O GALO E O FIM DO MINEIRO

O Campeonato Mineiro é uma tremenda perda de tempo. Gastam-se três meses de futebol para que, no fim, Atlético ou Cruzeiro leve a taça. De acordo com alguns dirigentes, a disputa é importante por causa dos times pequenos, que precisam se manter ativos durante o ano. Pois que eles joguem o Campeonato Mineiro, e deixem o Galo com as grandes competições, ora!

Neste domingo, graças aos malabarismos do “Seu” juiz, o Galo apenas empatou com o rival, pelas semifinais do Mineiro. O jogo passou rápido, cheio de emoções e muita irritação; mas, poderia ter acontecido pela Sul-Minas ou algum outro campeonato regional. Ademais, este jogo pode ter atrapalhado boa parte dos planos do Atlético para a sequência da Libertadores, competição pela qual enfrentará o Atlas, no México; haja vista que Carlos e Marcos Rocha saíram machucados, e são dúvidas para o jogo contra os mexicanos.

A torcida, como sempre, foi um show à parte, cantando, incentivando, empurrando o alvinegro rumo à vitória, que aconteceria, não fosse o juiz com suas marcações dúbias e sua falta de critério. Mas, isso é o de menos. Domingo, venceremos em pleno Mineirão, e, novamente, a torcida fará a festa, agora, pelas ruas de todo o estado, comemorando o ‘título’ conquistado em cima do rival. Depois, que venha a Caldense ou a Tombense. O Mineiro já não terá grande valia.

Preparemo-nos para o jogo contra o Atlas. Cuidemos do coração, da mente e, principalmente, da garganta; pois gritaremos com força: “Caixa, caixa, caixa!”, até que nossos pulmões não tenham mais forças para soprar; daí, então, cairemos de joelhos, agradecendo a força dos deuses, que, novamente, nos levarão ao mais alto posto do futebol continental.

Que se decrete o fim do Campeonato Mineiro, ou, ao menos, que o Atlético entre apenas nas fases finais, como se fazia há algum tempo, e deixem que os pequenos se matem durante os três meses restantes. Enquanto isso, busquemos voos maiores, mostrando que, de fato, somos o orgulho do esporte nacional, carregados pelo canto da torcida e a raça dos nossos atletas rumo às glórias do esporte bretão. Tenho dito!

Elismar Santos