Não se fala em outra coisa quando o assunto é o Cruzeiro 2015. No trabalho, na escola, no boteco, no churrasco com os amigos e na internet. Quando se fala no futebol pouco convincente do azul celeste atual, uma pergunta é recorrente: cadê o meia, onde está o camisa 10, mas que 10?
Voltemos um pouco no tempo. Mas precisamente aos anos de 2013 e 2014. O Cruzeiro jogava na maioria das vezes com Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian Bigode (Dagoberto) como cancha ofensiva. Borges num ano e Moreno no outro centralizavam no comando de ataque. Estudemos caso a caso:
Everton Ribeiro nunca foi essa meia de criação cerebral. O cara jogava pelo lado direito aproveitando da habilidade e na imprevisibilidade de troca de lado. O adversário nunca sabia se o corte seria para o pé direito (quase cego), ou para o esquerdo (o bom). Ribeiro assim como Marquinhos corria bastante com a bola, mas com uma habilidade infinitamente mais aguçada que o 11 do time 2015. Assim sendo, seu futebol saltou aos olhos do Brasil e chamou atenção de todos (até dos Sheiks árabes).
Ricardo Goulart era o chamado meia-atacante, mas longe de ser um criador de jogadas. Diversas vezes foi utilizado como centroavante na falta de outro melhor. Sua maior característica era a força física que batia pau-a-pau com os defensores “guarda-roupas” adversários. Foi espetacular em 2013 e não tão bem em 2014, tanto que em alguns momentos amargou a regra 3.
Willian Bigode, Dagoberto e em poucos casos o menino Alisson ocupavam o lado esquerdo do campo. Auxiliavam Egídio acompanhando os laterais contrários e contra-atacavam com extrema velocidade e habilidade. Armação por parte desses três era quase 0.
Você pode estar se perguntando então: quem era o meia deste time vencedor? Cadê o tal 10? A resposta é difícil, mas algumas suspeitas devem ser levadas em conta. Henrique e Lucas Silva saíam para o jogo com muita categoria e facilidade. O jovem volante agora no time Merengue tinha uma virada de jogo primorosa no meio azul. Henrique por sua vez muito dificilmente errava um passe. Quase impossível um time com tão boa saída de bola e atacantes velozes e habilidosos não estar toda hora na cara do goleiro adversário.
Temos que ter em mente neste momento que o Cruzeiro é outro time. E esse outro time precisa de um meia, de um 10. Mas que 10? Um cara cerebral como o lendário Talento Azul Alex ou um corredor habilidoso como Everton Ribeiro. De momento dar força à Arrascaeta e companhia parece ser uma boa pedida.
Saudações Celestes!
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