que gostaria de analisar após o fim da temporada, mas no final do texto, vou fazer alguns pontos e contrapontos.
Vamos ao jogo,
Um confronto que seria marcado pelo EQUILÍBRIO. Um Corinthians escalado de forma ofensiva, reproduzido no já consagrado esquema 4-1-4-1, atuando com uma linha de 3 meias avançados á intermediária atleticana, buscando trabalhar a posse no campo defensivo do Galo. Um time que prometia leveza e velocidade, principalmente pelos lados, com Marquinhos Gabriel flutuando pelo setor ofensivo e Marlone organizando a posse corintiana. Um Galo escalado no seu tradicional esquema 4-2-3-1, sem um meia de organização e sem um meia articulando pelo setor ofensivo, mas deslocando Robinho para recompor e organizar a linha de meio campo. Dessa vez, o Galo estava mais compactado, mais próximo, com as linhas mais recuadas para apostar na velocidade dos pontas Clayton e Hyuri, sendo a proposta de jogo atleticana a das subidas em contragolpes.
Um duelo que começou com pressão inicial do Corinthians, trabalhando muito bem a posse pelo meio e apostando em jogadas em profundidade, acionando principalmente Marquinhos Gabriel, que deu muito trabalho pelo setor direito da defesa alvinegra. O Galo por sua vez, sofreu por estar desalinhado e com Lucas Candido fazendo cobertura e recomposição HORROROSA, comprometendo as linhas de marcação atleticana, que sofria. As melhores chances criadas durante os 10 minutos iniciais foram corintianas, obrigando Victor a fazer intervenções, mas logo, o Galo encontrou seu jogo e encaixou sua marcação, passando a atuar mais compacto e bloqueando as ações corintianas pelo meio campo. A partir dos 15 minutos, o Galo passou a ganhar campo e ter uma saída de bola mais tranquila e transição pelo meio mais veloz, mas o time sentiu a falta da peça de organização pelo meio campo. Faltava Cazares, Maicosuel, Dátolo para tirar a velocidade do jogo corintiano, para reter a posse de bola e ditar o ritmo de jogo. Mas não foi assim, a partida foi um toma lá, da cá, com as duas equipes com dificuldades de evoluir seu jogo, de fazer triangulações, apostando estritamente em jogadas individuais ou em contragolpes.
O Galo chegava sempre inteiro nos contragolpes, pois Robinho fazia uma partida fantástica pelo meio, articulando muito bem os contragolpes do Galo. Aos 16 minutos, um passe de manual, fantástico de Robinho entre a zaga do Corinthians, que acabou encontrando Hyuri, saindo em velocidade, sozinho, mas bateu fraco, sem objetividade, parando no paredão Walter. Em jogos em que os detalhes fazem a diferença, perder um gol desses não é nada animador. Mas o Galo seguia levemente superior, apesar do volume de jogo corintiano ser maior. O Galo se segurava bem na defesa, apesar do sacrifício que fazia nosso General Leandro Donizete devido a DISPLICÊNCIA RIDÍCULA E IRRITANTE de Lucas Cândido. Além disso, tinha uma boa transição e chegava sempre inteiro, com 3, 4 jogadores no contragolpe. Aos 23 minutos, gol IRREGULAR do Corinthians, num cruzamento a meia altura de Marquinhos Gabriel, achando Gustavo, claramente fazendo carga faltosa em Gabriel e escorando de cabeça. Detalhe do lance é que o arbitro Rodolpho Toski Marques iria validar o gol, mas foi corretamente anulado pelo bandeirinha 1, que não estava tão perto do lance quanto o árbitro da partida. Menos mal. Aos 30 minutos, mais um passe de manual de Robinho, achando Hyuri penetrando pelo lado esquerdo da defesa do Corinthians. Sinceramente, eu não sei o que foi pior no lance: A corrida totalmente desajeitada, perdendo o ângulo da batida ou a própria batida com a perna esquerda, que nem a perna boa era. Hyuri tinha todo o tempo para ajeitar e bater no canto esquerdo de Walter, mas escolheu ser BISONHO. Desse jeito, não dá pra defender você, Hyuri. O Galo seguia ligeiramente melhor no 1º tempo, neutralizando as ações corintianas e chegando bem nos contragolpes. A formatação tática de Marcelo Oliveira dava certo como nunca havia dado ao longo do campeonato, mas assim como a sequencia de desfalques lhe prejudicam, os erros acabaram minando uma possibilidade do Galo manter o controle da partida.
