É
difícil formular uma opinião derradeira sobre o Guilherme. De que seja um
craque, não existe dúvida; o problema são as suas recorrentes contusões, o que
deixa o torcedor atleticano sempre com um pé atrás. O cara sempre aparece nas horas
decisivas, vide a Libertadores, em 2013, e a Copa do Brasil, em 2014.
Em
ambas as competições o maranhense teve participações irrepreensíveis com a
camisa alvinegra. O problema é grande o número de vezes em que não entra em
campo, graças às suas seguidas lesões. Daí as dúvidas do atleticano: Seria o
Guilherme um craque de vidro? É viável mantê-lo no grupo, preservando-o somente
para os momentos decisivos? O craque faz jus ao alto salário que recebe?
Indubitavelmente,
são estas perguntas complicadas de serem respondidas. Afinal, desde o dia 24 de
março de 2011, quando foi apresentado como jogador do Clube Atlético Mineiro, o
meia-atacante Guilherme, jogou, até o dia 9 de Abril de 2015, 131 partidas com
a camisa alvinegra, obtendo 66 vitórias, 34 empates e 31 derrotas, tendo
marcado 27 gols. Até o momento, o jogador conquistou, com o manto do Galo, 2
campeonatos mineiros, 1 Libertadores, 1 Recopa Sulamericana e 1 Copa do Brasil.
Se
olharmos, friamente, as vitórias e os títulos, é justo que o craque continue
vestindo a camisa do Galo, afinal, quantos jogadores conquistaram tantos
títulos em tão pouco tempo e por um mesmo clube?! Mas, se olharmos, por outro
prisma: o ex-cruzeirense Guilherme, desde que chegou ao Atlético, sofreu cerca
de 15 contusões, desfalcando o time em 112 partidas, muitas vezes, em momentos
cruciais para o Galo.
Foram
muitas as vezes em que pedi a cabeça do Guilherme. Nunca confiei num jogador
que passara pelo rival; muitas vezes, jurando amores pela camisa azulada, e
tantas vezes baleado. Não obstante, já endeusei o craque atleticano por outras
tantas ocasiões. O cara sabe o que faz com a bola nos pés, tem excelente visão
de jogo e, pasmem, consegue conduzir a bola e pensar ao mesmo tempo (para
inveja do Berola!). Agora, resta-me a dúvida cruel: Manter o Guilherme, ainda que
com todas as suas contusões e o alto salário, a espera de mais glórias
alvinegras, ou agradecê-lo pelos inúmeros serviços prestados e sair em busca de
um novo camisa 10, com bola e físico de atleta?
Já
não consigo me decidir. Por isso, repasso-lhe a minha dúvida, caro leitor:
Guilherme é apenas um craque de vidro, dispensável, apesar de tudo; ou uma joia
que deve ser preservada, a fim de que ganhemos novos títulos e tantas glórias.
Faça a sua escolha, que eu lavo as minhas mãos.
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