Foto: Alexandre Vidal/Flamengo. |
O que esperar do Flamengo nas quartas de finais
da Libertadores após nove anos longe dessa fase? A última vez que o rubro-negro
carioca chegou a essa fase da competição continental, caiu frente à Universidad
de Chile com gol emblemático de cobertura do argentino Montillo (35 anos) -
atualmente atua no Clube Atlético Tigre (ARG) - que depois viria a jogar em
terras tupiniquins por algum tempo em grandes clubes: Cruzeiro, Santos e
Botafogo, e que na época despertou interesse do próprio Flamengo.
De lá pra cá muita coisa mudou, a casa foi
arrumada, as contas estão sendo pagas, times estrelados cabem no orçamento, a
equipe tem centro de treinamento e desenvolvimento de nível europeu, mas uma
coisa permanece igual ou ainda mais amplificada: a pressão intensa por títulos
significativos. Nesse período, o único título de expressão foi a Copa do Brasil
de 2013, que, diga-se de passagem, foi até uma surpresa vista a equipe com
nomes como Hernane Brocador, Carlos Eduardo, Wallace e companhia limitada.
A equipe eliminada nas quartas em 2010 comandada
por Adriano, Love e Petkovic, que vinha de título brasileiro no ano anterior,
havia decepcionado na primeira fase passando com dificuldades, mas surpreendido
ao ter eliminado o Corinthians do craque Ronaldo nas oitavas por placar
agregado de 2x2 passando com gol qualificado. Dessa vez a história se desenha
diferente, a equipe até então de Abel no primeiro semestre teve dificuldades na
fase de grupos, mas se classificou na primeira colocação, e nas oitavas,
colocado como grande favorito diante do modesto e já conhecido dos rubro-negros
Emelec (EQU), passou dificuldades (desnecessárias) e só avançou na disputa de
pênaltis.
A equipe vem embalada da
goleada por 4 a 1 aplicada no clássico contra o Vasco. A confiança é alta,
principalmente com Bruno Henrique (convocado para a seleção nacional) em grande
momento, com Arrascaeta vivendo grande fase sendo um dos melhores cérebros do
futebol brasileiro. Diego Alves parece ter se reencontrado com seus melhores
momentos na última partida. Gerson vem a cada dia provando que valeu o
investimento com ótimas atuações. Poderíamos citar aqui Gabigol, artilheiro
nato, mas pelo menos para essa primeira partida o atacante não foi relacionado
por conta de dores musculares. O trabalho do técnico Jorge Jesus vêm se
consolidando com seu estilo ofensivo, de linhas altas (que ainda sofrem contra
times velozes), de marcação pressão e de muita intensidade, será testado frente
a um Internacional que talvez esteja em seu melhor momento no ano, muito bem
treinado por Odair Hellmann a frente da equipe a um bom tempo (desde 2017), com
o ataque entrosado liderado pelo ex-flamenguista Paolo Guerrero, com a dupla de
zaga formada por Moledo e Cuesta que com certeza está entre as melhores do
país.
A expectativa é de 180 minutos de muito
equilíbrio e de bom futebol, visto a qualidade técnica de duas das melhores
equipes do futebol sul-americano. O Inter talvez tenha um leve favoritismo, por
decidir no Beira-Rio onde é fortíssimo, por ser também uma equipe que oscila
menos por conta do trabalho longínquo de seu treinador e por ter avançado na
fase anterior com maior tranquilidade. O Flamengo confiará muito no bom momento
de seu setor ofensivo e na participação de sua torcida no primeiro jogo desta
quarta, e precisará ter muita atenção na parte defensiva visto que é o setor
mais frágil da equipe sendo constantemente vazado. O que temos certeza é que a
libertadores sempre vêm carregada de fortes emoções, e se tratando de um
clássico do futebol nacional, essas emoções se multiplicam. Então como diria
nosso já eterno Galvão Bueno: “É teste pra cardíaco” essa decisão.
O
jogo acontece nesta quarta 21/08/2019 às 21h30min no Maracanã.
Possíveis
escalações:
Flamengo
(4-2-3-1): Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio (Thuller), Pablo Marí, Felipe
Luís, Cuéllar, Arão, Everton Ribeiro, Gerson, Arrascaeta e Bruno Henrique
Técnico:
Jorge Jesus
Internacional
(4-3-3): Marcelo Lomba, Bruno, Rodrigo Moledo, Víctor Cuesta, Uendel, Rodrigo
Lindoso, Edenílson, Patrick, D’Alessandro, Rafael Sobis, Guerrero
Técnico:
Odair Hellmann
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