A volta para a 2ª etapa mostrou um Corinthians mais agudo, mais presente no campo defensivo atleticano, trabalhando bem a posse. Carlile passou a aproximar mais seus jogadores de meio campo, com Rodriguinho e Marlone dividindo a criação, dificultando ainda mais o desafogo atleticano, pois flutuavam pelo setor de meio campo e travavam as subidas dos alas e dos pontas do Galo. O jogo virou ataque contra defesa durante boa parte dos 25 minutos complementares. O Corinthians chegou a ficar quase 3 minutos com a bola na área atleticana, sendo que quase 1 minuto foram de troca de passes. Aos 16 minutos, a primeira alteração questionável das alterações ruins (ao meu ver) de Marcelo Oliveira: Sai Hyuri, que foi mal, entrou Patric, que entrou sem função. Patric entrou bem e assim seguiu durante o período que ficou em campo, mas estava sem função! Não se sabia se ele faria o corredor pela direita, se ele articularia as jogadas, ou se auxiliaria o Robinho, centralizando o jogo atleticano... A alteração, com boas intenções, acabou "entortando" o time, facilitando ainda mais as chegadas do Corinthians pela esquerda/lado direito atleticano. Aos 26 minutos, mais uma tentativa de ajeitar a equipe taticamente, colocando Dátolo no lugar de Clayton, que passou a ocupar mais o lado esquerdo, buscando triangulações e reter a posse corintiana. Também não deu certo. O Corinthians continuou sendo dono das ações em campo, e o Atlético, torto. Aos 34 minutos, a teimosia acabou cobrando do Galo o seu preço. Lucas Cândido, que deveria ter sido sacado no intervalo (para a entrada de quem, é discutível, mas da maneira que atuou, não podia nem ter retornado), continuava comprometendo a linha defensiva atleticana, não cobrindo nenhum setor e recompondo com uma lentidão irritante, mesmo contando com uma noite iluminada do FANTÁSTICO zagueiro Gabriel e de uma "cortada dobrada" do General. Leandro Donizete acabou fazendo uma falta boba pela meia esquerda, entrando forte em Marquinhos Gabriel. Esse cartão foi merecido, mas o primeiro pode ser colocado na conta do 2º volante atleticano, que pouco contribuiu na partida.
A partir daí, só restou a Marcelo Oliveira colocar em campo o jovem Yago no lugar de Robinho, recompor a perda no setor de meio campo e segurar o empate para o Galo. O Corinthians acabou perdendo força durante a segunda etapa, até facilitando o trabalho do Galo na defesa. Assim terminou a partida, da maneira que começou: Tudo igual, 0x0. Resultado ruim para o mandante, mas discutível para o visitante, que apesar de estar sob pena de se distanciar ainda mais da 1ª colocação, mantém a boa forma e não foi derrotado nessa pequena tour por São Paulo.
Nota positiva sobre hoje: A boa forma do Galo fora de casa, mantendo pela primeira vez no segundo turno uma sequencia de bons resultados. Venceu a Ponte Preta em Campinas e arranca um empate contra o Corinthians, na capital paulista.
Nota negativa sobre hoje: O time foi penalizado em campo pela ausência de seus titulares, algumas peças não agregam qualidade ao time, nos deixando um pouco ressentidos sobre possibilidades futuras, mas as outras peças foram bem.
