A fisionomia que representou a derrota para o Nacional, e o fim da era Gargamel. |
Não foi uma derrota qualquer. Foi uma derrota dolorida, nos padrões de Brasil 1x7 Alemanha. Quando comecei a montar esse pós jogo, senti novamente uma sensação de pleno luto. Como se houvera perdido um parente próximo, ou amigo querido. E com essa sensação horrível que o torcedor Palmeirense amanheceu hoje, tendo a consciência que a equipe poderia render muito mais, jogar um futebol descente, sufocar o adversário e dar alegrias aos seu torcedor. A equipe não apresentou um futebol que fosse digno de Palmeiras, como infelizmente se tornou rotineiro na era Marcelo Oliveira, com criação pobre de jogadas, falhas na marcação grotescas, tanto individuais quanto coletivas.
Quando o Nacional marcou o primeiro gol, com o bom atacante Nico López, pensei que seria uma punhalada na alma, com requintes de crueldade de falhas de Jean e Vitor Hugo, nas quais cicatrizaria com a virada do Palmeiras. Me enganei, pois quando Barcia marcou o segundo gol 90 segundos após o primeiro tento, com falha de Zé Roberto que não acompanhou a linha defensiva de 4 jogadores. Erro este que feriu ainda mais a minha alma , e de toda nação Palestrina. Sensação de impotência tomou conta, numa mistura de ódio com indignação, haja vista que estávamos confiantes em mais uma vitória no Allianz Parque, na qual, no apagar das luzes, após a justa expulsão de Fucile, Gabriel Jesus deu uma sobrevida para acreditar, mas que no final das contas foi em vão.
Mesmo com maioria da posse de bola a equipe não era incisiva, ao contrário, não sabia o que fazer com a pelota. Não sabia que jogada planejar, e acabava abusando nos cruzamentos. Chegando a colocar Vitor Hugo como Centroavante, e que acabara no fim com dois jogadores a mais em campo, devido a expulsão de Léo Gamalho, aos 47 minutos da etapa final.
Seguiu sem ser criativo, tendo criado duas chances em cabeceios do camisa 4 do Verde, e uma chance de ouro com Lucas, aos 49 minutos da etapa final. A finalização acertou a junção entre a trave o travessão. Foi revoltante, assim como a era Marcelo Oliveira, mesmo sendo era campeã.
Revolante, pois com um bom elenco que temos, depender da bola aérea para furar uma retranca ferrenha é ridículo, tão ridículo quanto o trabalho de Marcelo Oliveira. Acho-o um excelente treinador desde a época de Paraná Clube, mas que inexplicavelmente não deu liga no Verdão. Maior prova do fracasso foi na partida de ontem (09), que colocou Egídio, Allione e Alecsandro, modificando o sistema de jogo, na tese sendo altamente ofensivo. Mas ficou na tese, pois durante a partida toda, faltou criatividade e coletividade, comprovando algo que mesmo na maioria das vitórias afirmava: Não existiu um conjunto definido, muito menos um padrão. Ah, mas existiu 4-2-3-1, 4-3-3, testou 3-4-2-1, mas que no fim, não deu liga. Ganhamos uma Copa do Brasil graças a torcida, e saindo de 2015 para 2016 os problemas continuaram. Jogadores queriam derrubar M.O.? Os boleiros não assimilaram a resenha? Não sei, mas o que sei é o fato da metodologia do treinador com mais títulos nacionais na década, não funcionou.
Derrota culminou em sua saída, e seus auxiliares Tico dos Santos e Ageu Gonçalves, e mesmo que suspenso da partida de ontem e com a equipe sob comando de Auxiliares, deixou exposto que de um bom grupo, transformou-o em um bando de perebas, com lampejos de qualidade. Foi a oitava derrota como mandante, nas mãos de Marcelo, e foi a última em seu comando. Pois devido a falta desse comando, fomos sapecados por Ferroviária, Linense, Coritiba, Nacional, entre outros.
Achar culpa nos erros individuais é fácil, mas erros esses que são ocaaionados devido a erros coletivos, ou de passividade, abatimento ou mau posicionamento em campo.Muito embora o trio de arbitragem tenha sido passivo diante de um adversário catimbeiro, maldoso e tinhoso, não é desculpa para o pífio futebol. Não é desculpa para uma pobreza de desempenho que durou 9 meses. Tempo de gestação com um time/filho com defeitos absurdos.
É uma derrota que machuca,magoa, e que entristece muito a nação Palestrina? Sem dúvida alguma. Mas nessas horas que o clube não se encontra bem, é que a torcida se apega mais ainda ao clube que torce e venera. Torceremos por dias melhores, e seja com Cuca, Boi Tatá, Curupira, ou quem for, que o Palmeiras volte a ser competitivo, volte a jogar como Palmeiras, volte a jogar dignamente como o gigante Palmeiras.
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