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terça-feira, 14 de julho de 2015

Arriscar ou estacionar?

No início do ano o Grêmio avisou que a política seria reduzir os custos. Pois bem, vendeu Barcos, Moreno, emprestou atletas, livrou-se de outros e assim foi reduzindo a folha e equilibrando as finanças. 

Saída de Rhodolfo é prejudicial para as pretensões do Grêmio
(Foto: Correio do Povo)
Porém, dentro de campo, a gurizada apanhava e o treinador não dava carinho, e sim cobrava reforços da direção. Eis que no meio disso surge Cebolla. As coisas melhoram dentro de campo. Lógico que Cebolla nem fardou direito, mas sua presença tirou o peso do time e fez naquele momento o pessoal render o suficiente para derrotar as equipes do interior. Naquele momento aquilo era o bastante. Até que, na final do estadual, dois tropeços e outro vice campeonato e o discurso de conter gastos era avacalhado pelo treinador, que cobrava reforços de peso em público, coletiva após coletiva. 

Na sequência, o antigo treinador saiu e nada de reforços. O torcedor, que antes acreditava quase nada, naquele momento temia pelo pior no campeonato que começava. Roger chegou e com ele algumas mudanças. O pessoal perdeu aquele peso do Felipão e começou a render o máximo. Jogadores esquecidos foram lembrados, como Edinho, Fernandinho e Máxi Rodriguez. No campo a equipe empolgava. Dentro de casa, uma máquina, intensa, veloz, cheia de tesão na partida. Já fora de casa é um ponto aqui, outro lá, mas vontade não falta na equipe. 

Porém, a saída de Rhodolfo representa o momento do Grêmio na década. Abrir mão do capitão, do melhor zagueiro do elenco, de um líder por 4 milhões de euros é um tiro no pé. Já falta o centroavante, além daquele meia de velocidade, e tu ainda vende o teu melhor zagueiro. A meu ver, Romildo tem uma carta na manga: ou Henrique ou Felipe Santana. Mas a questão é: por que vender Rhodolfo? Por que não contratar as peças-chave e tentar disputar o título? Ele é possível, basta o Grêmio querer, basta o presidente arriscar, não vender, e sim contratar. 


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