É
verdade, se fosse contra o cruzeiro seria mais fácil; mas, jogo contra time
grande é mesmo complicado. A Caldense pode não ser um grande clube, apesar de
toda a sua tradição, no entanto, fez um belo time, que impressionou pela
organização e a qualidade de vários atletas; no final, porém, valeu o peso da
camisa alvinegra e a estrela do Jô salvador.
O
jogo foi feio, sem grandes jogadas, mas, repleto de raça e luta, símbolos do
Galão da Massa. Os problemas do Atlético ficaram latentes, demonstrando que,
defensivamente, muita coisa deve ser repensada. No meio, o camisa 10 ainda é
uma incógnita e o Giovani Augusto pode ter uma chance na equipe titular.
Antes
do jogo, a apreensão era grande, ainda que a confiança fosse maior. Eu havia
apostado nos 2 a 0, mas, a falha do Víctor, ao soltar a bola no meio da área
para o gol da Caldense fez melar o palpite. Restou-me acreditar nos 2 a 1, já
na esperança de que o Jô, há mais de um ano sem balançar as redes, pudesse ser
o nosso salvador.
E
ele, do seu cantinho, no acanhado banco de reservas, continuava a viver o seu
inferno astral, e, agora, ainda pensava no filho, adoentado, num leito
hospitalar. E, ao entrar, certamente que várias ideias assolavam a sua mente. Com
certeza pensava no filho e, creio eu, sonhava com o gol, que daria fim a todo o
seu padecimento.
E eis que veio o gol,
de coxa, completamente sem jeito, para lavar a alma e tirar a urucubaca que tomava
a sua vida. Foi um grande gol do Jô, mais que isso: foi um Jôôôôl do Galo. À
Caldense restaram as reclamações e a certeza de que, em 2015, nos seus noventa
anos de idade, é ele o segundo melhor time de Minas, com toda a sua tradição e
sua grandeza. Parabéns à Caldense e Jôôôôl do Galo!
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