Você gosta da camisa preta do Timão? “Agradeça” aos Anticorinthianos!

Quando o Corinthians surgiu era apenas uma ideia viva, sem lugar para existir, a não ser na cabeça e no coração daqueles 5 operários. E deles essa ideia viva, que era uma utopia se concretizou.

O que traz essa ideia para nosso plano terreno e material é o nosso Manto Sagrado.

A Camisa do Corinthians guarda toda a simbologia do Clube do Povo, surgido do coração e da ideia sem lugar para existir.

De setembro de 1910 a março de 1913, o Corinthians entrava nos campos com o Manto Sagrado sem nenhum emblema. Apenas uma camisa. Era fácil saber que o TODO PODEROSO TIMÃO estava jogando, a multidão em volta do campo denunciava.

Essa multidão foi o que fez o Corinthians seguir na luta, matando um leão por dia. E foi nesse espirito que o Coringão se tornou a Seleção Varzeana, o Galo Brigador das Várzeas.

Foi com camisa branca, calção preto e meias pretas que o Corinthians bordou pela primeira vez um emblema no Manto Sagrado.

Em março de 1913, em uma atitude bem ousada o Corinthians entrou num torneio de acesso para sair da várzea e entrar no campeonato oficial chamado de “A Liga”. Nesse campeonato era obrigatório ter uma “identificação” no uniforme.

Às pressas, na véspera do jogo, foram bordadas as iniciais do clube, o "C" e o "P" sobrepostos, nas onze camisas.

Fonte: Desconhecida

Com esse Distintivo, o Corinthians alcançou seu lugar na Liga. Depois de passar por todas as barreiras de preconceitos. (Sim, o anti-Corinthianismo é tão velho quanto o próprio Corinthianismo)

Todos os clubes tinham donos e patrões, o Corinthians não. Era um verdadeiro sindicato de boleiros, uma seleção das Várzeas.

No primeiro campeonato, de 1913, nosso Coringão não obteve êxito.

Se reformulou, e subiram do time dos aspirantes (Categorias de base) Amilcar e Neco. Com eles, o Corinthians foi, pela primeira vez em sua História, Campeão Invicto em 1914.

Fonte: Desconhecida

Aqui há uma nova mudança no distintivo, que era um escudo de formato mais quadrado, que portava um P no centro, e o C era representado por uma Ferradura.

Fonte: Desconhecida

Devemos ressaltar que o Corinthians não tinha dinheiro nenhum em caixa, e sobrevivia e se desenvolvia com o esforço comum a todos os Corinthianos.

A imprensa passou a chamar “A liga” que o Corinthians tinha acabado de conquistar de maneira invicta de “fraca” e fez um convite ao Corinthians para participar da Liga “Forte” que era o campeonato da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos).

Para que participasse da liga chamada de “Forte” (Em alguns jornais chamavam de “Rica”) em 1915, no começo do ano, o Corinthians tinha que fazer parte da APEA. Era uma cilada!

Claro que os times da Liga “Rica” não queriam o nosso Corinthians dentre eles. Podemos ver que não é de hoje que o Corinthians incomoda muita gente.

O Coringão em sua inocência aceitou participar. Se desfiliou da Liga “Pobre” e se inscreveu na Liga “Rica”.

Aí veio o primeiro ato anticorinthiano.

Não era para disputar o campeonato. Era apenas para representar a APEA em amistosos. Ou seja, jogos treinos para os outros times se fortalecerem.

Não havia como voltar atrás. O Povo ficou bravo (com razão), mas a armadilha já estava fechada. Não tinha como escapar. Restava apenas a resistência.

Então o Corinthians, neste ano de 1915, fez apenas amistosos, e emprestou seus jogadores.

O que poucos sabem é que a APEA também proibiu o Corinthians de usar seu uniforme. Os amistosos teriam de ser disputados com um uniforme alternativo. Sim, proibiram o Corinthians de usar seu Manto!

E o Corinthians com sua torcida e sua força criou a camisa preta com listras brancas. Nessa camisa não há qualquer distintivo. Ela representa a máxima resistência do Corinthians frente a qualquer adversidade.

Fonte: desconhecida

Os anticorinthianos quiseram acabar com o Corinthians, com um golpe que extinguiria qualquer clube nesse mundo, mas com o Corinthians foi diferente, apoiando o Time do Povo estava o amor da Fiel Torcida.

Portanto, a camisa preta simboliza essa máxima resistência Corinthiana perante a anticorinthiania doentia.

Viva o CORINTHIANS nosso de cada dia!

por Isaque Domingos

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