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quinta-feira, 30 de abril de 2015

GUILHERME: UM CRAQUE DE VIDRO?!

É difícil formular uma opinião derradeira sobre o Guilherme. De que seja um craque, não existe dúvida; o problema são as suas recorrentes contusões, o que deixa o torcedor atleticano sempre com um pé atrás. O cara sempre aparece nas horas decisivas, vide a Libertadores, em 2013, e a Copa do Brasil, em 2014.
Fonte: Site oficial Atlético-MG

Em ambas as competições o maranhense teve participações irrepreensíveis com a camisa alvinegra. O problema é grande o número de vezes em que não entra em campo, graças às suas seguidas lesões. Daí as dúvidas do atleticano: Seria o Guilherme um craque de vidro? É viável mantê-lo no grupo, preservando-o somente para os momentos decisivos? O craque faz jus ao alto salário que recebe?

Indubitavelmente, são estas perguntas complicadas de serem respondidas. Afinal, desde o dia 24 de março de 2011, quando foi apresentado como jogador do Clube Atlético Mineiro, o meia-atacante Guilherme, jogou, até o dia 9 de Abril de 2015, 131 partidas com a camisa alvinegra, obtendo 66 vitórias, 34 empates e 31 derrotas, tendo marcado 27 gols. Até o momento, o jogador conquistou, com o manto do Galo, 2 campeonatos mineiros, 1 Libertadores, 1 Recopa Sulamericana e 1 Copa do Brasil.

Se olharmos, friamente, as vitórias e os títulos, é justo que o craque continue vestindo a camisa do Galo, afinal, quantos jogadores conquistaram tantos títulos em tão pouco tempo e por um mesmo clube?! Mas, se olharmos, por outro prisma: o ex-cruzeirense Guilherme, desde que chegou ao Atlético, sofreu cerca de 15 contusões, desfalcando o time em 112 partidas, muitas vezes, em momentos cruciais para o Galo.

Foram muitas as vezes em que pedi a cabeça do Guilherme. Nunca confiei num jogador que passara pelo rival; muitas vezes, jurando amores pela camisa azulada, e tantas vezes baleado. Não obstante, já endeusei o craque atleticano por outras tantas ocasiões. O cara sabe o que faz com a bola nos pés, tem excelente visão de jogo e, pasmem, consegue conduzir a bola e pensar ao mesmo tempo (para inveja do Berola!). Agora, resta-me a dúvida cruel: Manter o Guilherme, ainda que com todas as suas contusões e o alto salário, a espera de mais glórias alvinegras, ou agradecê-lo pelos inúmeros serviços prestados e sair em busca de um novo camisa 10, com bola e físico de atleta?


Já não consigo me decidir. Por isso, repasso-lhe a minha dúvida, caro leitor: Guilherme é apenas um craque de vidro, dispensável, apesar de tudo; ou uma joia que deve ser preservada, a fim de que ganhemos novos títulos e tantas glórias. Faça a sua escolha, que eu lavo as minhas mãos.

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