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sexta-feira, 27 de março de 2015

Do inferno ao céu! O que mudou desde a última derrota tricolor?

Só quem viu os jogos desde o início do ano viu o quanto o time mudou de algumas rodadas pra cá, mais precisamente, dez rodadas. O time do Grêmio era um time fraco, capaz de não quebrar uma retranca de um time de varzeanos. Parece que isso mudou. Parece. O Grêmio teve muitas dificuldades durante esse período de transição até chegar à liderança do Gauchão. Destacarei alguns fatores.
Grupo unido comemorando o gol contra o Novo Hamburgo. Fonte: Zero Hora
Volume de jogo 

Felipão conseguiu achar um esquema tático que desse volume de jogo. Nos dois últimos jogos da Arena (Cruzeiro e Lajeadense), o time do Grêmio foi um time de posse de bola e muitas chances de gol, mesmo contra dois times com propostas defensivas. Contra o Novo Hamburgo não foi diferente. O time do Grêmio envolvia o adversário e sempre achava alguém livre para fazer o gol, mas a pontaria estava um tanto quanto errada.

Consistência defensiva 

Além de uma formação boa ofensivamente, o comandante tricolor arrumou a casa lá atrás. Com frequentes falhas do nosso goleiro e com laterais ofensivos demais, a zaga sempre era furada. Luiz Felipe arrumou isso. Improvisou Oliveira na esquerda e Matias na direita dando orientações defensivas aos mesmos, para não fazer com que os meias mais adiantados tivessem que marcar tanto. Deu certo. Nos últimos 8 jogos, apenas um gol tomado, e só por falha do goleiro.

Reforços

Os reforços gremistas nessa metade de Gaúchão. Fonte: Zero Hora

Obviamente que o nosso tricolor não teria condições de uma melhora significativa só com o que tinha no elenco, e o presidente sabia disso. Pagar as contas é necessário, mas igualmente necessária é a alegria para a torcida que, modéstia à parte, NUNCA deixa de apoiar. Bolzan, que não é marca de creme para barbear, tratou logo de suprir as necessidades gigantescas: um jogador com saída de bola e um matador. O dinheiro nunca foi muito, e tanto o torcedor quanto o treinador sabia disso. Felipão foi cirúrgico na escolha e trouxe Braian Rodrigues e Maicon, do Numancia e São Paulo respectivamente. Não era o suficiente. Tínhamos que ter elenco. Foi aí que o senhor supremo do nosso time fez a maior contratação do ano no futebol brasileiro. Cristian "Cebolla" Rodríguez. O astro uruguaio não veio só para jogar como mostrar técnica e experiência de quem foi campeão por onde passou. A partir desse momento, o time começou a engrenar...

Volta dos jogadores do DM

Giuliano: Esperança tricolor. Foto: Lucas Uebel
As principais peças do Grêmio estavam no DM. Tá certo que Erazo, Walace e Luan estavam tentando suprir a falta desses jogadores, mas a qualidade era indiscutível. Giuliano vem sendo a peça principal desse novo Grêmio. Participou de praticamente TODOS os gols do tricolor desde que voltou. Além disso, divide a atenção da marcação com Douglas, que finalmente está podendo jogar. Ramiro sempre foi uma certeza no Grêmio. Das onze peças do xadrez de Felipão, Ramiro era o rei. O que não poderia e não iria sair de qualquer maneira. Sempre foi um volante com excelente saída de bola e marcação/desarmes precisos. Um jogador fundamental em qualquer equipe do mundo. Geromel talvez tenha sido o cara que menos tenha feito falta nessa equipe. Erazo se mostrou um excelente zagueiro, totalmente diferente daquele que jogou no Flamengo no ano passado; mas quem viu a partida quarta-feira sabe como Geromel foi um monstro. Não comprometeu em nenhum lance. Um dos melhores em campo, se não o melhor

Vergonha na cara 

Não foi só o torcedor que estava impaciente. O maior ídolo, e também torcedor do Grêmio, saiu de campo antes de terminar o vexame contra o Veranópolis que, àquela altura, era o lanterna do Gauchão. Aquilo mudou o Grêmio. Mudou o pensamento dos jogadores e do próprio Felipão. Informações dos bastidores falam que após o episódio, o técnico chamou o grupo em particular e pediu desculpas. Falou da importância do grupo unido e falou que a saída antecipada foi o ato mais vergonhoso da sua carreira, mais até que os eternos 7x1. Foi um choque pro grupo e o Felipão pediu dedicação máxima ao time e os jogadores atenderam. Tomaram vergonha na cara e jogaram pela camisa.

Torcedor

Torcida gremista: a mais fanática. Fonte:Gazettapress
O torcedor sempre foi um personagem importante na história do clube, mas dessa vez ele foi mais. Enquanto torcedores de outras equipes nem iriam mais ao estádio em uma situação dessas, o torcedor não parava de apoiar, nem por um minuto. Vaiava? Obviamente. As vezes o apoio não é só passar a mão na cabeça, mas também cobrar, mostrar o que está errado. É isso que acontece em uma relação amorosa. O torcedor gremista via o seu time na décima colocação e queria uma mudança. Depois de um grande empate com o rival, a torcida compareceu em um excelente número e começou uma arrancada junto com o time. O resultado são vitórias atrás de vitórias. E é com o sentimento gremista, de que devemos apoiar até o fim que eu convoco o torcedor gremista para o jogo contra o São Paulo. Não para ver o jogo, nem para cantar, mas sim para agradecer. Agradecer aos jogadores por terem entendido o que nós passamos e tudo o que aguentamos por eles. As derrotas humilhantes contra Aimoré e Veranópolis, o empate contra o Juventude, até as vitórias. Agradecer ao Luiz Felipe por arrumar um time e das consistência tática e um time que pode dar alguma alegria para nós. E mais do que isso, mostrar que, mesmo de longe, nós estaremos lá em Campina Grande com nossos pensamentos positivos e todo o apoio que precisarem. Então, reforçando o pedido, vá para a Arena, torcedor. Agradeça o time é mostre que tu estarás com eles. Como diz o nosso hino, do eterno Lupicínio Rodrigues:

COM O GRÊMIO, ONDE O GRÊMIO ESTIVER
PRA CIMA DELES, TRICOLOR!

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