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quarta-feira, 9 de março de 2016

Que o passado seja inspirador!

Na noite de hoje o Corinthians enfrenta o Cerro Porteño, no Paraguai, pela Copa Libertadores 2016. A partida válida pelo grupo 8 do principal torneio continental pode adiantar muito a classificação do time Brasileiro às oitavas de final.

Se pudéssemos viajar no tempo quase 17 anos, mais precisamente para o dia 10/3/1999, veríamos que Corinthians teve pela frente o mesmo Cerro, pela mesma Copa Libertadores, mas naquela ocasião no Pacaembu, neste que seria um jogo inesquecível para este que vos fala.

Naquela quarta-feira, o então campeão Brasileiro de 1998 faria sua estreia em casa depois de perder para um rival paulista fardado de verde (não citarei o nome, pois dá AZAR em dia de jogo!) na primeira rodada. Em um grupo que além dos Brasileiros e do Cerro trazia o também Paraguaio Olimpia, eram colocados frente a frente dois rivais ferrenhos de dois países diferentes, algo raro na história da competição

Vamos aos fatos:
O Corinthians subiu ao gramado do Pacaembu para aquela partida alinhado com
Nei; Índio, Cris, Gamarra e Silvinho; Vampeta, Rincón, Ricardinho e Edílson; Fernando Baiano e Dinei.  Comando por conta do lendário Evaristo de Macedo.

Sem Marcelinho Carioca, o então grande jogador daquela geração alvinegra, o Coringão entrou em campo sob a desconfiança da torcida, já que os resultados recentes não eram lá muito satisfatórios, e a não contratação de um camisa 9 de peso para fazer dupla com o capetinha Edílson irritara boa parte da Fiel. A solução caseira para a centroavância alvinegra foi Fernando Baiano, que aos 19 anos vinha de uma brilhante Copa SP de Juniores. Mas estaria ele preparado para comandar o ataque Corinthiano?


                                                                                        Evelson de Freitas/Folha Imagem

E ELE ESTAVA.

Depois do placar aberto pelo capeta logo aos 5 minutos de partida, Fernando Baiano incorporou Casagrande da época da democracia e começou a fazer gols de todos os jeitos possíveis, tanto que em uma sequência incrível já cravava seu HAT-TRICK com menos de 16, sim, DEZESSEIS minutos de jogo no Paca. Absurdo.

O primeiro tempo terminou 6x1, VIROU PASSEIO, com gol de Índio e mais um do menino Baiano. Mauro Caballero descontou para o Cerro, que perdido em campo abusava dos ponta-pés.

LIBERTADORES MEU AMIGO!

Na segunda etapa o lateral Silvinho marcou o sétimo logo aos 9, confirmando a festa na favela, que ainda veria ele, FERNANDO BAIANO, fazer seu quinto gol na partida com uma estilingada de canhota no canto do infeliz arqueiro visitante. Ainda houve mais um gol do Cerro no meio do caminho, mas a história já estava escrita:

Naquela noite de Março o Corinthians fazia 8 gols e aplicava a maior goleada de sua história na Libertadores da América até a presente data. Um dia inesquecível para todos que estiveram no Pacaembu, e para mim, que não fui ao estádio, mas assisti ao jogo escondido dos meus pais que no alto dos meus 8 anos de idade não me deixavam assistir os jogos até o fim nas quartas-feiras, culpa do horário.
De qualquer forma, valeu a pena aplicar este DIBRE na senhora minha mãe, pois para ver GAMARRA, RINCÓN e pelo menos naquela noite Fernando, o Baiano, valia tudo.

Que hoje André, o Balada, seja tomado pelo espírito de Fernando Baiano e faça uma penca de gols na agremiação Paraguaia, pois desse jeito vai ficar legal, pagode na COHAB no maior astral. E avisa o Edílson cachaça que vai ter danone a vontade!

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