Jogadores do Flamengo comemoram a vitória sobre o Vasco. Reprodução: Alexandre Vidal / Flamengo |
Fazia tempo desde a última vez em que houve uma goleada no clássico dos milhões. O último placar mais elástico aconteceu em 2007, uma vitória de 3x0 do time cruzmaltino sobre o Flamengo. De lá pra cá, sempre jogos bem equilibrados, independente dos elencos de cada clube. Porém, nesse caso, equilíbrio não é sinônimo de algo bom. Isso se dá devido ao fato de que, no Brasil, não só no clássico carioca, mas em todos clássicos, a prioridade dos técnicos, durante anos, tem sido não perder. O medo de um revés diante de um grande rival fez e faz com que tivéssemos jogos muito ruins e de placares magros.
No último sábado, o Flamengo rompeu totalmente com essa “obrigatoriedade” nos clássicos brasileiros. O responsável por isso tem nome: Jorge Jesus. Desde que chegou ao Flamengo o português já havia dado claros indícios de que pensava futebol diferente do que estávamos habituados a ver. No primeiro jogo a frente do time, as condições não eram favoráveis e a partida não foi tão boa. Já em seu segundo jogo à frente da equipe carioca, contra o Goiás, o Flamengo jogou de forma extremamente agressiva, com a posse de bola absoluta, com os laterais jogando bem alto e os meias e atacantes trocando de posição entre si constantemente. Durante todos os 90 minutos de jogo o time da Gávea demostrou uma sede enorme pela vitória e, a cada gol marcado, parecia querer mais. Assim seguiu o time nos demais jogos. Contra o Vasco, não foi diferente.
É verdade que, hoje, a equipe do Vasco é muito fragilizada e é de se reconhecer e de dar méritos ao time vascaíno que, dentro do possível, criou boas chances na primeira etapa (incluindo uma bola no travessão). Os 45 minutos iniciais foram, de certa forma, mais difíceis para o Flamengo, tendo em conta que o Vasco se fechava bem e conseguia explorar com boa eficiência o seu lado direito do ataque com Pikachu. Cabe ressaltar também a boa partida do atacante Talles Magno que causou certo incomodo aos defensores rubro-negros. Quase no fim do primeiro tempo a qualidade individual apareceu e, em boa troca de passes com Arrascaeta, Bruno Henrique marcou um lindo gol. A partir daí, durante toda a segunda etapa, a vida do time alvinegro não foi nada fácil.
O rubro-negro, com um coletivo muito bom e com jogadores tecnicamente muito melhores, voltou buscando mais gols e não deixou o Vasco jogar. Gabigol (2x) e Arrascaeta (de pênalti) completaram o placar para o Flamengo. De cabeça, Leandro Castán marcou para o Vasco logo após Diego Alves defender um pênalti cobrado por Pikachu. O goleiro do Flamengo foi certamente a estrela da noite, fazendo 3 importantes defesas muito difíceis e defendendo mais um pênalti, dessa vez cobrado por Bruno César. Fato importante para Diego, que vinha vivendo um mau momento na meta do Flamengo e sendo muito questionado pela torcida.
Jorge Jesus passa instruções à beira do campo. Reprodução: Alexandre Vidal / Flamengo |
É óbvio que o futebol é um esporte onde não existe uma fórmula exata e nem sempre o resultado vem, mas, a mudança de postura já é um diferencial muito grande trazido por Jesus. Mesmo tendo sofrido com a perda de jogadores por lesão e até nas derrotas frente ao Emelec e ao Bahia, ele não abriu mão e insistiu em suas convicções. O recado é bem claro: o português sabe que o seu time tem um elenco muito acima da média, tem condições de trabalho excepcionais e tem a obrigação de vencer e convencer. Mais uma vez, vale apontar uma certa deficiência na defesa que, por jogar muito alta, vem sofrendo com jogadores rápidos. Todavia, correções a parte, hoje o time rubro-negro tem um padrão de jogo consolidado e por consequência, se vê mais do que nunca na briga pelo título brasileiro e, porque não, na briga pelo tão sonhado título da Copa Libertadores.
ANÁLISES INDIVIDUAIS:
JOGADOR
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NOTA
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Diego Alves
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9,0
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Rodinei
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7,0
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Thuler
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7,5
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Pablo Marí
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8,0
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Filipe Luís
|
7,5
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Cuéllar
|
7,5
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Willian Arão
|
8,0
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Gerson
|
8,0
|
Arrascaeta
|
8,5
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Bruno Henrique
|
9,0
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Gabriel B.
|
9,0
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Éverton Ribeiro
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7,0
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Berrío
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7,0
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Piris da Motta
|
7,0
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Jorge Jesus
|
9,0
|
Por: Lucas Bazílio Nascimento
Instagram: @9bazilio / Facebook: Lucas Bazílio
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