Talvez a maior novidade do ano gremista foi o patrocínio da Umbro. Algo totalmente inovador tomou conta do manto e diversos investimentos tricolores fora de campo. Além dá Grêmio Rádio Umbro, as três camisas tricolores foram verdadeiras obras de artes criadas pelos ingleses de lá. Mas uma, em especial, à prova de pirataria, e que vende aproximadamente mil exemplares, é a camisa "degradê", terceira camisa tricolor, com uma mescla de azul celeste e preto. Mais do que linda, ela se tornou um amuleto por algum tempo no Grêmio. Desde a estreia, foram 7 vitórias, usando a terceira camisa, em 8 jogos. Números magníficos para um time desacreditado. Após a derrota, a camisa não foi mais utilizada, dando lugar à tradicional tricolor. Com ela, duas derrotas em três jogos. Aí a pergunta: Foi culpa da camisa?
O Grêmio parecia ter outra cara jogando com aquela camisa. Obviamente, não por ser aquela camisa, mas a mistica era diferente. Era um Grêmio com outra cara. Um Grêmio agressivo. Um Grêmio com vontade de ser Grêmio. Algo surreal. Desde Douglas até Pedro Rocha, todos tinham a mesma intensidade, como tanto gostam de falar. Era carrinho pra cá, gol pra lá, pique acá e confiança acolá. Era um Grêmio com o espírito dos anos 90, como diziam os que presenciaram. Não por menos chegamos a frequentar a primeira colocação, mesmo que por minutos ou horas. Era um verdadeiro show. Era gol espirita, chorado, vitória no aperto... Tudo que parecia impossível nos tempos de Felipão. E com créditos ao Roger.
Coincidência ou não, a camisa tricolor não teve momentos tão bons. Com ela veio a campanha catastrófica do Gauchão, que era a única chance de título do ano, tendo em vista o elenco não tão qualificado, e os primeiros dois jogos tenebrosos do início do Brasileiro. Mais coincidência? Depois da derrota contra a Chapecoense, o Grêmio caiu de produção, a ponto de não conseguir empatar com o Criciúma, que até então estava perto do Z4 da série B, em casa, muito menos ganhar. O que isso tem haver? Desde a derrota contra a Chapecoense, que veio em um detalhe, o Grêmio usou a mesma camisa tricolor, que não vinha bem no seu retrospecto.
Tendo em vista esses conceitos, vem a dúvida de porque com uma camisa as atuações são boas e convincentes e com outra são fracas e que deixam a desejar. Obviamente não é culpa de uma camisa ou outra, até porque superstição é algo que não funciona no futebol. Banho de sal na casamata ou camisa da sorte não ganham campeonatos. O que ganha é a qualidade do elenco e do futebol que apresentam. Mas que é estranho, ah, isso é!
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