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terça-feira, 1 de março de 2016

1 ponto a mais e menos paciência

O Cruzeiro disputou o primeiro clássico em 2016, enfrentou o América-MG, nesse domingo, pelo Campeonato Mineiro. No Mineirão, diante da torcida, todos esperavam uma vitória cruzeirense, apesar do futebol limitado que o time vem apresentando. Porém, não foi isso que ocorreu. Em um jogo morno, o Cruzeiro apenas empatou com o América, castigado com o gol do adversário nos acréscimos do 2º tempo.

O primeiro tempo foi mais movimentado, o Cruzeiro teve algumas boas chances para abrir o marcador mas o América também chegou com perigo e obrigou o goleiro Fábio a fazer belas defesas. Arrascaeta e Alisson foram os principais jogadores da primeira etapa, buscando o jogo a todo momento e finalizando contra a meta americana. Aos 43 minutos o gol cruzeirense saiu após bobeada da defesa americana, quando Willian recebeu a bola na entrada da área e tocou para Arrascaeta que entrou livre e finalizou bem, acertando um belo chute cruzado com categoria. Apesar do resultado positivo, o Cruzeiro encerrou o 1º tempo com 49% de posse de bola e com 6 finalizações contra 8 do América.

O segundo tempo foi fraco para ambos os lados, o Cruzeiro recuou e o América não conseguia ser efetivo nas finalizações (que ocorriam principalmente de fora da área). E de tanto insistir, aos 46 minutos do segundo tempo o América foi premiado: Bryan, sem nenhuma marcação, chutou de muito longe e conseguiu fazer o gol do empate. Como o jogo já se encontrava nos acréscimos, ambos os times não tiveram tempo para fazer muita coisa e o placar final ficou 1x1, resultando em vaias da torcida cruzeirense que contava com a vitória que escapou nos últimos minutos.

O jogo foi tecnicamente e taticamente bem fraco por parte do Cruzeiro (mais uma vez). O técnico Deivid pela primeira vez no ano repetiu o mesmo time por dois jogos seguidos, mas mais uma vez os métodos do treinador não se mostraram eficientes. O time segue sem compactação entre as linhas, há sempre muito espaço no meio de campo (fazendo com que o adversário realize contra-ataques perigosos e tenha muita liberdade de criação) e é impossível perceber evolução na criação de jogadas de ataque. Um dos destaques negativos do time é o meia Sánchez Miño, que vem sendo um dos jogadores mais apagados em campo, ao ponto de parecer não fazer a menor diferença a sua presença entre as 4 linhas (lembrando que ele atua no lugar de Ariel Cabral que foi um dos principais jogadores no ano passado com o técninco Mano Menezes). Um dos motivos pelos quais o Deivid foi efetivado era para dar sequência ao trabalho do Mano, porém não é isso que está havendo, já que o Cruzeiro desse ano em nada se assemelha ao do final do ano passado. O treinador vem caindo em contradição, já que antes ele dizia que queria implementar no Cruzeiro um futebol ofensivo, com mais posse de bola, entretanto agora já diz que o importante é "levantar o caneco", o time tem o pior ataque no Mineiro desde 2004 e perde na posse de bola até para adversários teoricamente mais fracos.

A torcida é exigente, ninguém se contenta com o pífio desempenho do time até o momento e, apesar de não ter feito tantas partidas, o técnico Deivid está no comando da equipe desde o fim do ano passado, já era para o time ter demonstrado o mínimo de evolução. A corda já está aos poucos se apertando no pescoço do treinador, a torcida do Cruzeiro não deixará que, por mais um ano, o time sofra consequências de pessoas que não são capazes de colocar o time no lugar que merece.
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