Vamos para o melhor homem em campo:
GABRIEL - GALO Fonte: Bruno Cantini / Atlético MG |
A safra de zagueiros atleticana nos últimos anos vem sendo muito proveitosa. Quem não se lembra do nosso Blackenbauer, Jemerson? Zagueiro que saiu do seio atleticano para brilhar nos gramados do mundo. Gabriel sempre se mostrou um zagueiro de muita personalidade. Apesar da altura um pouco incomum para a posição (1,81m), é um jogador que tem uma qualidade de posicionamento e antecipação, explosão e velocidade na recomposição defensiva que me impressiona. Poucos zagueiros no mundo talvez tenham esse dinamismo que Gabriel apresenta em campo. Parece que estou falando do próximo Paolo Maldini não é?! Quem sabe... É um jogador que tem muito a crescer. Tutela não falta, pois joga ao lado do melhor zagueiro de nossa história, que pra mim, é o maior jogador da história do Atlético MG, Leonardo Silva. Ontem, teve uma atuação espetacular, se movimentando com leveza e com muita explosão, antecipando e destruindo muitas bolas cruzadas na área pelo adversário. Muitas vezes, precisou até acompanhar os atacantes adversários pelos lados, chegando muito bem nos desarmes defensivos. Parabéns, Gabriel. Continue assim, que em breve, você será uma grata surpresa na convocação para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018.
Quem não foi bem:
Hoje, temos três alvos em potencial: Marcelo Oliveira, Hyuri e Lucas Cândido. Vamos por exclusão. Marcelo Oliveira foi mal nas alterações. De certa forma, comprometeu a sua própria estratégia, que hoje vinha dando certo! Mas como ele não atua em campo, para nossa infelicidade, pois dizem que era um meia diferenciado como poucos no futebol, não pode levar uma crítica tão contundente. Chegamos em Hyuri e Lucas Cândido. O primeiro, é aquilo que vimos... Falta recurso técnico, falta mais intimidade, falta mais qualidade. Além disso, contou com o desânimo, pois claramente foi se deslocando da partida com os erros que cometeu. Quem sabe um pouco mais de confiança ao Hyuri. Eu vou dar essa colher de chá, eu escolho CONFIAR. E tenho uma aposta a cumprir, e eu to com vontade de cumprir em Hyuri!! Faz um gol lá pra nois, na próxima rodada meu velho. Por exclusão, temos o pior da partida: Lucas Cândido. Lucas Cândido não é um jogador ruim, primeiro fato. Segundo fato, nem sempre entra em campo, então quase sempre ressente do entrosamento. Mas isso não pode fazer um jogador entrar em campo com tamanha displicência e má vontade de cumprir suas funções táticas em campo. Lucas Cândido novamente comprometeu a linha defensiva atleticana, obrigando Leandro Donizete a se desdobrar em campo, sob pena de ser expulso. A expulsão não foi culpa do Cândido, mas a sua má atuação é culpa dele mesmo. Se quiser ter espaço no Galo e no futebol, precisa aprender que o coletivo aparece antes do individual e brilha mais do que ele. Precisa jogar pro time primeiro, depois pensar em ter a bola nos pés, se movimentar pelo meio como gosta. Sugiro ao Cândido o mesmo que sugeri ao Junior Urso: Que tal mudança de posição? Não é pecado querer ser meio campo, poxa! Se não dá conta, deixa a volância pra outro e vai brilhar como meia.
