Fala,
massa!!! De voltaaa para tratar de um assunto que sempre gostei de acompanhar e
comentar: nossa base. Dessa vez, falando do caso de um atleta específico, o
garoto Alerrandro, atualmente em nosso elenco principal. Bora pro texto? Boa
leitura a todos!
O GALO, historicamente, nunca foi um time de “camisas 10”,
como outros do país, mas sim um time de “camisas 9”. Especialmente os “crias”
da casa, como Mário de Castro, Guará, REInaldo, Dario, Reinaldinho, entre
tantos outros (antes que alguém me “acuse” de “erro histórico”: sei que Mário
de Castro e Guará não vieram de “divisões de base”, assim como Dario chegou
tarde ao futebol profissional... mas a referência do texto é em relação a
jogadores que começaram a carreira aqui). De uns anos para cá, vimos alguns
garotos promissores surgirem e desaparecerem, e aí entra a discussão da gestão
das categorias de base e da transição para o profissional, da valorização dos
garotos quando sobem, etc. ... enfim, é o tipo de discussão que não tem fim! Um
exemplo mais recente foi o de Carlos. Recordista da base do GALO em gols, o
jovem camisa 9 à época chegou a ser monitorado por times de ponta do futebol
europeu. Assim que subiu ao profissional, no entanto (tendo sua 1ª chance com
Cuca em um Atlético x Náutico, em 2013, entrando no 2º tempo), começou um
problema que se tornou recorrente em sua carreira: nunca era escalado em sua
posição original, de “centroavante-centroavante”, homem fixo à frente, jogando
centralizado: não, sempre o colocavam como ala, “secretário de lateral” e
afins. Levir Culpi, o técnico que deu maiores chances ao garoto, sempre que o
colocava só o deixava jogar assim. E o garoto, perdendo gols, deslocado em
campo,tinha cada vez mais a confiança minada – e isso, em uma torcida
“queima-base” como a nossa, pesa muito! Resumo da ópera: Carlos fez seus gols
em clássicos, venceu a Copa do Brasil em 2014 – inclusive com um gol
fundamental contra o Flamengo no Mineirão - , mas nada adiantava. Até que
passou a ser mais um “jogador cigano” nosso. Emprestado ao Paraná Clube, ao
Internacional... atualmente está no Rio Ave, de Portugal. E só tem – pasmem –
23 anos! Infelizmente, é difícil crer que um dia “vire” na carreira. Torcemos,
mas...
Atualmente, vivemos dilema semelhante com outro camisa 9
vindo de nossa base: Alerrandro. O garoto, de 19 anos, subiu efetivamente para
o profissional do clube em 2018. Entrava em algumas partidas, raramente, mas
por poucos minutos quase sempre. E assim foi seguindo durante o ano... a
torcida (como sempre faz com jogadores nossos), não perdoava: era um passe errado,
um chute a gol por cima, e pronto: já estava na cola do moleque. Mesmo assim,
continuava entrando. Até que veio o jogo contra o Flamengo, valendo a liderança
do Brasileirão. E Alerrandro entrou! De última hora! Mineirão lotado! Larghi
fazendo boa campanha com o time, mas ainda tínhamos deficiências. E justo em um
jogo tão importante, o moleque entra... o GALO foi bem,ficou em cima do Fla...
mas perdeu! Perdeu gols o jogo todo, e perdeu a partida. De nada adiantou a
pressão. E aí, como de costume, mesmo com um time com jogadores de nome como
Victor, Guedes, Fábio Santos, Léo Silva, Luan, etc. , a “culpa” pela derrota
caiu nas costas... de Alerrandro! De 18 anos! Que entrou em uma partida na
última hora, e não tinha a responsabilidade de decidir um jogo daquele tamanho.
Foi tão vaiado, que saiu de campo chorando. As chances a partir dali rarearam.
Quase não entrava mais. Por vezes, nem no banco ficava. Quando acontecia de
entrar, era chamado de nomes impublicáveis (cheguei a ler que “era um lixo”,
que “deveria encerrar a carreira”... isso pra ficar nos “elogios mais
leves”...). Caiu Larghi. Veio Levir Culpi. Começou 2019. E creio que a
ÚNICA COISA BOA que Levir fez foi dar
chance aos garotos novamente... especialmente a Alerrandro... ele se tornou o
camisa 9 do “time B” no campeonato mineiro. E no dia do nascimento de sua 1ª
filha, fez seu 1º gol como profissional, de cabeça, após um cruzamento de Guga.
O bacana foi que o moleque pegou confiança, e começou a fazer gols direto….
