Nada de falar de Grêmio hoje. Sim. Nada de Grêmio. Aquilo que entrou em campo, no sábado, não era, nem de perto, o tricolor porto-alegrense que conheço. Aquilo era um esforçado semi-finalista do municipal de Várzea de Porto Alegre que chegaria na final intitulado "Zebra". É uma pena, mas foi isso que pareceu. Foi uma atuação pior que aquela em solo Gaúcho, diante do poderoso Veranópolis. Foi algo para esquecer. Algo para guardar no caixão e jogar em um crematório. Pavoroso. Tenebroso.
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| Fonte: Uol.com |
Vai ser difícil falar sobre tal filme de terror. Uma equipe assombrada por Itamar Schulle e o fantasma Operário de Ponta Grossa conseguiu dominar o Grêmio. A equipe Coxa Branca, também vice campeão estadual, jogou tudo o que não jogou durante o início da temporada e, assim como no ano passado, decretou a crise no nosso tricolor. São duas vitórias que deixamos de conquistar contra times que, provavelmente, o técnico Luiz Felipe não botou na lista de "Seis ou sete elencos melhores que o nosso". Logo, cinco pontos jogado no fundo da tabela, que é onde estamos agora.
Isso talvez não seja o pior, afinal, o coxa é nossa touca. O pior foram os erros que o Grêmio vem cometendo desde o Gauchão. Luan, mais uma vez, foi irregular. Passes errados, deficit de atenção, lentidão ao concluir uma jogada... Logo ele, que contra a Campinense, foi o melhor em campo. Giuliano, mais uma vez, sumiu em campo. Não faz uma boa partida desde a semifinal na Arena contra o Juventude, onde fez apenas uma boa jogada. Geromel caiu de vez. Virou aquele Geromel que, certa vez disse um jornalista, era "Malo acima, malo abajo". Não é mais o mesmo jogador importante que vinha sendo desde o ano passado e tudo após uma expulsão em Grenal. Um ataque de estrelismo que fez com que um dos jogadores que vinha sendo importante na temporada não fosse nem convocado pelo novo técnico da Seleção sub 20. Times sem intensidade na segunda etapa, sem conseguir manter o resultado até o final. É o Grêmio voltando a ser aquele 10º colocado de Gauchão.
Mas tudo isso parece acontecer por um motivo: Felipão perdeu o vestiário. Não jogam mais com o comandante e,ao que tudo indica, será assim enquanto ele permanecer, tendo em vista que os dirigentes parecem não ter influência sobre o vestiário. É uma guerra entre vinte e dois jogadores e uma comissão técnica de aproximadamente pessoas. Ao que tudo indica, cabeças vão rolar, e logo. Novamente, no primeiro turno, uma atuação ridícula contra o Coritiba foi preciso para a direção se alertar para os problemas do Grêmio. Os problemas do futebol. Enfim, teremos investimento. Enfim, teremos consciência que o clube é da torcida. Enfim, teremos o Grêmio de volta. Pelo menos, assim espero...

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