Em um jogo bastante movimentado, Palmeiras e Santos,
protagonizaram na tarde de ontem (26), na belíssima Allianz Parque, a primeira
partida das finais do Campeonato Paulista 2015. Diferente do que aconteceu em
outros estados, em que as baixas qualidades técnicas das equipes fizeram que as
partidas deixassem muito a desejar, em São Paulo, foi diferente.
(Foto: Flickr Santos FC) |
Embora o time palestrino esteja em processo de montagem e o
alvinegro passando por difíceis momentos financeiros, Santos e Palmeiras,
fizeram uma boa partida na tarde de ontem. Com a ausência dos principais
candidatos a protagonista (Robinho e Valdivia), Lucas Lima e Robinho(do Palmeiras)
ficaram encarregados de ditar o ritmo da partida e auxiliar na construção de
jogadas de suas equipes.
O primeiro (Lucas), não foi tão enérgico como costuma ser,
mas mais uma vez demonstrou ser essencial para fazer a dinâmica do time
santista funcionar. Com muita movimentação e bons passes, Lucas Lima mais uma
vez saiu de campo muito elogiado. Embora o campeonato Paulista seja frágil
tecnicamente, durante as chatas e angustiantes 18 partidas que o Santos jogou
até aqui, ficaram evidentes algumas deficiências. A maior sem dúvidas, é a
saída de bola, que para um time tão rápido e dinâmico como é o Santos, é
fundamental que seja executada com qualidade. Pensando nisto, seria mais que obvio que um dos artifícios a
serem usados pelos comandados de Osvaldo, seria a marcação pressão na saída do
Santos. O que não aconteceu!
Além dos ingressos de valor de Champions League, e das supervalorizadas pipocas
que estavam sendo vendidas a R$ 10, o que se viu ontem, na Arena Palmeiras ,
foi um time visitante com mais sede de ganhar. Desde os primeiros minutos o
time da baixada, se mostrou mais centrado e organizado. Com Lucas Lima livre e
flutuando por todo o campo, Ricardo Oliveira jogando fora da área e Geuvânio
sendo bastante acionado e impondo muita velocidade em cima do veterano Zé
Roberto, o Santos se mostrou muito mais presente no campo de ataque que o time
da casa. O Peixe mesmo jogando fora, chegou a ter quase metade da posse de bola
do primeiro tempo; (Palmeiras 52 % Santos 48%). Além disso, o clube praiano deu
nada mais nada menos que 7 arremates no gol de Fernando Prass. Os números não
mentem.
Mesmo superior e mais organizado, bastou uma única falha
defensiva, para que o confronto fosse decidido. Aos 29 minutos, depois do passe
de Cleiton Xavier, Robinho(impedido) fez o corta luz, para a chegada de Lucas,
que após deixar Cicinho para traz, cruzou para Leandro Pereira se antecipar ao
zagueiro Paulo Ricardo e fazer a alegria dos 38 mil palmeirenses.
Os times retornarão para a segunda etapa sem seus técnicos.
Após a confusa arbitragem de Vinicius Furlan, na saída para o intervalo, os técnicos
das duas equipes se exaltaram nas reclamações e ao voltar, Osvaldo e Marcelo
Fernandes, foram expulsos.
Mesmo atrás do placar, o Santos novamente
iniciou em cima, e por alguns instantes mostrou que mesmo jogando fora de casa
e sem seu comandante, poderia igualar o placar. Igualdade que só não existiu,
devido a inexperiência do bom zagueiro Paulo Ricardo, que depois de um chutão,
ficou no mano a mano com Leandro Pereira e o derrubou dentro da área. Pênalti e
cartão vermelho para o back santista. Com uma vantagem de 2 gols de diferença e
um jogador a mais, certamente hoje este texto teria um contexto completamente
diferente. Mas para o alivio da torcida alvinegra, o escolhido para a cobrança,
foi Dudu.
E o jogador que mais movimentou o mercado nesta temporada, não fez
jus ao que se esperava e isolou a oportunidade de ampliar a vantagem alviverde.
Desde então o que se viu foi um time que mesmo com um a menos, não abdicou de
jogar bola e por muito preciosismo de Ricardo Oliveira, não empatou o jogo.
Depois do fim dos primeiros 90 minutos da final, podemos chegar a duas
conclusões. O Santos mesmo com desfalques tem padrão, tem mais time e com
certeza o pênalti desperdiçado por Dudu, fará falta após o apito final.
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