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terça-feira, 17 de maio de 2016

Aqueles que nascem com estrela

Max Verstappen durante o GP da Espanha de F1 - Foto: Emilio Rodrigues
Pode parecer exagero meu, mas a impressão que tive durante as voltas finais do Grande Prêmio da Espanha realizado em Barcelona, foi que todas as mais 85 mil pessoas presentes no autódromo estavam torcendo por um só piloto, era clara a ansiedade, a surpresa e a alegria de todos por estar acompanhando a história sendo feita diante de nossos olhos.

18 anos, essa é a idade do mais novo vencedor da Formula 1, Max Verstappen dificilmente terá seu recorde batido, seu antecessor, o tetracampeão Sebastian Vettel conseguiu a proeza pilotando uma Toro Rosso aos 21, e já era considerado precoce para os altos padrões estabelecidos pela categoria. Padrões esses que foram destruídos pela incontestável vitória de Max no domingo. Vitória que provou que a Formula 1 é um esporte fantástico, cheio de imprevistos e que consagra aqueles que tem talento e acima de tudo estrela.

Mas então, o que há de comum entre os dois prodígios, Verstappen e Vettel? A respota é, quase nada. A não ser pelas equipes pelas quais pilotaram e a mão do Dr. Helmut Marko. O austríaco de 73 anos é o braço direito do proprietário de duas equipes na F1, e é quem manda e desmanda na Red Bull e Toro Rosso.

Quando anunciou o rebaixamento de Daniil Kvyat e a promoção de Verstappen, após o GP da Rússia, Marko e a Red Vull foram duramente criticados. Parecia, naquele ponto, que os incidentes entre Kvyat e Vettel tinham definido o futuro do russo. No entanto a troca entre Verstappen e Kvyat já era algo planejado à algum tempo.

Na intenção de manter Verstappen sob a tutela do grupo dos energéticos, os rubro taurinos se viram na eminência de promover o garoto, enquanto a falta de performance de Kvyat, abriu as portas para a troca. Os rumores são fortes de que outras equipes já estavam conversando com Max e o pai Jos Verstappen. Com a ascensão a equipe principal e uma vitória brilhante logo na primeira corrida, podemos imaginar um longo casamento entre Red Bull e Verstappen, tal qual aquele que rendeu 4 títulos mundiais com Sebastian Vettel.

A decisão se mostrou mais do que acertada ao vermos Verstappen e Marko no pódio de Barcelona. É verdade que o resultado só foi possível graças ao enrosco entre as duas Mercedes, mas o que Verstappen fez foi coisa de gênio. Conseguiu de forma espetacular controlar o desgaste dos pneus, o que é muito alto no circuito catalão, segurar Kimi Raikkonen e ainda por cima bater o companheiro de equipe, ninguém menos que Daniel Ricciardo, proeza digna dos campeões com estrelas maiúsculas.
Kimi Raikkonen bem que tentou, mas foi impossível superar Verstappen em Barcelona - Foto: Emilio Rodrigues
Presenciar essa corrida ao vivo foi uma das coisas mais incríveis que já vi nesse esporte. No fim da prova foi difícil segurar a emoção ao ver todos em pé aplaudindo um garoto de 18 anos que acabava de fazer história, aliás esse foi o comentário que ouço desde domingo de amigos e colegas, de que fui um privilegiado de ver, sentir e ouvir "inloco" a história acontecendo.

A vitória de Verstappen faz bem ao esporte, faz bem as novas gerações, faz muito bem a essa temporada que até agora ficará marcada por esse domingo na Catalunha. Mesmo que essa conquista possa esconder uma certa injustiça com a carreira de Daniil Kvyat, vence o esporte, vence Verstappen, vence Marko, Red Bull e Horner, vencem os mais fortes, os com estrela.

por Emílio Rodrigues


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