Foto: Site CBF |
O futebol muda o tempo todo e, algumas mudanças deixam craques para trás. Gera aquela famosa frase: “saudade do tempo de fulano”. É aí que essa nova geração tenta entender esse nosso saudosismo, essa falta que sentimos da nossa seleção brasileira, e esse orgulho todo que temos da amarelinha e dos craques que ela vestiam.
Os torcedores que assistiram Romário, Ronaldo, Rivaldo, Cafu, Ronaldinho Gaúcho, Lúcio, Roberto Carlos, Bebeto, e São Marcos por exemplo, hoje se deparam com um cenário no mínimo perturbador em relação a nossa seleção.
Não temos um líder nato dentro e fora de campo, aquele que dará a vida em qualquer circunstância para que saiamos de campo com a vitória e, que fora dele irá motivar seus companheiros que a única opção é vencer. Alguém para colocar cada um no seu devido lugar e dividir a liderança com os companheiros e não se achar o dono do time, chorar na mídia e dar piti.
“- Ah, falando desta forma, parece que a seleção não perdia.”
Claro que perdia. Perdemos por exemplo, a copa de 2006 com um elenco muito bom e importante para seleção. Mas tinha entrega, tinha amor pela camisa. Tínhamos líderes como Cafu, Dida, Juan, Zé Roberto e Ronaldo. Todos dividiam essa função para o bom funcionamento dentro de campo e fora dele.
Hoje a mídia tem influência direta nos jogadores, um dia desses ouvi uma frase de um ex jogador, foi craque de seleção e clube. Soltou as seguintes sábias palavras: “O Neymar não é jogador de futebol e sim, celebridade.” É este o capitão que temos, o líder que nossa seleção teve nas duas ultimas copas do mundo. O fatídico 7x1, no qual este estava ausente do jogo por lesão. E a eliminação pela superestimada geração belga! Faltou entrega, faltou raça, e sobrou soberba de nossos jogadores. Gerações parecidas, futebol apresentado também, técnicos diferentes.
Depois de tudo isso, o atual técnico da seleção disse que não tem obrigação de vencer a Copa América, que será disputada no Brasil em 2019. A indagação é simples: é assim que irá motivar seus convocados a ganhar um título? Tirando deles a obrigação de vencer uma competição que dará confiança aos torcedores, jogadores e próprios profissionais que ali trabalham e se esforçam pelo seu melhor? Sinceramente, não! Adenor Bachi, o Tite, vai precisar de muito mais do que isso para ganhar a Copa América. Tite precisa se impor, e não se omitir. Precisa chamar a responsabilidade, afinal ele é o chefe! Uma boa pitada de “vocês vão ter que me engolir” do mestre Zagallo cairia muito bem. Como torcedor e um dos maiores admiradores da seleção brasileira e do nosso futebol, assim como você leitor que aqui está, quero muito ganhar essa Copa América!
Ahh, que saudade de Carlos Alberto Parreira, Zagallo e tantos outros vitoriosos em nossa seleção que sentimos falta!
O Brasil está com você, e torcendo por você, confiamos em você.
Boa sorte e bom trabalho, Adenor!
Foto: Pedro Martins/Instagram Treinador Tite |
Por Caio Alves Lopes
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