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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Afinal, quem é o culpado pela má fase Tricolor?

Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Vice-campeão brasileiro em 2014, semifinalista da Copa Sul-Americana e com um ataque que funcionava bem. O São Paulo terminou a temporada prometendo dias melhores aos torcedores para 2015, mas o que vemos até agora é totalmente o contrário. Sem a mesma efetividade na hora de fazer gols, falhas em jogos importantes, racha entre parte da diretoria com a comissão técnica comandada por Muricy Ramalho e peças-chave sem render o que era esperado, os tricampeões da Libertadores vêm sofrendo com muita pressão da torcida, que buscam um culpado para explicar o que está acontecendo. Mas de quem seria a culpa?

Sem os titulares Kaká e Alvaro Pereira para atual temporada, a diretoria contratou os questionados Carlinhos e Bruno (Fluminense), o promissor Thiago Mendes (Goiás), o bom defensor Dória (Olympique de Marselha), o meia lesionado Daniel (Botafogo), o atacante Jonathan Cafu (Ponte Preta),  o volante Wesley (Palmeiras) e o meia Centurión (Racing-ARG). Para Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, esses jogadores eram tudo o que Muricy pediu e cobraram o título da Libertadores para valer o investimento.

De todos esses, o único que provavelmente tem vaga assegurada entre os titulares é Dória, mas o jovem zagueiro se contundiu logo nas primeiras partidas e ainda recupera a forma para voltar a tempo de não desperdiçar seus três meses no Brasil. O hermano Centurión, mesmo não iniciando os jogos, é utilizado com frequência e conquistou os torcedores por ser objetivo e driblador, sempre abrindo espaço nas defesas adversárias.

Aidar com certeza utilizará o argumento de que o treinador precisa fazer mudanças nos 11 iniciais e que é preciso alterar o esquema de jogo, deixando a posse de bola de lado para buscar uma transição mais veloz para o gol adversário.

Muricy tem culpa em não ser corajoso para mudar a forma de jogar da equipe e por parecer não ter o pulso firme de outrora por conta de seus vários problemas de saúde. A diretoria, que não fez contratações de ponta também peca muito por querer aparecer mais do que as verdadeiras estrelas do espetáculo. A blindagem tão elogiada nos últimos anos desapareceu, deixando comissão e jogadores expostos.

Os torcedores estão sofrendo com preços abusivos na Libertadores deste ano. A política de “seja sócio-torcedor ou pague R$ 120 para assistir aos jogos” vem irritando e muito os fanáticos, com toda a razão.

Os atletas também não colaboram. Além da falta de qualidade de muitos, principalmente na defesa, que parece nunca conseguir passar confiança, alguns deles vêm sentindo muito a pressão e deixando de render o que podem. O caso mais grave é de Paulo Henrique Ganso, que não consegue mais ser decisivo como no último semestre de 2014 e deixou a torcida sem paciência.

A crise é um conjunto de fatores em que todos têm a sua parcela de culpa. Mudanças terão que vir desde a diretoria, comissão técnica e atletas para que a temporada caminhe em paz e que as promessas de dias melhores se concretizem.



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