Chegou a ser o artilheiro do mineiro, com 8 gols... até chegarem as fases
decisivas. Foi sacado do time, e mesmo
tendo desempenho muito acima do “Pastor” Ricardo Oliveira, não foi mais
colocado como titular, voltando ao “hábito” de 2018: entrar apenas nos minutos
finais das partidas. Mesmo assim, em poucas... na última 3ª feira, Alerrandro
meu mais uma mostra do quanto pode agregar ao clube e ao time: na despedida do
GALO na Libertadores, contra o Zamora (VEN), com um time quase todo reserva, o moleque foi
lá e meteu 2 gols! Gols de CENTROAVANTE! Aproveitando o embalo, se tornou o
jogador mais jovem do GALO a marcar em uma Libertadores! ... Agora, voltemos ao
plano da realidade: SERÁ que terá as devidas – e merecidas - chances como TITULAR no time? Espero que sim,
mas considerando o histórico... sinceramente, não creio. Espero estar errado,
mas ainda acho que não será agora, mesmo com o Pastor em fase irregular.
Ora, o que acontece afinal? Se temos um jogador que cumpre
sua função bem, porque não utilizá-lo? Qual o “medo”? Ok, Alerrandro não é um
centroavante técnico; não dribla, não é
um craque; mas é um “empurrador de bola”. É discípulo de Dadá Maravilha, que
dizia que “Não existe gol feio, feio é não fazer gol !”. Alerrandro é um
jogador que tem ótimo posicionamento, se desloca muito bem para receber a bola,
e sabe “colocar pra dentro da casinha”; você não vai vê-lo dar um chapéu, fazer
um gol de letra, de bicicleta; provavelmente vai vê-lo fazer gol de canela,
até... ou daqueles que a bola pega no jogador e entra. Mas espera... não é isso
que é importante? A bola ENTRAR? De que adianta ter um jogador altamente
técnico, que passa por “45” jogadores adversários dando chapéu, carretilha,
prepara um voleio maravilhoso... e manda pra FORA? O Atlético, NOVAMENTE,
incorre no mesmo erro: DESVALORIZA o que é SEU, para valorizar o que é dos
OUTROS! O garoto está aí, precisa pegar mais ritmo, mais tempo de jogo, pois a
qualquer momento pode entrar! E em vez de aproveitarem o momento que ele vivia,
o encostaram! Agora, quando a liberta já tinha ido para o espaço – e o jogo
valia “só” para a classificação para a Sulamericana (“só” entre aspas mesmo,
pois é sim uma competição importante, viu presidente?) - , retornam com o
garoto. Chega a me dar raiva pensar que com ele em campo não teríamos perdido
tantos gols, e a história talvez fosse diferente na competição... Seria capaz de apostar meu dinheiro (se
tivesse e se apostasse...rss) que, aqueles mesmos que o criticavam ano passado
e que tiveram de engoli-lo esse ano, estão “doidos” para quando ele tiver nova
oportunidade, e de repente não for bem, falarem “Olha lá... era só mais um
foguete molhado mesmo! Não falei?”... cansei de ouvir esse tipo de coisa na
torcida, infelizmente. O GALO TEM de pegar o hábito de VALORIZAR NOSSOS
GAROTOS! É chegar o presidente, o técnico, e falar pra molecada: “Vocês TEM
DIREITO DE ERRAR! Façam o trabalho de vocês com calma, mostrem o que SABEM, que
a torcida e a imprensa a gente segura”! É isso!!! Ou tomamos vergonha na cara, ou vamos perder um talento atrás do outro,
como há anos acontece. Não seria a hora de fazermos todos uma reflexão sobre o
assunto? Da minha parte, dou a maior força ao garoto! E estou torcendo MUITO
pra que entre logo, meta um monte de gols e faça o Pastor comer um bom banco. E
de preferência, com a torcida cantando o nome do moleque! Bora apoiar o garoto, galera!
E aí? O que achou do texto? Concorda? Discorda? Deu vontade
de “jogar PEDRA no colunista”? Ou de repente, de falar um “Top !”? Dê sua
opinião nos comentários! Lembrem-se:
Fazemos isso PARA VOCÊS, ATLETICANOS! E sua OPINIÃO para que nosso trabalho
melhore cada vez mais, é fundamental! Grande abraço a todos, e até a próxima
galera!!!
#VALORIZAABASEGALO
#MEUGAROTOALERRANDROOOO
!!!
#AQUIÉGALO
!!!
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Por : Renato Mello
Twitter:
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@ArqdoGalo
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