Paciência, essa deve ser a palavra de ordem na cabeça do torcedor colorado em 2016.
O Inter passa por um momento de transição, depois de muito tempo com líderes quase que absolutos dentro do vestiário como: D'Alessandro, Fernandão, Iarley, Clemer, Índio, Bolívar, Guiñazu, Dida, Juan, jogadores com "bagagem" e inúmeras conquistas, hoje o vestiário vermelho é tomado pela gurizada.
"Aylon é a aposta pro ataque em 2016." Foto: zh.clicrbs.com.br |
Embora tenhamos jogadores experientes no elenco como Réver, Alex, Anderson, o momento é de atenção e cautela, a derrota pro VEC no meio de semana evidenciou que a juventude do grupo colorado traz consigo o nervosismo no momento de adversidade e a falta de maturidade pra acalmar a partida e recolocar o time no jogo.
Alex, embora tenha participado dos melhores momentos do clube, não consegue exercer a liderança de forma natural, e o declínio técnico do camisa 12 faz com que a torcida com razão questione seu rendimento na equipe, entrou mal na quarta-feira e cada vez mais me convence que já deveria ter encerrado seu ciclo no Beira-Rio.
Anderson segue fazendo mais do mesmo, é meio tempo bom, outro tempo razoável/ruim, tem quem sustente que o camisa 8 precisa de sequência como armador, tem quem o queria longe do Beira-Rio, confesso que fico com a segunda opção.
Em meio a tudo isso, Alisson Farias, Aylon, Andrigo, Bruno Baio, Artur, Willian, Rodrigo Dourado, jogadores jovens, oriundos da base do clube, uns trazem certa experiência no time titular, outros brigam por espaço e sofrem com a desconfiança do torcedor.
Entendo que as oscilações serão naturais, torço para que alguns desses garotos conquistem a torcida com boas atuações, gols e vitórias, mas é preciso respaldo do torcedor quando as coisas não acontecem, não me parece que a utilização desses garotos tenha ocorrido em um momento certo e por extrema convicção, vivemos um período de dúvidas na Padre Cacique, a saída de D'Alessandro, a ausência na Libertadores, os questionamentos contra a atual direção, a insegurança no trabalho de Argel, a falta de dinheiro, tudo isso assusta e em meio a tudo isso a gurizada busca seu espaço.
Defendo sim a utilização da base, desde que ela seja feita com coerência e no momento oportuno, não por simples e pura necessidade, me assusta a possibilidade de perdermos esses meninos porque simplesmente sucumbiram em um time mal organizado taticamente, ou com um ambiente de cobrança excessiva, afinal não é novidade pra ninguém que de uns anos pra cá a torcida colorada se tornou uma das mais exigentes do país.
Quarta-feira por exemplo ouvi no Beira-Rio, frases do tipo: "Esse Andrigo é uma mentira...", "Alisson Farias é horrível...", "Willian é péssimo lateral...", pois então, é preciso paciência com a gurizada, é natural que na derrota a insatisfação apareça, mas já que estamos utilizando a base vamos dar suporte aos meninos, essa gurizada precisa do nosso apoio, vamos dar tempo ao tempo, prestar atenção no trabalho de Argel, e torcer para que logo ali adiante esses meninos honrem a camisa e a história do "Celeiro de Ases"
Paciência com a gurizada, 2016 pelo jeito é com eles...
Por: Jonas Almeida
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