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sexta-feira, 10 de maio de 2019

Camisas 9: A “discussão da vez” é o Pastor; E nosso garoto Alerrandro?


Fala, massa!!! De voltaaa para tratar de um assunto que sempre gostei de acompanhar e comentar: nossa base. Dessa vez, falando do caso de um atleta específico, o garoto Alerrandro, atualmente em nosso elenco principal. Bora pro texto? Boa leitura a todos!

O GALO, historicamente, nunca foi um time de “camisas 10”, como outros do país, mas sim um time de “camisas 9”. Especialmente os “crias” da casa, como Mário de Castro, Guará, REInaldo, Dario, Reinaldinho, entre tantos outros (antes que alguém me “acuse” de “erro histórico”: sei que Mário de Castro e Guará não vieram de “divisões de base”, assim como Dario chegou tarde ao futebol profissional... mas a referência do texto é em relação a jogadores que começaram a carreira aqui). De uns anos para cá, vimos alguns garotos promissores surgirem e desaparecerem, e aí entra a discussão da gestão das categorias de base e da transição para o profissional, da valorização dos garotos quando sobem, etc. ... enfim, é o tipo de discussão que não tem fim! Um exemplo mais recente foi o de Carlos. Recordista da base do GALO em gols, o jovem camisa 9 à época chegou a ser monitorado por times de ponta do futebol europeu. Assim que subiu ao profissional, no entanto (tendo sua 1ª chance com Cuca em um Atlético x Náutico, em 2013, entrando no 2º tempo), começou um problema que se tornou recorrente em sua carreira: nunca era escalado em sua posição original, de “centroavante-centroavante”, homem fixo à frente, jogando centralizado: não, sempre o colocavam como ala, “secretário de lateral” e afins. Levir Culpi, o técnico que deu maiores chances ao garoto, sempre que o colocava só o deixava jogar assim. E o garoto, perdendo gols, deslocado em campo,tinha cada vez mais a confiança minada – e isso, em uma torcida “queima-base” como a nossa, pesa muito! Resumo da ópera: Carlos fez seus gols em clássicos, venceu a Copa do Brasil em 2014 – inclusive com um gol fundamental contra o Flamengo no Mineirão - , mas nada adiantava. Até que passou a ser mais um “jogador cigano” nosso. Emprestado ao Paraná Clube, ao Internacional... atualmente está no Rio Ave, de Portugal. E só tem – pasmem – 23 anos! Infelizmente, é difícil crer que um dia “vire” na carreira. Torcemos, mas...
Atualmente, vivemos dilema semelhante com outro camisa 9 vindo de nossa base: Alerrandro. O garoto, de 19 anos, subiu efetivamente para o profissional do clube em 2018. Entrava em algumas partidas, raramente, mas por poucos minutos quase sempre. E assim foi seguindo durante o ano... a torcida (como sempre faz com jogadores nossos), não perdoava: era um passe errado, um chute a gol por cima, e pronto: já estava na cola do moleque. Mesmo assim, continuava entrando. Até que veio o jogo contra o Flamengo, valendo a liderança do Brasileirão. E Alerrandro entrou! De última hora! Mineirão lotado! Larghi fazendo boa campanha com o time, mas ainda tínhamos deficiências. E justo em um jogo tão importante, o moleque entra... o GALO foi bem,ficou em cima do Fla... mas perdeu! Perdeu gols o jogo todo, e perdeu a partida. De nada adiantou a pressão. E aí, como de costume, mesmo com um time com jogadores de nome como Victor, Guedes, Fábio Santos, Léo Silva, Luan, etc. , a “culpa” pela derrota caiu nas costas... de Alerrandro! De 18 anos! Que entrou em uma partida na última hora, e não tinha a responsabilidade de decidir um jogo daquele tamanho. Foi tão vaiado, que saiu de campo chorando. As chances a partir dali rarearam. Quase não entrava mais. Por vezes, nem no banco ficava. Quando acontecia de entrar, era chamado de nomes impublicáveis (cheguei a ler que “era um lixo”, que “deveria encerrar a carreira”... isso pra ficar nos “elogios mais leves”...). Caiu Larghi. Veio Levir Culpi. Começou 2019. E creio que a ÚNICA  COISA BOA que Levir fez foi dar chance aos garotos novamente... especialmente a Alerrandro... ele se tornou o camisa 9 do “time B” no campeonato mineiro. E no dia do nascimento de sua 1ª filha, fez seu 1º gol como