Reprodução: Alexandre Vidal / Marcelo Cortes / Flamengo |
Relevado pelas categorias de base do Fluminense, Gerson fez sua estreia como profissional em 2015. Há época, o jovem jogador surgiu como um meia extremamente habilidoso, com características como chute forte de média distância e lançamentos certeiros. Costumava atuar como meia central e em alguns momentos aberto. Logo despertou o desejo de grandes clubes europeus como Barcelona e Juventus. O Barça, inclusive, chegou a depositar para o tricolor das laranjeiras uma quantia referente à prioridade de compra do jogador.
Após a Roma enviar uma proposta pelo atleta, o Barcelona não entrou na briga para ao menos igualar a oferta e exercer sua prioridade e, em 2016, ele acabou desembarcando na capital italiana. Ainda no mesmo ano o jogador voltou ao Fluminense, por empréstimo, já que as vagas de jogador extracomunitários já haviam sido preenchidas pelo time romanista. Durante sua volta ao Flu, Gerson foi adquirindo fama de “preguiçoso” por não ser um jogador muito participativo nos momentos sem bola e, muitos até o acusavam de má vontade pelo fato de já estar vendido para outro clube.
Na equipe de Roma, Gerson acabou não correspondendo às expectativas que se tinham em seu futebol. Durante a temporada 16-17 e 17-18, fez 42 jogos, muitos como reserva e fez apenas 2 gols. Na temporada seguinte, se transferiu por empréstimo para a Fiorentina e teve seu melhor momento no velho continente. Foi onde o jogador, de fato, evoluiu muito no entendimento do jogo e explorou melhor seu vigor físico e técnico. O meia terminou a temporada com números muito bons e chamou a atenção do então treinador recém contratado do Flamengo, Jorge Jesus, que pediu e insistiu para que a diretoria rubro-negra o contratasse.
Em 12 de julho desse ano, Gerson assinou contrato com o Flamengo e apenas 9 dias depois fez sua estreia no empate em 1x1, diante do Corinthians, em Itaquera. Atuou 78 minutos e fez uma partida acima do esperado já que, até a assinatura com o time carioca, o jogador vinha de um período de férias e sequer havia disputado uma partida amistosa ou realizado algum tipo de treinamento. De lá pra cá, o meia participou de 6 jogos em sequência, atuando praticamente todas as funções do meio campo, mostrando uma grande evolução, tática e física, em relação ao que era o jogador que deixou o país, em 2016. Com exceção da partida contra o Emelec, em Guayaquil, onde todo o time foi muito mal, Gerson fez ótimos jogos vestindo a camisa rubro-negra até aqui, enchendo os olhos dos torcedores e, principalmente, do seu comandante, Jorge Jesus.
Os números falam por si só: até aqui, nos 6 jogos em que participou, Gerson tem 1 gol, 11 desarmes, 240 passes certos (88,88%) e vem sendo o “coringa” do time, como o próprio disse em entrevista recente. Mais uma vez é preciso ressaltar que o jogador vinha de período de inatividade, já que o futebol europeu estava parado, e isso torna ainda mais surpreendentes os números do atleta. Esperava-se que Gerson fosse sentir a fadiga ou a readaptação ao futebol brasileiro em algum momento, não foi o que aconteceu e de longe não é o que vem acontecendo.
Sábado, no Mané Garrincha, o Flamengo faz o clássico contra o Vasco e Gerson terá a chance de ganhar ainda mais a confiança do torcedor, de Jorge Jesus e de se consolidar de vez, independentemente de retorno de jogadores lesionados, como titular absoluto no meio-campo do time rubro-negro, em qualquer das 5 posições.
Por: Lucas Bazílio Nascimento
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