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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Engrenando...

Fala, Mulambada!

Ficaram animados com o jogo de ontem? Bom, a despeito de ter sido uma vitória sobre uma “carne assada” (e cá entre nós, sem esse papo de “com todo respeito ao outro time”, primeiro porque não somos jogadores/técnicos/dirigentes que têm a sonolenta obrigação de seguir esse discurso politicamente correto, segundo porque posicionando-nos contra a FFERJ e seus desmandos automaticamente posicionamo-nos contra seus apoiadores, sabidamente o caso de nosso adversário de ontem), achamos que há sim motivo para ficarmos animados com muitas coisas que pudemos observar.
Merece muito destaque, por exemplo, o futebol que vem apresentando o Arão. Garoto bom na marcação, com ótimo senso de posicionamento defensivo, que acerta passes (sim, agora temos um volante que desarma e sabe passar) e que, com frequência, aparece como fator surpresa no ataque, inclusive com gols. 
Cirino: boa atuação. (Cleber Mendes / Lancepress)
A recuperação do Cirino também vem enchendo nossos olhos. Muricy está trabalhando fortemente pela retomada de todo o potencial do atacante, acertando sua maneira de jogar (fazendo com que ele volte à característica que o transformou em destaque, que é o jogo pelos lados de campo, com inversões rápidas de posicionamento, azucrinando os laterais a deixando o atacante centralizado sempre bem servido de bolas açucaradas).
E a subida de produção da dupla Sheik e Guerrero? É claro que tecnicamente ambos estão retomando o ritmo e a produtividade que os trouxeram à Gávea, mas não temos como não dar amplo mérito à EXOS e à estrutura de preparação física que vem sendo implementada. Pessoal, estamos na primeira semana de fevereiro, e o time em sua grande maioria já está “voando”. Há pouco tempo atrás, só veríamos este grau de desempenho lá pelo final do primeiro turno do Estadual. Imaginem, meus amigos, o que será a preparação de nosso time, com o Ninho totalmente concluído, com toda a infraestrutura à altura do Flamengo.
Algumas situações chamam a atenção negativamente por ainda se arrastarem. Por exemplo, a persistência na escalação de Márcio Araújo e Wallace (insisto em afirmar que ambos não têm tamanho para estarem em nosso time, quiçá em nosso clube), ainda que a nós esteja claro que ambos possuem “data de validade”. Por mais que saibamos que Mancuello certamente chega para tomar a vaga no meio-campo criativo, ainda dói a vista observarmos a escalação com Alan Patrick que, se não é tão “persona non-grata” assim, muitas vezes vive verdadeiros apagões em campo (tal como no jogo de ontem, onde basicamente não figurou em nenhuma ação do time, seja ofensiva ou defensivamente). 
Wallace ouve vaias e não comemora o gol diante do Macaé. (Cleber Mendes / Lancepress)
Nosso arqueiro PV, embora incidentalmente faça defesas difíceis, ainda demonstra uma enorme e incômoda insegurança nas saídas de bola aérea, sendo diretamente responsável por quase todas as “pontadas no coração” que sentimos quando das bolas cruzadas pelos adversários. E, claro, a falta da chegada de um zagueiro nível A para compor a zaga com o Juan, e terminar de vez com a influência do talibã em terras rubro-negras.
No entanto, algumas situações vistas ontem chamaram a atenção sim, mas desta vez muito positivamente. Rodinei, que viveu um 2015 muito bom na Ponte, parece demonstrar que chega com vontade de repetir aqui a série de boas atuações. Foi realmente muito bem ontem, ainda que mostrando relativa fragilidade defensiva (o que, pensamos, será “compensada” em campo com a chegada do Cuellar), atuando com muita intensidade e efetividade em termos ofensivos.
Já pela lateral esquerda, vemos ainda o menino Jorge muito “tímido” em relação a todo o potencial que já sabemos que ele tem. Neste sentido, a entrada do Everton no lugar do Patrick, que ensejou a mudança do esquema tático naquele momento do 4-3-3 para o 4-4-2 (como o Everton joga bastante aberto no meio, quase como um ala, sua entrada acaba por “forçar” o recuo de um dos dois atacantes de “lado de campo”), provocou uma clara melhora de nosso lateral, culminando com o lance (genial, diga-se) do segundo gol.
Bem, eis a análise. A despeito do adversário meia-bomba, e de ainda ter bastante o que acertar, pensamos que dá para cravar: está engrenando, e tem tudo para acelerar! E quando acelera, sai da frente que é sem freio.
Vai que tô te vendo, Flamengaço!
Abração, SRN!






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