profissional, de cabeça, após um cruzamento de Guga. O bacana foi que o moleque pegou confiança, e começou a fazer gols direto…. Chegou a ser o artilheiro do mineiro, com 8 gols... até chegarem as fases decisivas. Foi sacado do time, e mesmo  tendo desempenho muito acima do “Pastor” Ricardo Oliveira, não foi mais colocado como titular, voltando ao “hábito” de 2018: entrar apenas nos minutos finais das partidas. Mesmo assim, em poucas... na última 3ª feira, Alerrandro meu mais uma mostra do quanto pode agregar ao clube e ao time: na despedida do GALO na Libertadores, contra o Zamora (VEN),  com um time quase todo reserva, o moleque foi lá e meteu 2 gols! Gols de CENTROAVANTE! Aproveitando o embalo, se tornou o jogador mais jovem do GALO a marcar em uma Libertadores! ... Agora, voltemos ao plano da realidade: SERÁ que terá as devidas – e merecidas -  chances como TITULAR no time? Espero que sim, mas considerando o histórico... sinceramente, não creio. Espero estar errado, mas ainda acho que não será agora, mesmo com o Pastor em fase irregular.
Ora, o que acontece afinal? Se temos um jogador que cumpre sua função bem, porque não utilizá-lo? Qual o “medo”? Ok, Alerrandro não é um centroavante técnico; não  dribla, não é um craque; mas é um “empurrador de bola”. É discípulo de Dadá Maravilha, que dizia que “Não existe gol feio, feio é não fazer gol !”. Alerrandro é um jogador que tem ótimo posicionamento, se desloca muito bem para receber a bola, e sabe “colocar pra dentro da casinha”; você não vai vê-lo dar um chapéu, fazer um gol de letra, de bicicleta; provavelmente vai vê-lo fazer gol de canela, até... ou daqueles que a bola pega no jogador e entra. Mas espera... não é isso que é importante? A bola ENTRAR? De que adianta ter um jogador altamente técnico, que passa por “45” jogadores adversários dando chapéu, carretilha, prepara um voleio maravilhoso... e manda pra FORA? O Atlético, NOVAMENTE, incorre no mesmo erro: DESVALORIZA o que é SEU, para valorizar o que é dos OUTROS! O garoto está aí, precisa pegar mais ritmo, mais tempo de jogo, pois a qualquer momento pode entrar! E em vez de aproveitarem o momento que ele vivia, o encostaram! Agora, quando a liberta já tinha ido para o espaço – e o jogo valia “só” para a classificação para a Sulamericana (“só” entre aspas mesmo, pois é sim uma competição importante, viu presidente?) - , retornam com o garoto. Chega a me dar raiva pensar que com ele em campo não teríamos perdido tantos gols, e a história talvez fosse diferente na competição...                         Seria capaz de apostar meu dinheiro (se tivesse e se apostasse...rss) que, aqueles mesmos que o criticavam ano passado e que tiveram de engoli-lo esse ano, estão “doidos” para quando ele tiver nova oportunidade, e de repente não for bem, falarem “Olha lá... era só mais um foguete molhado mesmo! Não falei?”... cansei de ouvir esse tipo de coisa na torcida, infelizmente. O GALO TEM de pegar o hábito de VALORIZAR NOSSOS GAROTOS! É chegar o presidente, o técnico, e falar pra molecada: “Vocês TEM DIREITO DE ERRAR! Façam o trabalho de vocês com calma, mostrem o que SABEM, que a torcida e a imprensa a gente segura”! É isso!!! Ou tomamos vergonha na cara,  ou vamos perder um talento atrás do outro, como há anos acontece. Não seria a hora de fazermos todos uma reflexão sobre o assunto? Da minha parte, dou a maior força ao garoto! E estou torcendo MUITO pra que entre logo, meta um monte de gols e faça o Pastor comer um bom banco. E de preferência, com a torcida cantando o nome do moleque!  Bora apoiar o garoto, galera!
E aí? O que achou do texto? Concorda? Discorda? Deu vontade de “jogar PEDRA no colunista”? Ou de repente, de falar um “Top !”? Dê sua opinião nos comentários!  Lembrem-se: Fazemos isso PARA VOCÊS, ATLETICANOS! E sua OPINIÃO para que nosso trabalho melhore cada vez mais, é fundamental! Grande abraço a todos, e até a próxima galera!!!

#VALORIZAABASEGALO
#MEUGAROTOALERRANDROOOO !!!
#AQUIÉGALO !!!



Foto: www.atletico.com.br


Por  : Renato Mello
Twitter:
@mellorenato
@AtleticoVQTTV
@ArqdoGalo

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