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terça-feira, 16 de julho de 2019

Análise: Flamengo x Goiás

De Arrascaeta, Gabigol e Éverton Ribeiro comemoram um dos gols do uruguaio. Reprodução: Flamengo / Alexandre Vidal.


No último domingo, mais de 65 mil pessoas estiveram no Maracanã acompanhando a vitória avassaladora do Flamengo sobre o Goiás. Havia a expectativa para observar como o time comandado por Jorge Jesus, pela primeira vez no Rio de Janeiro, iria se portar tendo a pressão/obrigação de vencer um adversário que, apesar de limitado, fazia ótima campanha no campeonato brasileiro até então. 

O placar de 6x1, que poderia ter sido mais amplo não fosse o goleiro Tadeu, que fez grandes defesas, refletiu bem o que foi o jogo. Logo no início o Flamengo assumiu o controle da partida e, consequentemente, a liderança do placar com De Arrascaeta marcando após uma bela jogada coletiva. Em seguida, com um erro grotesco de Rodrigo Caio, o Goiás buscou o empate com Kayke. O esmeraldino teve outra chance com Michael, que finalizou forte na trave e foi só. Apesar de a demora para o rubro-negro voltar a balançar as redes, o jogo se mantinha sob controle e parecia questão de tempo para a equipe carioca retomar a liderança no placar. Aos 43, em mais uma excelente jogada coletiva, o Flamengo ampliou com a ajuda do goleiro Tadeu, que marcou contra. A partir daí veio a chuva de gols. Ainda no primeiro tempo, com duas assistências de Gabigol, De Arrascaeta marcou seu primeiro hat-trick com a camisa do Flamengo. Na segunda etapa os papéis foram invertidos. Duas assistências do uruguaio para o camisa 9 completar a goleada, no Maracanã. 

Chamou a atenção a forma como o Flamengo teve o domínio absoluto do jogo e um apetite enorme pela vitória, buscando o gol a todo instante, algo que não acontecia com o time sob o comando da comissão técnica anterior que, ao abrir o placar, recuava, priorizava o jogo reativo, na base do contra-ataque. Em determinado momento o Flamengo chegou a ter 80% de posse de bola. Terminou a partida com 28 finalizações, sendo 17 delas no alvo. Se o técnico português queria intensidade, conseguiu. Com a bola era um massacre contra os defensores do Goiás, sem a bola, os jogadores rubro-negros ocupavam os espaços, marcavam pressão e sufocavam os jogadores adversários, não deixando que houvesse a mínima possibilidade de reação por parte dos goianos. Para se ter uma ideia disso, quarto gol dos cariocas nasce de uma roubada de bola de Gabigol, quase no meio de campo. 

Gabigol terminou a partida com 3 desarmes, ilustrando bem o que foi a entrega e a intensidade da equipe, além, é claro, de 2 gols e 3 assistências. Ótima partida. Entretanto, o destaque sem dúvidas foi o uruguaio De Arrascaeta. O camisa 14 terminou o jogo com 3 gols, 2 assistências e com participação crucial no segundo gol do Flamengo. Teve, ainda, a boa estreia do lateral direito Rafinha, seguro defensivamente e com bom apoio. Para o delírio dos torcedores presentes, no início do jogo, o jogador aplicou 2 lençóis seguidos e fez embaixadinhas com a cabeça, com a jogada terminando em mais uma ótima defesa de Tadeu, após chute de Gabigol 

Ainda é cedo para analisar o trabalho de Jorge Jesus mas, tendo em vista os dois primeiros desafios, a forma como a equipe se comportou diante deles e as entrevistas dadas pelo português, o torcedor rubro-negro pode olhar pra frente com uma boa perspectiva e sonhando alto com a conquista de títulos importantes ao fim da temporada. 


ANÁLISES INDIVIDUAIS: 
JOGADOR 
NOTA 
Diego Alves 
7 
Rafinha 
7,5 
Leo Duarte 
7,5 
Rodrigo Caio 
7 
Trauco 
8 
Willian Arão 
8 
Diego 
8 
De Arrascaeta 
10 
Éverton Ribeiro 
8,5 
Gabriel B. 
9,5 
Bruno Henrique 
8,5 
Rodinei 
6 
Cuéllar 
6 
Vitinho 
6,5 
Jorge Jesus 
9 


Por: Lucas Bazílio Nascimento 

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