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terça-feira, 23 de junho de 2015

GILVAN: O CULPADO

Já estamos no final de junho de 2015 e o Cruzeiro permanece pecando pela falta de planejamento desde a saída de Alexandre Mattos no final de 2014.

O clube teve tempo suficiente para contratar um diretor de futebol, a torcida esperava que um dos principais responsáveis pelo sucesso do bicampeonato brasileiro fosse substituído à altura. Desde que Mattos saiu do Cruzeiro, o Presidente celeste, Dr. Gilvan, deu declarações contraditórias sobre o futuro desse cargo de extrema importância em qualquer clube. Gilvan chegou a afirmar que ele mesmo seria diretor de futebol (embora um presidente já possua atribuições em demasia), depois disse que contrataria um especialista para o setor - desde que achasse alguém que atendesse aos requisitos estipulados por ele -, para novamente dizer que não contrataria ninguém e que essa função seria dividida por Valdir Barbosa e Benecy Queiroz, que contariam com o apoio do Presidente.

Com a chegada de Vanderlei Luxemburgo foi ventilada a hipótese de o treinador atuar como um manager, tendo autonomia para buscar reforços para o time – o que não ocorreu de fato até agora.

Todas as possibilidades tentadas por Gilvan não deram certo e até o momento o Cruzeiro coleciona decepções na temporada. Foi eliminado nas semifinais do Campeonato Mineiro, caiu diante da torcida na Copa Libertadores e ocupa uma discreta 11ª colocação no Campeonato Brasileiro. O time já soma 10 derrotas no ano, para se ter uma ideia, é o mesmo número de derrotas que sofreu em toda a temporada de 2013, e ainda estamos no meio do ano.

O elenco cruzeirense sofre com a falta de jogadores de qualidade. Dois dos nossos jogadores mais técnicos, Lucas Silva e Éverton Ribeiro, foram vendidos e não vieram jogadores com características parecidas para ocupar o lugar. O meia de ligação foi prometido para o início da Libertadores, depois viria para a fase de mata-mata; fomos eliminados da competição e tal jogador ainda não foi contratado. Outras contratações vieram e os jogadores sequer estão sendo aproveitados no clube, casos de Riascos e Felipe Seymour. O despreparo dos dirigentes cruzeirenses beira o amadorismo, e todos os insucessos da temporada se devem a isso.

É hora de cobrar do Dr. Gilvan um compromisso sério com o clube, precisamos de um diretor de futebol em caráter de urgência. Ele se cercou de pessoas incompetentes e só ele pode mudar essa situação. Ainda temos trinta rodadas do Campeonato Brasileiro a serem disputadas e uma Copa do Brasil inteira, a temporada não está perdida, mas é preciso agir. Alô, Gilvan, devolve o meu Cruzeiro bicampeão brasileiro!!!




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