Difícil começar esse texto. Ninguém esperava essa final, mas antes de falar sobre o jogo, queria parabenizar o Botafogo, o Vasco e suas torcidas. Dentre os grandes do Rio, eram os menos cotados para fazerem essa final. Um com o elenco ainda sendo formado e o outro se recuperando de mais um rebaixamento no Brasileiro. Eles chegaram! E com o belo espetáculo de ambas torcidas, fizeram uma final dígina da grandeza dos dois clubes. Mas não acaba ai... Ainda faltam 90 minutos.
O jogo foi típico de uma final. As torcidas cantando desde o começo, muita emoção, bolas na trave, gol nos acréscimos e vantagem revertida.
Os 45.488 presentes no Maracanã(público muito maior que a primeira final do ano passado) viram um começo de jogo eletrizante. Logo aos 15 segundos de jogo, Martin Silva defendeu uma cabeçada dentro da pequena área do Bill. A bola ainda pegou na trave antes de ser afastada.
O jogo seguiu equilibrado com bons lances para os dois lados mas pouco perigo para os goleiros. O Vasco esperava uma falha do Botafogo para abrir o placar e a falha aconteceu. Rodrigo lançou Júlio dos Santos, mas a bola só chegou ao atacante depois de uma tentativa(bisonha) de corte do Diego Giaretta, mas o atacante cruz-maltino finalizou por cima do gol e desperdiçou ótima chance. Com uma leve superioridade do Vasco, boas chegadas mas sem maiores lances de perigo para ambos os lados, se encerrou o primeiro tempo do clássico.
Na volta do segundo tempo, o filme da primeira etapa se repetiu. Botafogo avassalador nos primeiros minutos e o Vasco se equilibrando com o passar do jogo.
O atacante Bill não terá boas recordações. Depois de quase marcar no começo, teve nova chance clara de gol. Arão puxou o contra-ataque, Pimpão se apresentou bem e deixou o camisa 9 na cara do gol para se consagrar, mas novamente, ele desperdiçou. Tirou o zagueiro e deu uma cavadinha, encobrindo o goleiro, mas a bola saiu beirando a trave.
Bill perde chance clara no primeiro jogo da final
(Foto: André Durão)
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Outros lances de perigo animavam o clássico. Os vascaínos chegavam bem na bola aérea(problema da defesa do Glorioso desde o começo do campeonato) e com chutes de fora. Já o time botafoguense, conseguia chegar mais dentro da área. Gilberto e Arão quase fizeram, mas o travessão e Martin Silva evitaram os gols.
E os ditados populares realmente fazem parte das quatro linhas. O famoso ¨quem não faz,leva¨ aconteceu. Aos 46 da etapa final, Rafael Silva, que havia entrado já no fim do jogo, fez o gol que decidiu o primeiro jogo da final. Após falta de Bernardo, o atacante(sozinho) só teve o trabalho de empurrar a bola no canto do goleiro Renan.
Com o resultado, a vantagem foi revertida. Agora o Vasco joga por um empate no segundo jogo e qualquer vitória do Botafogo por um gol de diferença leva a partida para os pênaltis. Se o Glorioso vencer por dois ou mais gols de diferença, leva o título Carioca para General Severiano.
Próximo compromisso
O Botafogo volta à campo nesta quarta-feira contra o Capivariano no primeiro jogo da Segunda fase da Copo do Brasil. Nenhum titular viaja para esse jogo. O time reserva enfrentará o clube paulista, enquanto o titular descansa e treina para o segundo jogo da final, domingo que vem.
Rafael Freitas
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