Gazeta Esportiva |
2012 talvez tenha sido o ano onde mais comemorei e chorei pelo Palmeiras. Com um dos elencos mais fracos dos últimos anos é de certa forma surpreendente como esse time se portou ao longo da temporada, apesar da ausência de força do elenco é possível encontrar alguns personagens marcantes na história daquele ano.
Como esquecer daquela Copa do Brasil? Foi o primeiro título nacional que vi meu amado time conquistar. Como esquecer do Felipão e aquelas entrevistas maravilhosas? Como treinador sua habilidade e capacidade podem ser até contestadas mas ninguém nega que como figura ver Felipão e Murtosa no banco era algo que mexia com o coração do Palmeirense.
Como esquecer do nosso querido "Messi Black", que ao longo das partidas se tornou um talismã, aquele jogador de segundo tempo que entrava e conseguia de certa forma mudar o jogo. Como esquecer das inúmeras bolas paradas mortais que Marcos Assunção nos proporcionou? Se não fosse por ele eu digo com a maior convicção do mundo que não teríamos conquistado nada naquele ano.
Foi nesse cenário que eu vi um dos jogos mais marcantes para mim nesses 103 anos de Palestra. Era o jogo de volta da final da Copa do Brasil, estava em casa com meu pai sem saber direito em como me portar, afinal de contas não é como se eu estivesse acostumado a ver o time do Palmeiras em situações como essa. Apesar de uma vitória por 2x0 no jogo de ida eu ainda estava muito pessimista em relação a esse jogo, sentia que qualquer coisa poderia estragar.
Quando o Ayrton abriu o placar aos 16 minutos da segunda etapa eu quase desisti de ver aquele jogo, achei que era só questão de tempo para o resto do time desmoronar e levar mais um ou dois gols. Enquanto eu estava amargurado, me recuperando do golpe que levei acontece um falta próxima da área e quando você se tem um jogador como o Marcos Assunção em campo qualquer falta próxima da meta já te dá uma fagulha de esperança.
Ainda meio triste, ainda com esperança eu olho para a TV, num lance meio esquisito vejo a bola desviando na cabeça de alguém e entrando para o gol. Betinho, aos 20 minutos, no ano de 2012 inteiro ele teve 26 partidas, em 26 oportunidades conseguiu marcar apenas 3 gols. Em um ano inteiro um atacante que teoricamente deveria viver de gols teve o absurdo número de 3 gols. Provavelmente um dos personagens mais improváveis para mudar a história dessa noite.
Após o gol o resto nós já sabemos, o Palmeiras fechou a casinha e conseguiu levar o título pra casa, claro que o resto do ano foi desastroso com o segundo rebaixamento, mas muito provavelmente por isso que esse título foi tão importante pra mim, uma experiência indescritível.
Equipe Palmeiras: Twitter
por Willian Batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário