Começou o Campeonato Brasileiro 2019. Na noite deste sábado,
27, o Galo entrou em campo para iniciar o torneio nacional diante do Avaí. Em
outros tempos, tinha tudo para ser uma partida tranquila, mas como a fase a não
é boa e estamos falando do Atlético, nada é tranquilo para o torcedor.
Como forma de protesto, as maiores torcidas organizadas do
clube até foram ao Independência, porém não adentraram às arquibancadas,
permanecendo nas redondezas do estádio, com faixas criticando os últimos
resultados da equipe.
Dentro da Arena, os "torcedores comuns" fizeram
sua parte e apoiaram do início ao fim, como é de praxe do atleticano. O público
de 10.531 torcedores está longe de ser o normal em jogos do alvinegro em seus domínios,
mas os que foram não deixaram de mostrar que o atleticano nunca vai desistir do
time.
O JOGO
Jogando pressionado pelo mal momento atravessado, o time do
Atlético começou o jogo em cima do Avaí, buscando o gol desde os primeiros
minutos. Sem Cazares, ainda se recuperando de um edema, coube a Luan ser o
armador do time. Mas falta a qualidade do último passe no menino maluquinho.
Mas a entrega sempre se faz presente.
Variando em alguns momentos entre o 4-3-3 e o 4-1-4-1, o Galo
confundia a marcação dos catarinenses. Chará aberto pela esquerda conseguia
incomodar em tabelas com Fábio Santos. Pela direita, Geuvanio mostrava que
estava afim de jogo, com um futebol objetivo, muita habilidade e velocidade.
Outra grata surpresa foi Elias, mostrando o seu grande potencial ofensivo,
invadindo a área adversária e levando perigo. Quase deixou o dele no primeiro
tempo.
Geuvanio foi o grande destaque individual do Galo na estréia. Foto: Bruno Cantini/Atlético. |
Com o tempo o Avaí foi se acomodando em campo e começando a
crescer. Subiu sua marcação e em alguns momentos chegou a assustar a defesa
atleticana, que se manteve segura.
Mas o ritmo do Galo não diminuía. Muita variação de jogadas,
tabelas e infiltrações dos pontas. E foi em uma dessas jogadas pela ponta
direita, aos 44 minutos, que surgiu o primeiro gol alvinegro nesse brasileiro.
Geuvanio recebeu um passe longo, conseguiu ganhar a bola do defensor do Avaí, a
bola sobrou para Ricardo Oliveira, que foi derrubado pelo lateral Paulinho.
Pênalti. O nosso lateral artilheiro Fábio Santos cobrou com a maestria de
sempre no canto esquerdo do goleiro Vladimir, que pulou para o canto oposto. Galo
1x0.
Foi o 13º gol de Fábio Santos pelo Atlético, o 12º em 13
cobranças de pênaltis pelo alvinegro. Aproveitamento de um legítimo camisa 9 o do nosso meia dúzia.
O segundo tempo veio, mas o Galo não entrou em campo. Isso
já vem acontecendo no decorrer da temporada e precisa urgentemente ser
corrigido. Apático, recuado, sem saídas, o Atlético viu o Avaí crescer na
partida e tomar conta do jogo. A partida complicou de forma que não precisava.
E o castigo veio logo no início.
Aos 4 minutos, a defesa do Galo falhou na linha de impedimento e Brizuela saiu livre, de frente para Victor. Um leve desvio para tirar o
goleiro da jogada. No primeiro momento, o assistente marcou impedimento, e
enquanto Victor, que se chocou com o goleador do Leão no lance, era atendido, o
VAR entrava em ação para avaliar o lance. Após algum tempo, gol confirmado.
Brizuela estava rigorosamente na mesma linha que a defesa atleticana que estava
saindo. Lance difícil, mais um acerto do VAR. 1x1 no Horto.
Poderia virar um drama a partida. Mas o time assimilou bem o
susto. Logo depois do empate, Geuvanio, que foi o melhor em campo, fez mais uma
grande jogada pela direita e deixou Ricardo Oliveira livre na pequena área para
empurrar a bola para o gol vazio. 2x1 Galo.
Aos 20 minutos, mais uma interferência do VAR. Após cobrança
de escanteio, a zaga alvinegra falhou novamente na bola aérea e Betão desviou
para o gol. Era o empate dos catarinenses. Mas com o auxílio da imagem,
Rodolpho Toski anulou o gol, alegando toque na mão de Betão para o fundo das
redes.
O jogo prosseguiu com o Galo mais se defendendo enquanto os
visitantes tentavam de todas as maneiras o empate. Mas quem chegou mais perto
do gol foi o Atlético.
Após saída errada da defesa, Vinícius lançou Ricardo
Oliveira, que ganhou do zagueiro, tirou do goleiro e na hora da finalização foi
atrapalhado por Vinicius que chegava para apoiar. Oliveira teve que recuperar o
equilíbrio e com o goleiro e dois defensores fechando os espaços na meta,
tentou uma finalização forte e alta. Ela explodiu no travessão.
União do grupo é fundamental para o Galo sair dessa crise. Foto: Bruno Cantini/Atlético. |
Depois coube ao Galo segurar o jogo e esperar o apito final.
Vitória muito importante. O placar abaixo do esperado, porém, serve para mudar
os ares na equipe. Que agora venha o Vasco, no Rio, para que o Atlético
consolide o bom início, que será muito importante no restante do campeonato. O
jogo será quarta, às 21:30, em São Januário.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 2 x 1 AVAÍ
Estádio: Independência - Belo Horizonte (MG)
Data-hora: 27 de abril de 2019, às 19h
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Jose Javel Silveira (RS)
Responsável pelo VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
Gols: Fábio Santos (PEN), aos 46’-1ºT (1-0), Brizuela, aos 5”-2ºT(1-1), Ricardo
Oliveira, aos 7’-2ºT (2-1)
Cartões Amarelos: Betão(AVA)
Cartões Vermelhos: não houve
Público e Renda: 10,531 pagantes / R$ 52.427,00
ATLÉTICO-MG: Victor; Guga, Iago Maidana, Leonardo Silva e Fábio Santos;
Adílson,, Elias (Vinicius, aos 20’-2ºT); Luan e Geuvânio, Chará(Jair, aos
32’-2ºT) e Ricardo Oliveira(Zé Welison, aos 47’-2ºT). Técnico: Rodrigo Santana (interino)
AVAÍ: Vladimir; Iury, Betão, Marquinhos Silva e Paulinho;
Mosquera (Moritz, aos 27’-2ºT), Pedro Castro, Matheus Barbosa, João Paulo, Gegê
(Jones Carioca, aos 28’-2ºT) e Getúlio (Brizuela-intervalo). Técnico: Geninho.
#AquiÉGalo
Rodrigo Ricoy Santiago
Twitter: @dih_ricoy
Instagram: @ricoy.dih
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