Athletico comemora a clássificação nos pênaltis. Reprodução: André Fabiano/Folhapress. |
O Flamengo está fora da Copa do Brasil. Diante de um Maracanã lotado (recorde de público no ano: mais de 69 mil presentes) o rubro-negro carioca até tentou, mas parou no excelente goleiro Santos, e apenas empatou no tempo normal em 1x1, sendo eliminado na disputa de pênaltis.
Com o desfalque importante de Bruno Henrique, que não se recuperou a tempo após sentir dores na partida frente ao Goiás, Jorge Jesus surpreendeu a todos com a entrada do jovem centroavante Lincoln no lugar do camisa 27. Já não bastasse essa ausência, aos 13 minutos de jogo, Arrascaeta sentiu a coxa e teve que ser substituído, dando lugar a Vitinho. O Flamengo sentiu a saída do uruguaio.
Apesar de o clube da Gávea ter criado as melhores chances do jogo e, como era de se esperar, jogando em casa, obteve a maior posse de bola, faltava algo mais para superar a defesa do furacão. O Athletico, por sua vez, buscava os contra-ataques com Rony, destaque do time na partida, e explorava a experiência do centroavante Marco Rúben, que também se apresentou bem no jogo.
Na segunda etapa, aos 16 minutos, em ótima jogada de Vitinho (rara, já que mais uma vez deixou a desejar e fez uma péssima partida), Éverton Ribeiro ajeitou de cabeça e Gabigol abriu o placar. Em uma bobeada grande de Rafinha, que deu um bote errado, aos 31 minutos, Bruno Nazário esticou a bola nas costas do lateral flamenguista e Rony, em alta velocidade, saiu cara a cara com Diego Alves para empatar. Com o 1x1 no tempo normal a decisão no Maracanã ficou para as cobranças de pênaltis. Diego, Vitinho, Cuéllar e Éverton Ribeiro cobraram. Apenas o colombiano marcou. O furacão converteu 3 penalidades e se classificou.
Fato que revoltou a torcida do Flamengo foi a cobrança extremamente displicente de Diego. O capitão rubro-negro fez ótima partida no tempo normal, sendo o melhor jogador do time em campo, mas no momento decisivo cobrou o pênalti de maneira inexplicável: fraco, no meio do gol... parecia até sem vontade. Detalhe importante é que Diego é reincidente nesse tipo de situação. Em 14 cobranças pelo Flamengo, perdeu 6 (quase metade), incluindo na final da Copa do Brasil de 2017.
A eliminação, dolorida para os rubro-negros, por fim das contas, serve para frear a empolgação exagerada após a partida do último fim de semana. É preciso ter calma com o novo trabalho que vem sendo realizado, tanto para bem, quanto para mal. Jorge Jesus não teve culpa direta no fracasso, em pouco tempo o português já apresenta melhoras em relação ao que se via antes de sua chegada. O Flamengo não chegou a mostrar a mesma intensidade, sem a bola, que havia mostrado na partida de domingo, porém, mais uma vez o time jogou no campo de ataque do adversário, com a linha de defesa muito alta e teve oportunidades para vencer. O adversário teve, de fato, apenas uma real chance de gol e obteve sucesso. Ao contrário do Flamengo, que criou, mas sentiu falta de jogadores mais decisivos como Bruno Henrique e Arrascaeta.
Ainda restam duas competições grandes para o rubro-negro carioca, que são o campeonato brasileiro e a Libertadores. Em ambas, o clube é um dos fortes candidatos. Ainda faltam alguns reforços para estrearem e, possivelmente, mais alguns para chegarem. A perspectiva para o restante da temporada é otimista, resta aguardar e ver se enfim, em 2019, o Flamengo vai afastar de vez o fantasma do “cheirinho”.
AVALIAÇÕES INDIVIDUAIS:
JOGADOR
|
NOTA
|
Diego Alves
|
7
|
Rafinha
|
6
|
Leo Duarte
|
6,5
|
Rodrigo Caio
|
6
|
Renê
|
6
|
Cuéllar
|
7
|
Diego
|
7,5
|
Arrascaeta
|
-
|
Éverton Ribeiro
|
7
|
Gabriel B.
|
7
|
Lincoln
|
6
|
Vitinho
|
5,5
|
Berrío
|
6,5
|
Rodinei
|
-
|
Jorge Jesus
|
7
|
POR: LUCAS BAZÍLIO NASCIMENTO
Nenhum comentário:
Postar um comentário