Fala,
Mulambada!
Ficaram
animados com o jogo de ontem? Bom, a despeito de ter sido
uma vitória sobre uma “carne assada” (e cá entre nós, sem esse
papo de “com todo respeito ao outro time”, primeiro porque não
somos jogadores/técnicos/dirigentes que têm a sonolenta obrigação
de seguir esse discurso politicamente correto, segundo porque
posicionando-nos contra a FFERJ e seus desmandos automaticamente
posicionamo-nos contra seus apoiadores, sabidamente o caso de nosso
adversário de ontem), achamos que há sim motivo para ficarmos
animados com muitas coisas que pudemos observar.
Merece
muito destaque, por exemplo, o futebol que vem apresentando o Arão.
Garoto bom na marcação, com ótimo senso de posicionamento
defensivo, que acerta passes (sim, agora temos um volante que desarma
e sabe passar) e que, com frequência, aparece como fator surpresa
no ataque, inclusive com gols.
Cirino: boa atuação. (Cleber Mendes / Lancepress) |
A
recuperação do Cirino também vem enchendo nossos olhos. Muricy está trabalhando fortemente pela retomada de todo
o potencial do atacante, acertando sua maneira de jogar (fazendo com
que ele volte à característica que o transformou em destaque, que é o jogo pelos lados de campo, com inversões rápidas de
posicionamento, azucrinando os laterais a deixando o atacante
centralizado sempre bem servido de bolas açucaradas).
E
a subida de produção da dupla Sheik e Guerrero? É claro que
tecnicamente ambos estão retomando o ritmo e a produtividade que os
trouxeram à Gávea, mas não temos como não dar amplo mérito à
EXOS e à estrutura de preparação física que vem sendo
implementada. Pessoal, estamos na primeira semana de fevereiro, e o
time em sua grande maioria já está “voando”. Há pouco tempo
atrás, só veríamos este grau de desempenho lá pelo final do
primeiro turno do Estadual. Imaginem, meus amigos, o que será a
preparação de nosso time, com o Ninho totalmente concluído, com
toda a infraestrutura à altura do Flamengo.
Algumas
situações chamam a atenção negativamente por ainda se arrastarem.
Por exemplo, a persistência na escalação de Márcio Araújo e
Wallace (insisto em afirmar que ambos não têm tamanho para estarem
em nosso time, quiçá em nosso clube), ainda que a nós esteja claro
que ambos possuem “data de validade”. Por mais que saibamos que
Mancuello certamente chega para tomar a vaga no meio-campo criativo,
ainda dói a vista observarmos a escalação com Alan Patrick que, se
não é tão “persona non-grata” assim, muitas vezes vive
verdadeiros apagões em campo (tal como no jogo de ontem, onde
basicamente não figurou em nenhuma ação do time, seja ofensiva ou
defensivamente).
Wallace ouve vaias e não comemora o gol diante do Macaé. (Cleber Mendes / Lancepress) |
Nosso arqueiro PV, embora incidentalmente faça
defesas difíceis, ainda demonstra uma enorme e incômoda insegurança
nas saídas de bola aérea, sendo diretamente responsável por quase
todas as “pontadas no coração” que sentimos quando das bolas
cruzadas pelos adversários. E, claro, a falta da chegada de um
zagueiro nível A para compor a zaga
com o Juan, e terminar de vez com a influência do talibã em terras
rubro-negras.
No
entanto, algumas situações vistas ontem chamaram a atenção sim,
mas desta vez muito positivamente. Rodinei, que viveu um 2015 muito
bom na Ponte, parece demonstrar que chega com vontade de repetir aqui
a série de boas atuações. Foi realmente muito bem ontem, ainda que
mostrando relativa fragilidade defensiva (o que, pensamos, será
“compensada” em campo com a chegada do Cuellar), atuando com
muita intensidade e efetividade em termos ofensivos.
Já pela lateral
esquerda, vemos ainda o menino Jorge muito “tímido” em relação a todo o potencial que já sabemos que ele tem. Neste sentido, a
entrada do Everton no lugar do Patrick, que ensejou a mudança do
esquema tático naquele momento do 4-3-3 para o 4-4-2 (como o Everton
joga bastante aberto no meio, quase como um ala, sua entrada acaba
por “forçar” o recuo de um dos dois atacantes de “lado de
campo”), provocou uma clara melhora de nosso lateral, culminando
com o lance (genial, diga-se) do segundo gol.
Bem,
eis a análise. A despeito do adversário meia-bomba, e de ainda ter
bastante o que acertar, pensamos que dá para cravar: está
engrenando, e tem tudo para acelerar! E quando acelera, sai da frente que é sem freio.
Vai
que tô te vendo, Flamengaço!
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