Já ouviu falar na estória da galinha
dos ovos de ouro? Um conto infantil que traz uma galinha muito valiosa por
botar ovos de ouro e é muito cobiçada. Em nossa realidade futebolística, esta
ave, seria como a Libertadores da América. Uma competição, cobiçadíssima pelos
Sul-americanos, vista como passaporte para conquistar o Mundo. Muitas vezes não
é fácil escalar o pé de feijão para chegar ao topo e roubar os ovos, alguns se
desequilibram e caem, outros despencam sem ao menos subir sobre o primeiro
galho. Definitivamente, o caminho é incerto e podem haver galhos podres que
quebram com extrema facilidade e ocasionam uma queda livre rápida e mortal.
Em uma dessas aventuras para o
rapto da coroa americana está o Bicampeão Cruzeiro Esporte Clube, tão
contestado e invejado por haver altos e baixos. Foi lançada mais uma chance de
escalar rumo ao terceiro ovo de ouro. Desta vez, um tanto quanto complicado, um
desafio gigantesco em superar a si mesmo e fazer o motor funcionar em dois
tempos com novas engrenagens, numa Libertadores que reúne os grandes campeões
(e os não tão grandes assim, mas chatos de se topar por aí).
Logo no início dois empates.
Tropeço ou superação? Depende do referencial. Quem pegar a campanha em fase de
grupos do ano passado e analisar com certeza houve uma evolução na parte física
e defensiva do time. Sobre o tropeço, talvez seja cedo para analisar e apontar
tal fator, visto que deixou de somar 4 pontos, mas não perdeu estes pontos,
somou-se 2. Lembre-se é através de cada centímetro que a tartaruga consegue
vencer a lebre! Enquanto a campanha dos outros clubes brasileiros na competição
vai se desdobrando de formas alternadas em positivas e negativas, o time
mineiro consegue neutralizar e administrar o que pode desenvolver com um time recém-formado
já de cara enfrentando uma batalha de nível internacional.
Para afastar esse medo que rodeia
à torcida celeste, exponho alguns argumentos que podem explicar este freio ao
time:
- Estamos em um grupo tecnicamente fácil, porém onde os times buscam o mesmo sonho de forma diferente. Como? São times que estão em busca de várias zebras para trazer pra realidade um título, quase impossível, pois em pauta têm-se outros tradicionais, que conhecem o caminho mais fácil para se chegar lá.
- Não fazer gols na Libertadores é ruim, sim. Mas não leva-los é extremamente importante. A balança mantém-se equilibrada. Com isso o time ganha segurança defensiva para chegar na próxima fase mais enxuto e fechado. Afinal, o ataque está a cada jogo desenvolvendo seu potencial, quando encontrar o caminho do gol chegará mais fácil até ele.


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