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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Perdemos a batalha, mas jamais a guerra

Era uma guerra anunciada. A batalha da salvação para Flamengo e Vasco. O duelo que traria mais confiança e tranquilidade para o vencedor. E, além de todos os componentes dramáticos que acompanham a temporada de ambas as equipes, era um clássico. Portanto, muita garra em campo e entrega de todos os jogadores – principalmente os Cruzmaltinos, que pareciam querer mostrar serviço ao novo técnico, Jorginho.

Assim, nada mais “normal” que os primeiros minutos fossem repletos de lances faltosos. No entanto, os 22 jogadores em campo encarnaram-se em papeis de guerreiros e fizeram do gramado do Maracanã um legítimo campo de batalha. Ao todo, foram 26 faltas, somente no primeiro tempo – 13 para cada lado. Para quem não sabia o que se passava, o jogo podia ser confundido com uma luta de artes marciais.

Com pouco brilhantismo ofensivo, a única jogada perigosa do Flamengo foi uma bola alçada na área que sobrou para Guerrero, livre e de cara para o gol, chutar em cima do arqueiro rival. No mais, os minutos seguintes foram torturantes para o espectador.

Se no primeiro tempo faltou emoção, a etapa final foi um balde de água fria na Nação Rubro Negra. Um Flamengo completamente apático e rendido em campo, sem nenhum poder de marcação ou criação, e que acumulava sequência de lances bizarros. Não demorou muito e o castigo veio:  aos 12 minutos, boa jogada de Riascos e belo gol de Jorge Henrique. Vasco sai na frente. Vence a batalha, mas não a guerra.

(Foto: André Durão)
A próxima batalha é fundamental para o Rubro Negro. Sem o capitão Wallace, expulso na partida desta quarta-feira (19), iremos precisar muito mais do que um Guerrero prostrado no ataque. Precisaremos de onze guerreiros. Que joguem por milhões. Que lutem por um time. Que honrem uma história. Que vençam essa guerra.

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