Concluindo:
O Galo cumpriu seu objetivo da Tour por São Paulo: saiu invicto, sem derrotas, conquistando pontos. Em um campeonato tão equilibrado como esse, talvez a discussão se o empate tinha gosto de vitória ou derrota seria interessante, mas não nessa hora, não nesse momento. Enfrentar o Corinthians em seus domínios sem sofrer derrota não é um demérito para ninguém, assim como o fato de um rival direto na disputa, o Palmeiras, ter vencido o Corinthians na Arena Corinthians não representa nada para o Galo. O Galo não tem obrigação de atropelar ninguém no campeonato. Tá ficando MUITO CHATO repetir isso, mas mais uma vez, a ocasião pede: MENOS CORNETA, MAIS TORCIDA. O Campeonato Brasileiro não tem 19 América-MG, cada partida tem sua particularidade e tem seu nível de dificuldade.
Disse que iria pontuar algumas coisas e fazer contrapontos. Bora lá:
* O Fato é, o Galo vem sendo sistematicamente prejudicado pelo excesso de desfalques por lesões. O nível de lesões e a quantidade é alarmante, é um caso anormal no futebol brasileiro nesse momento, mas não somos o único time a ter 6, 7 desfalques, Marcelo Oliveira não é o único técnico que tem dificuldade para repetir escalações. Desafio pra quem critica sem justiça: Quantas vezes o Palmeiras repetiu escalações no campeonato? Mais de 5x seguidas? em 60% do campeonato? Podem procurar, eu tenho CERTEZA que vocês não vão ver o Palmeiras repetindo escalação em mais de 60% do campeonato.
* O empate ficou do tamanho das condições que tínhamos em campo. Esperar que o Galo passe por cima do Corinthians com 10 desfalques é muita presunção, assim como achar que perderia por isso, seria muita estupidez. A desculpa dos desfalques tá um pouco repetitiva, mas não é pejorativa também. O que tivemos para ontem foi aquilo, mas podemos lamentar os desfalques sim, porque não?! Agora, quem tem responsabilidade ou não pelo excesso de lesões, é algo que eu RECOMENDO discutir no FINAL DA TEMPORADA. Agora é hora do torcedor IR PRO ESTÁDIO, APOIAR O GALO E ACREDITAR ENQUANTO TIVER CHANCE, não lavar roupa em rede social.
No mais, um bom resultado pelas circunstâncias. Essa é a moral da história.
Próxima parada? dia 13/10, Arena Independência, domingo, as 19:30, contra o América-MG. Até lá, teremos os selecionáveis de volta e os lesionados já participando dos trabalhos semanais. Espero vocês no ESTÁDIO.
Fala o eterno capitão Léo Silva, depois fala Marcelo Oliveira:
"É um ponto conquistado fora de casa contra o Corinthians. Perdemos o Donizete e pensamos só em segurar o jogo. Foi um bom jogo e um bom ponto conquistado".
Poderia sim (ter sido outra história contra o Corinthians), se eu tivesse os cinco jogadores convocados. Poderíamos ter entrado com uma equipe mais forte, que está mais acostumada a jogar e teríamos um banco com mais opções também. Lamento que o tratamento não seja igual para todos. Não conseguimos mudar a data do jogo e fez diferença para um time que tem cinco jogadores convocados e outros cinco com contusões. Isso deveria ser sacramentado antes de começar a temporada (a data Fifa). Aqui se jogam três jogos em sete dias. Viagens demoradas, esperas em aeroportos... Por isso não dá para ter jogos regulares - reclamou o treinador.
Scouts do jogo:
GALO: Victor, Carlos César, Léo Silva, Gabriel, Fábio Santos; Leandro Donizete, Lucas Cândido; Robinho (Yago), Clayton (Dátolo), Hyuri (Patric); Fred.
Técnico: Marcelo Oliveira
CORINTHIANS: Walter; Léo Príncipe (Lucca), Yago (Pedro Henrique), Balbuena, Guilherme Arana; Camacho; Marlone (Rildo), Rodriguinho, Giovanni Augusto, Marquinhos Gabriel; Gustavo.
Técnico: Fábio Carlile
Gols: Nenhum
Cartões: Amarelo --> Lucas Cândido, Leandro Donizete
Vermelho --> Leandro Donizete
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